FC Bayern 2-1 SS Lazio: Prevaleceu a “lei do mais forte”

A CRÓNICA: GRANDE ENTREGA DA SS LAZIO EM JOGO MUITO EQUILIBRADO

As duas equipas demonstraram um comportamento exemplar na forma como abordaram o jogo. Quem chegasse de repente sem qualquer conhecimento prévio, aquilo que via eram duas equipas a disputar o resultado. A vantagem de 4-1 que a equipa alemã tinha conseguido no primeiro encontro exerceu quase zero influencia sobre as duas formações. Nem o FC Bayern entrou em campo com a atitude de que a eliminatória estava resolvida, nem a SS Lazio entrou em campo com a “toalha deitada ao chão”.

Com estas condições reunidas, aquilo a que se assistiu foi a um jogo bastante equilibrado. Apesar da diferença natural de qualidade nos planteis, a Lazio não estava de forma nenhuma a ser inferior. Contudo, há rudes golpes que não são desejáveis a este nível. Ao minuto 30, nos tradicionais empurrões e puxões das bolas paradas, Muriqi derrubou Goretzka na sequência de um canto, originando uma grande penalidade para o Bayern. Ora, como o caro leitor bem sabe, há determinadas situações que são dadas como adquiridas, como, por exemplo, o facto de que Robert Lewandowski não perdoa em frente ao guarda-redes. E assim foi, o polaco colocou os alemães em vantagem no marcador. Mas nem assim a formação da Lazio se rendeu. Mantiveram o mesmo espirito, atitude e entrega até ao final da primeira parte.

Na segunda parte, o Bayern ainda provocou um calafrio inicial na defesa italiana, com uma oportunidade para Müller. Ainda assim, o jogo acabou por manter a mesma toada da primeira parte: a do equilíbrio. Surgiram oportunidades de golo, com maior destaque para um remate de fora da área de Lewandowski, que embateu no poste, mas não foi algo que abundasse.

Por volta do minuto 64, o treinador Hans-Dieter Flick promoveu uma alteração que parecia que iria mudar bastante a forma como o jogo se estava a desenrolar. A entrada de Alphonso Davies para o corredor esquerdo acabaria por dar mais força àquela ala, e causou logo perigo de imediato. No entanto, foi das poucas vezes em que se verificou. Melhorou, mas não tanto como se previa.

Nos últimos 20 minutos do encontro, surgiram os últimos dois golos desta eliminatória recheada. Primeiro, aos 73 minutos, Alaba isola Choupo-Moting em frente ao guarda-redes, permitindo que o avançado camaronês faturasse numa das primeiras vezes que tocou na bola. Por fim, ao minuto 82, uma bola parada cobrada por Andreas Pereira deu origem ao golo de cabeça de Marco Parolo, dando assim mais um tento de honra para a Lazio, que bem mereceu, tendo em conta a forma como quiseram disputar esta segunda mão da eliminatória.

Ainda assim, o FC Bayern foi mais forte e, com naturalidade, segue em frente na Liga dos Campeões.

 

A FIGURA

Joshua Kimmich – Jogador incrível. Numa partida em que não existiram grandes destaques individuais, Kimmich apresentou-se, como é habitual, a um nível fantástico. Chega junto dos centrais para receber a bola na primeira fase de construção, entrega bem, lê bem o jogo, movimenta-se de forma exemplar. Foi o maior destaque da partida de hoje.

 

O FORA DE JOGO

Serge Gnabry – Não jogou mal, de forma nenhuma. Mas tendo em conta toda a qualidade que demonstrou, e o nível a que jogaram os colegas, não foi a mais incrível das suas exibições. Em cima dos descontos, desperdiçou uma oportunidade de golo claríssima, após um brilhante passe de Leroy Sané.

 

ANÁLISE TÁTICA – FC BAYERN

O FC Bayern entrou em campo na máxima força, mesmo tendo a vantagem conquistada na primeira mão, num habitual 4-2-3-1, com os laterais Lucas Hernández, pela esquerda, e Benjamin Pavard, pela direita, a subirem e a auxiliarem no ataque. Na segunda parte, com a entrada de Alphonso Davies, Lucas Hernández foi para a posição de defesa-central, e o corredor esquerdo ganhou outra força com a velocidade do internacional canadiano.

Na primeira fase de construção, Kimmich recuou sempre para perto dos defesas centrais para receber a bola e distribuir. No ataque, Thomas Müller era o homem mais próximo dos três atletas da frente, num jogo em que nenhum dos extremos esteve incrivelmente inspirado. Já Robert Lewandowski, para além do golo, foi o trabalhador incansável do costume.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Alexander Nubel (6)

Lucas Hernández (7)

Jérôme Boateng (6)

David Alaba (7)

Benjamin Pavard (7)

Joshua Kimmich (8)

Leon Goretzka (7)

Sèrge Gnabry (5)

Leroy Sané (6)

Robert Lewandowski (8)

Thomas Müller (6)

SUBS UTILIZADOS

Niklas Sule (6)

Alphonso Davies (7)

Jamal Musiala (6)

Choupo-Moting (8)

Javi Martinez (6)

 

ANÁLISE TÁTICA – SS LAZIO

A equipa italiana apresentou-se num sistema tático de 3-5-2. Marusic, Acerbi e Stefan Radu formaram o trio de defesas, com Farès e Lazzari a ficarem encarregues das alas.

Milinkovic-Savic e Luiz Alberto foram os principais responsáveis pelas ligações à dupla atacante, principalmente o sérvio. Contudo, apesar da boa prestação e entrega da SS Lazio, não criaram propriamente vendavais de futebol ofensivo, daí que os atacantes não tenham conseguido ser muito preponderantes no encontro.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Pepe Reina (7)

Manuel Lazzari (7)

Stefan Radu (6)

Francesco Acerbi

Adam Marusic (7)

Gonzalo Escalante (6)

Luis Alberto (6)

Milinkovic-Savic (6)

Mohamed Farès (6)

Vedat Muriqi (5)

Joaquín Correa (7)

SUBS UTILIZADOS

Senad Lulić (7)

Andreas Pereira (5)

Marco Parolo (7)

Danilo Cataldi (6)

Akpa-Akpro (5)

Mário Silva da Costa
Mário Silva da Costahttp://www.bolanarede.pt
Natural de Vila Franca de Xira, Mário é a descrição perfeita de um típico idoso português. Chega ao domingo, almoça uma feijoada e vai ver a bola às três da tarde. Para além disso, nos tempos livres ocupa-se com um curso de jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social.                                                                                                                                                 O Mário escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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