Novembro de 2020 | A queda da mística argentina

No mesmo mês e de uma forma ainda mais inesperada e dramática, a Argentina perde ainda o seu líder e referencia espiritual: morre Diego Armando Maradona – um dos melhores jogadores da história e que inspirou gerações atrás de gerações.

Entre as centenas de milhares de comentários que a morte do ídolo despertou em todo o mundo, um dos mais compartilhados foi o de Lionel Messi. Ícone dentro e fora do campo, o jogador argentino Diego Maradona conquistou o estatuto de ídolo mundial no futebol e consolidou-se como um atleta irreverente e ousado.

La mano de Dios”, será para sempre um golo histórico e que irá figurar em todos os livros de futebol. Maradona morreu aos 60 anos, com uma paragem cardiorrespiratória, deixando todos os amantes do futebol de luto.

Apesar dos inúmeros clubes que representou, foi em SSC Napoli que Maradona garantiu o estatuto de lenda. Em Itália Maradona foi recebido por mais de 70 mil adeptos fanáticos, que acabariam por testemunhar jogadas e golos geniais, coroados por títulos que viriam a marcar para sempre a história do emblema italiano. Maradona trouxe de volta o orgulho e misticismo a um clube de uma região menos privilegiada.

Na temporada de 1986/1987 Maradona conquista o primeiro título da Liga Italiana e vence a Copa da Itália. Na temporada seguinte, o argentino torna-se o melhor marcador do campeonato italiano, com 15 golos marcados. Ainda no Nápoles, acabaria por vencer a Taça UEFA e outro título italiano. Golos, dribles e passes geniais, muitas vezes impossíveis, tornaram-no numa religião na Argentina e em Nápoles.

Estas duas ausências poderão significar mudanças profundas na seleção e no futebol argentino. No final de contas, estamos a falar de um país que sempre teve excelentes individualidades, mas às quais raramente conseguiu chamar “equipa”, sendo uma seleção afastada dos grandes títulos. Os momentos em que a Argentina conseguiu vencer foram sob a batuta de Maradona e atualmente os momentos e competições em que parecia mais próxima de triunfar (atingindo finais de mundiais e de Copas Américas) foram sob a batuta de Mascherano. Agora, não há um nem outro. Há Messi, mas Messi nunca foi nem nunca será um líder.

Ou a Argentina arranja rapidamente um líder substituto (o que parece missão bastante difícil tendo em conta a qualidade de um e a ética de trabalho do outro) ou adivinham-se tempos muitos difíceis para controlar e levar a bom porto um sempre problemático grupo de jogadores.

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