Chelsea FC 2-1 SE Palmeiras: “Blues” superam muralha do “Verdão”

A CRÓNICA: EUROPEUS E SUL-AMERICANOS FIZERAM UM EMBATE JUSTO E COMBATIVO, MAS PEQUENOS DETALHES DERAM TÍTULO AO CHELSEA FC

O confronto entre os representantes da Europa e da América do Sul começou como era esperado. Inicialmente, a costumeira equipa reativa do SE Palmeiras deixou a posse da bola para o Chelsea FC e apenas esperou encaixar a marcação predominantemente a partir do último terço do campo, para escapar nos contra-ataques. Enquanto isso, a equipa inglesa procurou explorar alguns lançamentos em profundidade para escapar do meio campo congestionado pelas ações defensivas do verdão.

Nos primeiros 25 minutos, o Palmeiras começou a tomar gosto e a sentir-se confortável no jogo. Assim, começava a criar as melhores oportunidades através de contra-ataques puxados pelo extremo Dudu. Após a entrada providencial de Christian Pulisic, a mobilidade reverteu o crescimento palmeirense.

A conversa no balneário durante o intervalo fez efeito para a equipa do técnico alemão. Com maior agressividade, e grande velocidade pelo corredor do lado esquerdo de ataque, o Chelsea entrou na segunda parte com um novo ímpeto. Como resultado, Hudson, aos 54 minutos do segundo tempo, cruzou a bola com perfeição em direção da cabeça do artilheiro belga. Com a sua conhecida habilidade física, Lukaku, usou o seu corpo para deslocar a bola e marcar golos, foi fatal para a defesa do verdão.

Mas o verde imponente não se entregou com facilidade. A resposta veio dez minutos após o golo dos blues, num ataque de bola parada. Porém, a defesa do Chelsea conseguiu impedir o golo. No entanto, o VAR chamou o árbitro para rever um possível toque de mão. Após análise, foi determinado o penálti. Raphael Veiga foi o escolhido pela cobrança, e não desperdiçou. Guarda-redes num lado, bola noutro e o jogo retornou em emoção.

Com a igualdade no resultado, as equipas continuaram num jogo amarrado de poucos espaços. Muito congestionamento no setor central do meio campo dificultou qualquer criação de finalização por parte de ambas as equipas. Deste modo, o jogo prosseguiu para o prolongamento.

Durante o prolongamento, o Palmeiras começou a apresentar alguns indícios de desgaste físico, e recuou a marcação apenas deixando o primeiro terço do campo. No entanto, a grande eficácia defensiva da equipa de Abel Ferreira não deixava os blues criarem remates em direção à baliza.

A arriscada estratégia de se portar somente na defesa durante o prolongamento pode alterar o jogo com apenas um simples detalhe. Assim, depois de um remate de Azpilicueta, a bola bateu na mão do defesa do Palmeiras. De maneira similar, o VAR chamou o árbitro para revisão, e novamente foi declarado penálti, desta vez para o lado azul.  Com o peso de milhões de adeptos nas costas, e a faltar apenas sete minutos para o fim do jogo, Harvetz fez a cobrança e como na conquista da Champions League, saiu dos pés do alemão o golo decisivo para o inédito título do Chelsea.

Sem ter nada a perder, a equipa verde e branca jogou-se para o ataque. Mas, num contra-ataque, Havertz partiu livre apenas com o guarda-redes à sua frente. Sem recursos, Luan fez uma intervenção para impedir o avanço do alemão. Como resultado, a cartolina vermelha foi mostrada para o defesa do Palmeiras, que nada pôde fazer.

Sem mais tempo para nada, o Palmeiras fez um confronto digno, porém, o cansaço físico e os detalhes deram ao Chelsea a primeira conquista do Mundial de Clubes FIFA.

