Espanha 2-1 Alemanha (Sub-21): Espanhóis vencem pela 5ª vez o Europeu

Chegado o tão aguardado dia da final, só faltava saber quem iria erguer a taça no final do dia. De um lado, a seleção vencedora do grupo A, a Espanha, que conseguiu resultados e exibições convincentes durante a competição, apesar da derrota na primeira jornada com a anfitriã Itália, por 3-1, não foi por isso que os espanhóis se deixaram ir abaixo.

Na segunda jornada venceram por 2-1 a Bélgica e na última jornada derrotaram a Polónia por uns expressivos 5-0. Nas meias finais, após terem começado a perder com a França, viraram o jogo e venceram por 4-1 a formação gaulesa.

Do outro lado, a seleção da Alemanha, que foi a vencedora do grupo B. Venceu por 3-1 a Dinamarca, ganhou por 6-1 à Sérvia e empatou na última jornada com a Áustria a uma bola. Nas meias-finais ganharam por 4-2 à Roménia, já nos últimos momentos da partida.

Relativamente às equipas iniciais, o treinador espanhol não fez qualquer alteração em relação ao onze que goleou a França, já o treinador alemão, fez duas mexidas, colocando Henrichs e Serdar a titulares.

No estádio da Udinese, em Itália, as equipas entraram com um jogo pausado, com as movimentações e com os passes muito controlados, não dando grande espaços para a criação de oportunidades, no entanto, a Espanha foi a seleção que mais bola teve nos primeiros minutos.

Aos 8 minutos, no primeiro remate à baliza, Fabián Ruiz atirou de longe, com a bola a parar apenas no fundo das redes de Nubel. O número seis que joga no Nápoles teve espaço e acabou por aproveitar da melhor forma para colocar a Espanha na frente.

Nos primeiros 25 minutos o jogo era controlado pela Espanha, visto que os jogadores alemães nem sequer conseguiam tocar na bola. A Espanha chegou a ter mais de 70% de posse de bola nos primeiros quinze minutos! Depois com o decorrer da primeira parte a seleção alemã equilibrou os números.

A Alemanha nunca criou verdadeiro perigo porque as suas investidas ou eram travadas pelos defesas ou os remates iam para fora.  Em toda a primeira parte só vimos um remate à baliza e deu golo!

O jogo esteve sempre muito tático, com alguns toques de classe por parte de alguns jogadores espanhóis, especialmente: Dani Ceballos, Ruiz e Olmo. Estes três no primeiro tempo foram dos homens mais ativos, sendo que grande parte do jogo espanhol era efetuado pelo corredor direito.

Aos 34 minutos, o árbitro recorreu ao VAR, após uma entrada duríssima de Vallejo, com o intuito de perceber se era entrada para vermelho. O árbitro apenas mostrou a cartolina amarela.

Com o apito para o intervalo a chegar, a seleção da Alemanha tinha que voltar com outras ambições, para tentar igualar a partida. A Espanha pareceu desacelerar nos últimos minutos e por esta altura era uma incógnita o estilo de jogo que ia adotar na segunda metade. Podia-se dizer que estava um jogo muito tático e sem oportunidades.

Um tiro do meio da rua de Ruiz, fazia o resultado ao intervalo                                                          Fonte: UEFA

Com o início do segundo tempo, a Alemanha entrou bem melhor, comparativamente à primeira parte, o jogo esteve mais equilibrado e finalmente vimos a seleção germânica a conseguir rematar à baliza de Sivera. Através do engenho de Dahoud e Waldschmidt, a bola circulou de forma mais fluída do lado alemão. A Espanha entrou no jogo, sem se preocupar muito em chegar à área adversária, tanto que o treinador até acabou por tirar o ponta de lança (Oyarzabal) e colocou um médio no seu lugar (Soler).

A Alemanha apoderou-se do jogo e era a seleção com mais posse de bola, precisamente na altura da melhor fase dos germânicos é quando chega o segundo golo da Espanha. Jogada conduzida por Ceballos, a bola a ser entregue a Ruiz, que remata de longe à baliza, o guarda-redes defende para a frente e Dani Olmo a aparecer com um remate picado na cara do guardião, aumentando assim a vantagem.

Aos 76 minutos, Fabian Ruiz dentro da grande área, depois de um grande passe, o seu remate a sair um pouco ao lado do poste esquerdo da Alemanha. Era um golo que punha um ponto final na questão.

Com 81 minutos de jogo, Dani Olmo a fazer um passe na esquerda, a bola a chegar a Carlos Soler e este a fazer a bola embater com estrondo na barra. Tanto Soler como Mayoral a entrarem bem no jogo, acrescentando variabilidade no jogo espanhol.

O ponta de lança da Alemanha, que tinha marcado em todos os jogos deste Europeu, a ficar muito perto de marcar também na final. Fez um remate que saiu ligeiramente ao lado do poste esquerdo da baliza espanhola, isto quando faltavam sete minutos para o fim dos 90 minutos. Waldschmidt se marcasse um golo na final batia o recorde individual de golos na fase final da competição, atingindo uns incríveis oito golos.

