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Portugal 3-1 Turquia: “Das tormentas” até à “boa esperança” pelo Mundial

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A CRÓNICA: ODE À DINÂMICA DE OTÁVIO E À CRIATIVIDADE DE BERNARDO

Enfrentar e vencer a Turquia era um dos últimos obstáculos que Portugal teria de ultrapassar para poder ter a verdadeira chance de entrar no Mundial. Fernando Santos viu-se condicionado a criar um onze inicial pelos castigos, lesões e infeções por COVID-19, mas arranjou o que conseguiu, com duas surpresas: uma na baliza, outra na frente.

A toada ofensiva portuguesa estava lá nos minutos iniciais. A Turquia não atava nem desatava do meio-campo. Com isso, as bancadas do Estádio do Dragão quase saíram do sítio aos 15 minutos. Cristiano recebeu a bola na esquina da grande área, chegou a Bernardo que rematou para o poste, mas estava lá Otávio pronto a inaugurar o marcador.

E não faltou muito até as bancadas se moverem mais dois centímetros para o lado. Apesar da Turquia se começar a mostrar mais do que aquilo que fez nos primeiro minutos, Portugal tinha muito mais critério na saída de bola (apesar de pecar na defesa) e isso culminou num segundo golo a pouco tempo de fechar a primeira parte. Foi Diogo Jota quem coroou esse aumentar de vantagem, com assistência milimétrica de Otávio.

Lá se começou a desenrolar a segunda parte e via-se mais do mesmo daquilo que foi a primeira. Apesar do cansaço já começar a soar, Bernardo Silva permanecia o criativo e Otávio o desequilibrador. Mas esse cansaço mostrou à séria a debilidade defensiva que Portugal apresenta desde o início do encontro.

Aos 67 minutos, foi Burak Yilmaz aproveitar essa mesma debilidade para diminuir a vantagem portuguesa e bateu Diogo Costa, que estava a fazer um jogo seguríssimo. Notou-se um balde de água fria pelas costas abaixo dos onze portugueses em campo e os restantes que apoiaram de fora. Mas, lá dentro, passava-se um pouco pela “Cabo das Tormentas” em busca do “Cabo da Boa Esperança”.

As varas tremiam, principalmente quando o árbitro alemão Daniel Siebert foi chamado ao vídeoárbitro e assinalou uma grande penalidade favorável à Turquia por falta de José Fonte. Mas levantou-se mais alto a bola que Burak Yilmaz rematou totalmente para fora e muito por cima da trave. Uma espécie de fieldgoal para os entendidos na modalidade.

“Cantando espalharei por toda parte, se a tanto me ajudar o engenho e arte.” – certamente seria isto a passar na cabeça de Fernando Santos a ver o tempo apertar, mas “cesse tudo o que a Musa antígua canta, que outro valor mais alto se alevanta”, e esse valor foi Portugal, um passo mais perto do Mundial, com Matheus Nunes a fechar a cortina do ato.

 

A FIGURA

Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

Otávio – Começando pela menção honrosa a Bernardo Silva, por ser um criativo, passa-se pela menção merecida a Otávio. Pela dinâmica, pelo golo e pela assistência milimétrica, Otávio teve este dia como seu consagrado.

 

O FORA DE JOGO

Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

Dupla atacante da Turquia – Apesar do golo de Burak Yilmaz, pouco se viu da dupla atacante da Turquia. Começaram o jogo com bastantes dificuldades na aproximação à área de Diogo Costa, mas, mesmo nas oportunidades que tinha, os avançados em pouco ou nada se mostraram presentes. Para além disso, defensivamente, não existiu qualquer tipo de pressão ou dificultar na saída de bola portuguesa.

 

ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

Com Diogo Costa e Otávio a serem as verdadeiras grandes surpresas no onze inicial de Fernando Santos, manteve-se o 4-3-3.

Na defesa, Danilo e Fonte ocuparam a zona central, dadas as ausências, e Diogo Dalot, a par de Raphael Guerreiro encarregaram-se das laterais.

No meio-campo, João Moutinho ao centro, mas mais recuado, junto de Bruno Fernandes e Bernardo Silva. Cristiano Ronaldo continuou a ser o ponta de lança de serviço, com a companhia de Otávio e Diogo Jota.

Portugal foi bastante pressionante nos setores mais ofensivos, dificultando a saída de bola turca através de Soyuncu. A seleção portuguesa mostrou muito mais qualidade na construção pelo meio-campo do que propriamente pelas laterais, com a velocidade de criação a ser mais rápida do que a velocidade de raciocínio de jogo, mas não deixou de ser uma boa demonstração no campo.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Diogo Costa (7)

Raphael Guerreiro (6)

José Fonte (6)

Danilo Pereira (6)

Diogo Dalot (6)

Bernardo Silva (8)

João Moutinho (7)

Bruno Fernandes (7)

Otávio (9)

Diogo Jota (7)

Cristiano Ronaldo (6)

SUBS UTILIZADOS

João Félix (6)

William Carvalho (6)

Matheus Nunes (6)

Nuno Mendes (6)

Rafael Leão (6)

 

ANÁLISE TÁTICA – TURQUIA

Stefan Kuntz fez a sua equipa alinhar num 4-4-2 tradicional, com o central Soyuncu a ser o primeiro elemento a dar o embalo para a construção de jogo. Demiral foi o seu companheiro na zona central, a par de Kabak e Kutlu nas laterais, cuja tarefa defensiva foi bastante dificultada.

Çelik e Akturkoglu também tiveram a vida mais estorvada a nível defensivo, pois, nas alas, encontravam os jogadores português com bastante velocidade. No centro do meio-campo, alinharam Çalhanoglu e Kokçu que tentavam levar a equipa para a frente, apesar de serem bastante pressionados por João Moutinho e os restantes centrocampistas portugueses.

Na frente, permaneceram Burak Yilmaz e Cengiz Under, que pouco apareceram no encontro, apesar do golo do primeiro.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Ugurdan Çakir (6)

Ozan Kabak (6)

Merih Demiral (6)

Çaglar Soyuncu (5)

Berkan Kutlu (6)

Zeki Çelik (6)

Orkun Kokçu (6)

Hkan Çalhanoglu (5)

Kerem Akturkoglu (6)

Cengiz Under (5)

Burak Yilmaz (6)

SUBS UTILIZADOS

Enes Unal (6)

Yusuf Yazici (6)

Dorukan Tokoz (6)

Serdar Dursun (6)

 

BnR NA CONFERENCIA DE IMPRENSA

Portugal

Não foi possível colocar questões ao selecionador nacional, Fernando Santos.

Andreia Araújo
Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.

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