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Futebol Olímpico: a imprevisibilidade dos medalhados

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Grupo D: Honduras, Argentina, Portugal e Argélia

A seleção olímpica  Fonte: Seleções de Portugal
A seleção olímpica
Fonte: Seleções de Portugal

As Honduras no último Mundial de Sub20, em 2015, perderam por exemplo 3-0 com as Ilhas Fiji (sim, essas mesmo que perderam 8-1 com a Alemanha). No entanto, nos últimos JO – de Londres de 2012 – perderam por 3-2 com o finalista Brasil (de Neymar, Oscar, Hulk, Thiago Silva, Lucas e Pato) e estiveram a vencer o jogo por duas vezes: por 1-0 e 2-1. Talvez se não tivessem terminado o jogo com menos dois jogadores…

Os craques da seleção são os já internacionais pela seleção principal Johnny Palacios (29) e Romell Quioto (24), ambos do CD Olímpia, mais uma das estrelas do Tenerife da 2.ª Divisão Espanhola, Anthony Lozano (23). Com todo o respeito, os outros jogadores são para desvendar. Revelações há em qualquer parte do mundo. Contudo, acredito que será difícil as Honduras surpreenderem neste grupo.

A Argentina é uma das candidatas ao ouro e estará certamente na luta da sua 5.ª medalha olímpica. Para isso contribuirão os dois jogadores do West Ham: Manuel Lanzini (23) e Jonathan Calleri (22), ex-São Paulo e que muito brilhou na última Copa dos Libertadores com os nove golos marcados, o Giovani Lo Celso (20, PSG), a estrela Ángel Correa (21, Atl. Madrid), e Giovanni Simeone (21, Génoa). Todos são as novas coqueluches e as novas caras da futura Argentina. Dos mais velhos, ninguém de renome internacional comparecerá, contando a equipa com Victor Cuesta (27, Independiente) e o guarda-redes Gerónimo Rulli (24, Real Sociedad). Será um grupo de dez jogadores ‘nacionais’ e oito ‘estrangeiros’, com uma média de idades a rondar os 22 anos.

Juntando ainda o facto de terem vencido o último Sudamericano Sub20 (2015), acredito que a Argentina será uma equipa temível que quer recuperar o ouro de Pequim 2008!

Em relação a Portugal, destaco a quantidade de jogadores que viram chumbada pelos clubes a possibilidade de poderem participar nestes JO. De facto, depois de vencido o Campeonato da Europa da equipa principal, da campanha realizada e a final perdida no Euro Sub21 em 2015, das semi-finais perdidas para o campeão do Euro Sub19 deste ano e ainda do Campeonato Europeu ganho em Sub17, as expetativas são altas para os JO. No entanto, temos de reconhecer que com tanta fonte por onde escolher jogadores selecionáveis para estes Jogos Internacionais teremos de ter as aspirações comedidas. Creio que tudo dependerá da forma como iniciarmos os jogos, logo pelo desempenho dos lusos, no primeiro jogo, frente à candidata Argentina.

Com tantas baixas, o elenco nacional conta ainda com jogadores como Tiago Ilori (23, Liverpool), Bruno Fernandes (21, Sampdoria), Bruno Pereira (20, Man. Utd) e Edgar Lé (22, Villarreal) como os ‘estrangeiros’. E os outros craques da seleção das quinas serão os ‘ex’ ou atuais Sportinguistas Tobias Figueiredo (22), André Martins (26), Ricardo Esgaio (23) e Carlos Mané (22). Ainda o talentoso Sérgio Oliveira (24) e o promissor Gonçalo Paciência (22), ambos do FC Porto. Completa o grupo dos mais velhos o experiente jogador Salvador Agra (24, Nacional). Não podemos dizer que é uma seleção remendada, mas ainda assim sem grande parte das primeiras escolhas. No entanto, continuo a achar que as ideias de jogo modernas do futebol português e a excelente capacidade racional dos jogadores poderão fazer a diferença.

Por último a Argélia, que apenas participou numa olimpíada até ao momento, terá a sua segunda participação desde os JO de 1980 em Moscovo, onde conseguiu chegar aos quartos-de-final, deixando a Espanha para trás na fase de grupos.

Portanto, uma seleção sem historial e sem experiência olímpica. No entanto, dada a evolução da seleção principal nos últimos anos e o facto de começar a revelar jogadores de top Europeu nestes últimos anos, devemos esperar um grau de competitividade elevado e algumas revelações por se afirmarem (já que a maior parte da seleção é constituída por jogadores desconhecidos a atuarem na Argélia). É uma seleção que vem com uma média de idades ligeiramente acima dos 23 anos de idade e a minha curiosidade irá para a atuação de um dos pouquíssimos internacionais ‘A’ desta seleção: o atacante que joga no Catar, Baghdad Bounedjah (24, Al-Sadd).

Relembro que os JO começam nesta próxima quinta-feira, dia 4 de Agosto, com o jogo de abertura entre Iraque e Dinamarca às 17h00! Os jogos de destaque, que aconselho que sejam acompanhados desde a fase de grupos, são: Suécia x Colômbia (Grupo B, 1.ª Jornada – 04.08), México x Alemanha (Grupo C, 1.ª Jornada – 04.08), Portugal x Argentina (Grupo D, 1.ª Jornada – 04.08), Nigéria x Japão (Grupo B, 1.ª Jornada – 05.08). e Colômbia x Nigéria (Grupo B, 3.ª Jornada – 11.08).

Por último, e a título de curiosidade, se o futebol valesse pela média de altura dos planteis, podemos dizer que a Alemanha seria a campeã destacadíssima dos JO. Vem com uma média de 185cm, diferença considerável quando a comparamos com a média de outros candidatos: 180cm do Brasil, Colômbia ou da Nigéria; 179cm de Portugal e México; ou até mesmo os 177cm da Argentina. Graças a Deus que o Futebol se joga com o que a cabeça ordena aos pés e ainda hoje não se medem os centímetros dos cerébros dos jogadores!

Foto de Capa: diariolibre

Paulo Sousa
Paulo Sousahttp://www.bolanarede.pt
Um português residente no Brasil. Vive com intensidade e aprendeu a não ter medo de escolher. Ama e trabalha com o Futebol, que colide com alguns dos seus valores morais. Futebolísticamente interessa-se por assuntos polémicos e desmistificar ideias não sustentadas em fatos. Inconformado, contagia-se pelos porquês que o levam a amadurecer.                                                                                                                                                 O Paulo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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