📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Real Madrid 4-1 Atlético Madrid (a.p.): eis La Decima

- Advertisement -

O Estádio da Luz foi o palco da conquista da décima Liga dos Campeões da história do Real Madrid. Lisboa encheu-se de gente e acolheu a primeira final de sempre desta competição entre duas equipas da mesma cidade: Real e Atlético de Madrid prometiam um jogo electrizante e as expectativas não saíram goradas. O que não faltou foi emoção!

Do lado do Real Madrid, destaque para a titularidade de Khedira – de regresso aos jogos internacionais depois de grave lesão -, que substituiu o castigado Xabi Alonso. Do lado do Atlético de Madrid, a grande surpresa foi a inclusão de Diego Costa no onze – o ponta-de-lança hispano-brasileiro conseguiu recuperar a tempo do grande jogo, mas acabou por sair antes dos 10 minutos, manifestamente incapacitado do ponto de vista físico, cedendo o seu lugar a Adrian.

A primeira meia hora de jogo teve pouca história e nenhuma oportunidade. As duas formações entraram agressivas mas cautelosas e começaram por estudar-se mutuamente, numa interessante mas inconsequente batalha a meio-campo. Um livre de Ronaldo aos 28’ foi o primeiro remate digno de registo; aos 32’, Bale aproveitou um passe errado de Tiago para o seu primeiro falhanço clamoroso da noite. Até que o Atlético chegou ao golo, por intermédio de Godín (o central que já havia colocado os colchoneros na Luz e que marcou o “golo do título” em Camp Nou). Na sequência de um canto, a bola sobrou para o uruguaio, que se antecipou a Khedira e, com a nuca, cabeceou para a baliza. Responsabilidade clara de Casillas, que ficou “aos papéis” e não conseguiu evitar o primeiro. Ainda antes do intervalo, Adrián, de cabeça, poderia ter ampliado a vantagem.

Godín - quem mais? - marcou o golo rojiblanco Fonte: UEFA
Godín – quem mais? – marcou o golo rojiblanco
Fonte: Getty Images

No segundo tempo, o jogo foi mais espetacular. O Atlético abandonou o 4-4-2 passou a jogar em 4-2-3-1, com Tiago a fazer de pivot, Koke e Gabi à sua frente, Adrián na esquerda, Raul Garcia na direita e Villa na esquerda. O Real Madrid continuou num híbrido entre o 4-4-2 e o 4-3-3. Raul Garcia teve nos pés mais uma ocasião, aos 50’. Na resposta, Di María, num dos vários slaloms impressionantes, sofreu falta, arrancou o amarelo a Miranda e deu a Ronaldo um livre perigoso, que resultou numa sequência de dois pontapés de canto igualmente incómodos para os campeões espanhóis. Adrián ripostou com um grande remate aos 56’; Ronaldo voltou a ameaçar de cabeça aos 61’.

Depois, as substituições que ajudaram a mudar o jogo: Marcelo entrou para o lugar de Coentrão, dando muito mais profundidade ofensiva ao jogo dos blancos, e Isco rendeu o apagado Khedira, oferecendo ao Real a capacidade de ter a bola e controlar o jogo em posse. A partir daí, o Atlético foi-se retraindo e as ocasiões de perigo sucederam-se: Isco, Ronaldo e Gareth Bale podiam ter feito o 1-1, mas o 1-1 só viria a surgir no tempo de compensação, quando já todos julgavam que o Atlético ia ser campeão europeu pela primeira vez. Num canto batido por Modric, Sergio Ramos saltou mais alto e fuzilou a baliza de Courtois, impotente perante o tiro do vice-capitão do Real.

Já com as substituições esgotadas – Simeone já tinha colocado Sosa e Alderweireld em campo; Ancelotti já tinha lançado Morata para o lugar de Benzema –, Atlético e Real partiram para o prolongamento com estados de alma muito distintos: os colchoneros revisitando os fantasmas da outra final (perdida na compensação) e os blancos acreditando que La Decima estava já ali. Depois dos primeiros 15 minutos com o Real por cima e o Atlético fechado e compacto lá atrás (a continuação da segund parte do tempo regulamentar, portanto), viria a ser a segunda parte do prolongamento a ditar o campeão europeu de 2014. Di María arrancou sobre a esquerda, contornando todos os adversários que lhe apareceram à frente, rematou para uma defesa brilhante de Courtois, mas Bale, na recarga, de cabeça, colocou o Real em vantagem pela primeira vez em 110 minutos. Com a equipa completamente estoirada fisicamente e quase toda amarelada, o Atlético deu tudo o que tinha para voltar a agarrar a final, mas era tarde demais. Marcelo, com toda a facilidade, rematou para o 3-1 e Cristiano Ronaldo, na cobrança de um penalty ganho por si mesmo, dilatou para 4-1 – um resultado que fica muito longe de espelhar o que se passou dentro das quatro linhas.