 

A FIGURA

Christian Pulisic – A jóia americana foi o destaque que mudou o estigma do Chelsea na partida. Com início muito morno e com o Palmeiras a crescer na partida, Tuchel rapidamente trocou de jogadores para reverter esta situação, e Pulisic deu um novo tom no jogo. Com grande movimentação e dribles que quebraram linhas, o número 10 foi o destaque na hora de retomar o controlo do jogo que futuramente foi fundamental para ocasionar os golos na vitória contra o Palmeiras.

 

O FORA DE JOGO

Luan – Conhecido pelos adeptos como um defesa que desequilibra negativamente em momentos decisivos, Luan portou-se bem durante grande parte do jogo, porém, o cansaço físico de apenas correr para defender-se acabou por desgastar e afetar o desempenho na parte final de Luan. Responsável pelo penálti decisivo e por uma expulsão, Luan, até onde o seu desempenho físico suportou foi um sólido jogador, mesmo assim, falhou nos momentos decisivos.

 

ANÁLISE TÁTICA – CHELSEA FC

O representante europeu no Mundial de Clubes entrou em campo com o melhor plantel disponível. Com isso, o esquema 3-4-3, campeão da Champions League, manteve-se presente em Abu Dhabi. As únicas alterações em relação aos 11 iniciais das meias-finais foi a volta do campeão da Liga das nações africanas, Édouard Mendy. Além disso, a entrada de Kanté no lugar de Jorginho, teve como objetivo propiciar maior potência defensiva e física para impedir o ataque móvel do Palmeiras. Para completar, a escolha de Hudson-Odoi no lugar de Marcos Alonso almejava explorar a fragilidade defensiva do lateral adversário. Para reverter o crescimento do Palmeiras, o considerado melhor técnico do mundo, segundo a FIFA, realizou ainda no primeiro tempo a primeira troca. A entrada de Pulisic no lugar de Mason Mount, promoveu a troca que deixou Kanté deslocado pelo lado direito da defesa dos blues, enquanto Pulisic ficou no mais móvel. Já a entrada de Werner, fez com que Harvertz ficasse posicionado na parte central como “um falso 9”.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Mendy (6)

Christensen (6)

Thiago Silva (4)

Rudiger (6)

Azpilicueta (6)

Kanté (7)

Kovacic (5)

Hudson-Odoi (7)

Havertz (7)

Mason Mount (5)

Lukaku (7)

SUBS UTILIZADOS

Pulisic (8)

Saúl (5)

Werner (6)

Sarr (6)

Zyiech (5)

 

ANÁLISE TÁTICA – SE PALMEIRAS

A equipa comandada por Abel Ferreira começou com a formatação que lhe consagrou como bi-campeão da Libertadores. Inicialmente com um 3-5-2, sem contar com qualquer ponta de lança, o trabalho ofensivo palmeirense focou-se principalmente nos lançamentos em profundidade para a velocidade dos extremos Dudu e Rony, enquanto Raphael Veiga dava apoio como um médio avançado no setor central do meio de campo. Ao mesmo tempo, Scarpa e Marcos Rocha ficaram responsáveis pela defesa dos corredores. Somados a isto, uma linha de três jogadores dava maior suporte que impediu o jogo pelo meio campo. Na segunda parte, a entrada de Jailson deu maior suporte físico e defensivo. De resto, as substituições apenas injetaram novo fôlego e mantiveram as posições táticas.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Weverton (6)

Marcos Rocha (5)

Luan (6)

Gomez (4)

Piquirez (7)

Scarpa (7)

Zé Rafael (6)

Danilo (6)

Roni (6)

Dudu (7)

Raphael Veiga (5)

SUBS UTILIZADOS

Wesley (6)

Jailson (6)

Atuesta (6)

Navarro (6)

Deyverson (6)

Artigo revisto por Joana Mendes

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Adepto incondicional de futebol, Kayalu apaixonou-se pelo desporto no momento em que sentiu pela primeira vez a vibração e paixão das claques. É este sentimento que ele projeta passar ao informar e apresentar tudo que o desporto mais popular do mundo traz. Além disso, os motores da Fórmula 1 e a competitividade do vólei enchem o resto da paixão deste brasileiro.

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