Feyenoord, 18 anos depois

Os rivais, nomeadamente Ajax e PSV, mantinham-se na luta, embora o segundo apresentasse fraca consistência de vitórias. O Ajax, nas dez primeiras jornadas do campeonato venceu 8 das 10, e empatou duas. Já o PSV Eindhoven, venceu 6 das 10 jornadas disputadas, empatou três e foi derrotada uma, curiosamente pelo Feyenoord. A prova, a metade da época, fazia prever que seria uma luta a dois, visto que o PSV acumulava empates e exibições menos conseguidas. Na segunda volta, agora em casa, o Feyenoord volta a vencer o PSV, e consolida a liderança. Já o mês de abril, trouxe muita emoção ao campeonado: o Ajax vence em sua casa o Feyenoord, e acende ao máximo a luta pelo título.

Depois deste jogo, o primeiro vence por 4-1 o AZ Alkmaar, ao passo que o Feyenoord destruiu o Go Ahead Eagles, equipa com quem tinha perdido na 1ª volta, por uns incríveis 8-0! Bela reação à derrota passada com quem disputava a vitória final, o Ajax. Contudo, empata novamente, enquanto o Ajax vence o N.E.C. por 5-1. A 7 de maio, nada fazia prever o que acontecera: o Feyenoord deslocou-se ao estádio do Excelsior, cuja equipa também é natural de Roterdão. Nessa partida, em caso de vitória, o Feyenoord fechava já as contas do campeonato e destronava o PSV. Era o mais previsível de acontecer. Isto até o Excelsior marcar 3 golos sem resposta! Tal desilusão provocou desacatos por parte dos adeptos que, naturalmente, esperariam festejar, 18 anos depois, a conquista do campeonato holandês- Estava a festa adiada para a última jornada.

Kuyt assinou um hat-trick no jogo decisivo Fonte: Daily Mail
Kuyt assinou um hat-trick no jogo decisivo
Fonte: Daily Mail

Na última jornada, em casa, o Feyenoord defrontou o Heracles Almelo. Dirk Kuyt fez um hat trick e desta fez a intervenção policial foi motivada não pela desilusão dos adeptos, mas pela loucura que Roterdão foi palco! Milhares de aficionados do clube saíram às ruas e pintaram a cidade com as cores de vermelho e branco.

Aqui faço a caracterização do seu tipo de futebol apresentado:

-Joga num esquema 4-3-3;

-Consiste numa equipa que gosta de ter bola, e que mantém a posse na mesma no meio campo adversário;

-Ataca bem pelas aulas;

-Cria muitas oportunidades de golo por jogo;

-Aposta no remate de longa distância, e sai-se bastante bem nesse aspeto;

-Marcação homem a homem;

-Recupera muitas bolas a nível de meio campo.

No que diz respeito às fraquezas, esta equipa é muitas vezes apanhada em lances de fora de jogo; e é débil a defender-se de contra ataques rápidos.

Quanto a individualidades, dou destaque, naturalmente, aos jogadores chave da época.

-Jorgensen: a aquisição do dinamarquês certamente era daquelas que cativavam de uma maneira diferente os aficionados do clube de Roterdão. Passou 4 anos no Copenhaga, onde marcou por 44 vezes num total de 101 jogos. Bem razoável. Agora, quase finalizada a sua primeira época como jogador do Feyenoord, contabiliza, o maior número de golos de assistências da equipa!! Foi contratado por 2.5 milhões de euros, tendo agora um valor de mercado de 9 milhões! Esta foi de facto, a época de real afirmação do internacional dinamarquês;

-Vilhena: Jogador muito talentoso, o “10” angolano-holandês contribuía e de que maneira para a beleza das jogadas de ataque. O “maestro da equipa”.

-Elia: Sendo um dos fortes desta equipa o jogo pelas alas, este jogador foi responsável por tal. Rápido e com técnica, Elia, pela esquerda, trazia muito perigo.

-Toornstra: Muito forte fisicamente, foi o motor da equipa, fazia as engrenagens trabalhar sem parar. Os seus remates de longa distância eram sempre um alerta para as defesas contrárias.

-Dirk Kuyt: Com muita pena minha, esta é a última vez que falo de Kuyt como profissional de futebol. Aos 36 anos, pendura as botas, e fica sensação que fazia mais uma ou duas épocas. Jogador extraordinário, que fez parte de duas tremendas equipas: a Seleção Holandesa de Futebol, e o Liverpool.

-Giovanni Van Bronckhorst: O ex-jogador, agora técnico, mostrou as suas capacidades como treinador…E de que maneira. Além de ter trazido o título para Roterdão, deliciou qualquer adepto que se preze com um futebol extremamente ofensivo.

Foto de Capa: Goal.com

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Diogo Fresco
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Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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