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José Morais | Volte face à portuguesa

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A conquista de um campeonato é prioritária para certos clubes. Para outros, almejar um certo posto na classificação é a meta final. Campeonatos são cada vez mais o obter do ticket para viajar mais longe. Para competir onde o retorno é maior. Onde a visibilidade é superior.

Na Liga Coreana, são poucos os emblemas a alcançar um tri campeonato. Aconteceu, este ano, pela terceira vez, apenas. Antes, só o Seongnam, em 1993-1995, e 2001-2003. José Morais chegou em Novembro, no fim da época passada. O Jeonbuk Motors já tinha o bi na bagagem.

Obteve a sua experiência e conhecimento ao leme de um pioneiro. José Mourinho, um homem que sem atributos para o relvado, os desenvolve ao seu jeito em quem os tem. José Morais fez parte de equipas técnicas como as do Inter, Real Madrid, e Chelsea, como assistente. Foi a forma encontrada para colher experiência nos maiores palcos.

O luso angolano confessa que conheceu Mourinho no Benfica, e rapidamente se identificou com a sua metodologia, organização e dinâmica. Um estilo de treino muito influenciado pelas ideias de Cruyff, Robson e Van Gaal, com bastantes diretrizes do estilo holandês: exercícios com bola em espaços muito reduzidos.

A hora em que foi chamado pelo atual técnico do Tottenham, na altura em que Villas Boas seguiu viagem para Coimbra, de forma a desempenhar funções a solo, foi marcante.

O primeiro tricampeonato de sempre do Jeonbuk Hyundai Motors
Fonte: hyundai-motorsfc.com

Com passagem em mais de dez países, José Morais chegou à Coreia do Sul para orientar o bicampeão do país. Com uma vasta experiência, quer como observador, quer como assistente, quer como técnico, a forma como conquistou o título no passado dia um de Dezembro não é recorrente. Muito improvável, diga-se.

Em 2009, tinha alcançado o primeiro título como treinador principal: o campeonato da Tunísia, com o Espérance de Tunis; o segundo, a Supertaça da Arábia Saudita, com o Al-Shabab, em 2014.

Na penúltima jornada da K-League, o Jeonbuk encontrava-se no segundo posto, a três pontos do primeiro. Curiosamente, essa partida colocava em confronto direto os dois pretendentes à celebração do campeonato.

O Ulsan Hyundai FC, o tal primeiro colocado, recebeu o conjunto de Morais e aguentou-se. Terminou empatado o encontro (1-1), mantendo-se a três pontos de vantagem perante o Jeonbuk.

Na última jornada, normalmente, quem está à frente, continua à frente. Mas não desta vez. O Jeonbuk Hyundai Motors, cumpriu o seu calendário: com ambos os jogos a serem realizados à mesma hora, as bancadas davam o mote: encarregaram-se de celebrar os golos que o Ulsan ia sofrendo, auxiliando os pupilos de José Morais a manterem o resultado de 1-0, que se confirmou no apito final.

Até esse apito, o facto do Ulsan perder não bastava. Ou seja, se o Ulsan marcasse mais golos, vencia o título e estragava o tri ao Jeonbuk. Perdeu 4-1 com o Pohang, mas se perdesse por 4-3 era diferente.

A turma de José Morais obtém, desse modo, o título. Terminaram ambos com igualdade pontual (79), mas no critério dos golos marcados, o Jeonbuk levou a taça (72 golos), superando os 71 de uma equipa que já não levanta o troféu desde 2005.

Em tempos em que surpreender não é fácil, o desporto, nomeadamente, o futebol, permitem este tipo de “voltes-face”, que por muito possíveis que sejam, poucos ou ninguém os anteveem. Parabéns mister Morais!

Foto de Capa: Jeonbuk Motors

Artigo revisto por Joana Mendes

Diogo Fresco
Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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