A tarefa do happy one (continuará a ser assim chamado?) não se afigura fácil, pois terá de remodelar a equipa à sua maneira, de lidar com dossiês delicados de quem já está no clube há muito tempo (Ryan Giggs à cabeça, que deixará de ser treinador adjunto para servir de ponte entre a equipa de sub-21 e a principal… um cargo inexistente até hoje), de lutar contra uma eventual descredibilização que antigos jogadores seus (ou mesmo os media) possam ter fomentado na cabeça dos seus futuros pupilos e, claro, de harmonizar os egos e fazê-los convergir rumo a um propósito comum.
Mas se fosse fácil, não era para ele. É certo que se disse o mesmo quando esteve no pior período do Chelsea nos tempos recentes, e que não conseguiu evitar que a equipa navegasse muito longe da glória que o investimento e o apoio justificavam, porém, não seria a primeira nem a segunda vez que tal aconteceria num balneário de José Mourinho, e, por isso, tenho a certeza que o técnico português estará mais “tarimbado” para esse tipo de situação.
Para além disso, terá ao seu dispôr cerca de 300 milhões de euros para desembolsar em reforços e a estreita colaboração com o melhor agente de jogadores de futebol do mundo.
Para cada problema, uma solução condizente, e estas, a funcionar, aproximarão o United dos dias de glória de um passado que se vai tornando cada vez mais distante. Encontraram o homem certo, porque não houve nenhum clube de alta roda (com contaminação, ou não, de balneário) que se tenha “casado” com José Mourinho e não saboreasse a felicidade.
Estes dois têm tudo para dar certo, mesmo sem o “consentimento” de Pep Guardiola.