O golo de Sergio Ramos mudou tudo  Fonte: Getty Images
O golo de Sergio Ramos mudou tudo
Fonte: Getty Images

Os jogadores do Atlético de Madrid deixaram, como sempre, tudo o que tinham em campo. Tiveram coração, lutaram com todas as suas armas, entregaram-se ao jogo como só eles sabem fazer e estiveram a dois míseros minutos de cumprir uma época de sonho. Foi por muito pouco que não conseguiram bater o pé, uma vez mais, ao todo-poderoso Real Madrid. Por outro lado, o Real Madrid foi justamente feliz. Em desvantagem, procurou sempre dar a volta ao texto, falhou oportunidades e mereceu ir para o prolongamento. Evidentemente, fez-se valer da maior frescura física e da maior qualidade individual dos seus futebolistas. Qualquer vencedor seria um justo vencedor. O Real Madrid fez uma campanha fantástica e merece o ceptro. Assim, teremos três compatriotas que chegarão ao Mundial como campeões europeus: Cristiano Ronaldo, Fábio Coentrão e Pepe.

A Figura
Di María – Foi o elemento em maior destaque no lado do Real Madrid, a par de Sergio Ramos e Modric. O argentino, de regresso à casa onde despontou para o futebol mundial, esteve ao seu nível e mostrou a maturidade táctica que ganhou nos últimos anos e a qualidade técnica e a velocidade que aprendeu a colocar ao serviço do colectivo. O grande desequilibrador desta final.

O Fora-de-Jogo
BBC – Benzema, Bale e Cristiano Ronaldo estiveram os três longe do seu melhor nível. Não jogaram mal, mas se estivessem a cem por cento teriam provavelmente resolvido esta final ainda durante o tempo regulamentar.

Podem consultar as estatísticas do jogo e ver todos os golos.

Francisco Manuel Reis
Francisco Manuel Reishttp://www.bolanarede.pt
Apaixonado pela escrita, o Francisco é um verdadeiro viciado em desporto. O seu passatempo favorito é ver e discutir futebol e adora vestir a pele de treinador de bancada.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Palmeiras de Abel Ferreira vence Juventude e segura liderança do Brasileirão

O Palmeiras foi ao terreno do Juventude vencer por 2-0, na jornada 31 do Brasileirão. A equipa de Abel Ferreira continua na liderança.

Defesa do Tondela na mira do Sporting e do Braga

O Sporting e o Braga estão de olho em Brayan Medina. O defesa-central colombiano tem estado em destaque no Tondela.

Real Betis bate Mallorca com bis de Antony: eis os resultados do dia da La Liga

O Real Betis venceu o Mallorca por 3-0 para a jornada 11 da La Liga. Antony bisou com golos na primeira parte.

Aaron Ramsey dispensado do Pumas por se ausentar para procurar pelo seu cão desaparecido

Aaron Ramsey jogou apenas seis jogos pelo Pumas e foi dispensado após se ausentar para procurar pelo seu cão desaparecido.

PUB

Mais Artigos Populares

Changchun Yatai de Ricardo Soares despromovido na Liga Chinesa

O técnico português, Ricardo Soares, chegou a meio da temporada ao Changchun Yatai e não conseguiu evitar a despromoção.

Venceu o Mundial 2014, reformou-se aos 29 anos e dedica-se ao desportos radicais: «Quero beneficiar destes momentos difíceis»

André Schurrle, campeão mundial pela Alemanha em 2014, retirou-se aos 29 anos, e agora decidiu dedicar-se aos desportos radicais.

Christian Chivu reflete sobre a vitória do Inter Milão e elogia liderança de Lautaro Martínez: «Um exemplo para todos»

O técnico do Inter Milão, Cristian Chivu, falou sobre a vitória deste domingo frente ao Hellas Verona e elogiou Lautaro Martinez.