Aos 88 minutos, um remate de Amiri do meio da rua, com a bola a bater na cabeça de Vallejo, acabou por trair o guarda-redes Sivera e ainda deixava alguma esperança nos adeptos alemães, estava assim feito o 2-1.

Depois disto, a Espanha procurou controlar o jogo, impondo o seu ritmo mais pausado, sem perder a posse de bola, até ao final da partida.

A Espanha acabou por ser a melhor equipa nos 90 minutos, os seus jogadores apresentaram mais qualidade na troca de bola e pormenores com grande qualidade. Ceballos, Olmo e Ruiz foram peças vitais na caminhada deste Europeu. Com as substituições, o futebol continuou a fluir com extrema qualidade, muito devido à qualidade do plantel espanhol, visto que muitos dos suplentes atuam em grandes equipas da Europa e se não há um certo jogador, sabem que têm garantias no banco.

Está assegurado o futuro da seleção espanhola, com estes jovens talentos, que já jogam muito à bola! A vingança foi feita por parte da Espanha, já que no ano de 2017, a Alemanha tinha derrotado na final do Europeu a seleção espanhola por 1-0.

Na Alemanha, Dahoud foi o melhor da sua equipa, foi ele quem tentava impor o ritmo de jogo e proporcionar transições de qualidade, no entanto, não foi dos seus melhores dias.

O melhor jogador do torneio foi Fabian Ruíz, após ter-se apresentado a um nível elevadíssimo durante toda a competição.

Com o fim desta competição de esperanças e até ao começo da nova temporada de clubes, pode fazer as suas previsões através do site de prognósticos e apostas desportivas SportyTrader, que acompanha, por exemplo, a apaixonante Copa América ou o Mundial Feminino.

ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

ALEMANHA: Nubel; Baumgartl, Tah, Heirichs e Klostermann; Eggestein (sub. Nmecha, 80´), Dahoud e Serdar (sub. Neuhaus, 61´); Amiri, Oztunali (sub. Richter, 72´)e Waldschmidt;

ESPANHA: Sivera; Vallejo, Nunez, Aguirregabiria e Junior; Ruiz (sub. Merino, 78´), Roca, Fornals ( sub. Mayoral, 72´), Olmo e Ceballos; Oyarzabal (sub. C.Soler, 55´)

André Filipe Antunes
André Filipe Antuneshttp://www.bolanarede.pt
O André é licenciado em Marketing e Publicidade e um fã incondicional de ciclismo. Começou desde pequeno a ter uma paixão pelo desporto, através do futebol. Chegava a saber os plantéis de todas as equipas da Primeira Liga! Com o tempo, abriu-se o horizonte e o interesse para outros desportos, como o Ciclismo, o Futsal e, mais recentemente, a NBA. Diz que no Ciclismo existem valores e táticas que mais nenhum desporto possui e ambiciona um dia ter a oportunidade de assistir ao vivo a um evento deste calibre.

Subscreve!

Artigos Populares

Villas-Boas aponta perdas de tempo de Trubin, Ríos e Barrenechea e elogia FC Porto: «Contra jogadores que recebem mais de 8 milhões de euros…»

André Villas-Boas, presidente do FC Porto, falou sobre o Clássico e deixou bicada. Presidente dos dragões elogiou José Mourinho e Farioli.

Sergio Conceição já assinou contrato com o Al Ittihad e já são conhecidos os membros da sua equipa técnica

Sérgio Conceição é oficialmente o novo treinador do Al Ittihad. O treinador português assinou contrato até junho de 2027 com o campeão saudita.

Gianluca Prestianni provoca adeptos do Chile: «Ficaram fora do outro Mundial…»

Gianluca Prestianni lançou uma provocação aos adeptos chilenos após o jogo frente à Itália. O avançado argentino falou após o apuramento para os oitavos de final do Mundial de Sub-20.

Noronha Lopes garante continuidade de José Mourinho e diz: «Acredito que vou ser presidente do Benfica»

João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica, garante continuidade de José Mourinho. Candidato está confiante.

PUB

Mais Artigos Populares

Jordi Alba coloca ponto final na carreira de futebolista

Jordi Alba decidiu colocar um ponto final na sua carreira, aos 36 anos. O lateral espanhol, que marcou uma era no Barcelona e na seleção de Espanha, revelou que a presente temporada da MLS será a sua última como jogador profissional.

Rui Costa analisa Clássico com o FC Porto e diz: «No Benfica não se festejam empates»

Rui Costa diz que, no Benfica, «não se festejam empates». Presidente das águias analisou jogo com o FC Porto na Primeira Liga.

Rui Costa já reagiu ao tema Germán Conti: «Os adeptos do Benfica não têm de estar preocupados, assim como eu não estou»

Rui Costa viu o seu nome envolvido numa investigação sobre a transferência de Germán Conti. Presidente das águias já reagiu às notícias.