O que se constata é que não se verifica uma unanimidade no que toca a um possível abandono de Wenger do comando técnico do Arsenal. Se por um lado, nas bancadas do Emirates, se têm visto vários atos contra o treinador, como por exemplo faixas ou até mesmo aviões (!) com mensagens do género “Wenger Out!” (“Wenger fora”) ou “Time for change” (“Tempo de mudar”), ou transmissões de canais de fãs do clube que incessantemente protestam contra a continuidade do francês no cargo, por outro, nessas mesmas bancadas, são algumas vezes visíveis mensagens de apoio a Wenger (p. ex. “In Arsène we trust” (“Em Arsène confiamos”)).
É preciso, como em muitos outros casos, colocarmo-nos em ambos os lugares, no de apoiante e no de “protestante”.
Claro está que não é fácil ser, atualmente, um apoiante de Arsène Wenger. Os resultados ultimamente obtidos por si no clube estão longe de ser os melhores e por isso torna-se sempre mais fácil criticar, daí que o principal argumento dos que se colocam do lado do treinador seja o seu passado no clube. O que nenhum crítico do técnico poderá afirmar é que este não foi um pilar importante no sucesso do Arsenal e na história do clube. Com Wenger, o clube do Norte de Inglaterra conquistou 15 dos seus 41 títulos, o que, arredondando, equivale a 36% do total de títulos do emblema londrino.
Foto de capa: Facebook do Arsenal
Artigo revisto por: Francisca Carvalho