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Recuamos 20 anos e ouvimos dizer o seguinte: nos próximos 20 anos, a Seleção Nacional vai conseguir apurar-se para todas as fases finais de Europeus e Mundiais, sem falhar uma que seja. E mais ainda: vai conquistar dois títulos internacionais nesse período.

O mais natural seria colocar-se em causa esta afirmação, tal como a maioria fez sobre as palavras de Fernando Santos há três anos…

Como seria isso expectável se Portugal, antes de 2000, tinha conseguido qualificar-se apenas para quatro fases finais (dois Europeus e dois Mundiais) – questionar-se-iam, possivelmente, as pessoas nesta hipotética situação. Pelo menos, tenho quase a certeza que o fariam. Isto, porque, os portugueses não estavam habituados a presenças frequentes em grandes competições antes do novo século. Até nos podemos questionar, ainda, como vencemos aquele Europeu em 2016… Mas esse faz parte de outra era (encantada)!

Pois bem, na última semana, Portugal assegurou a 11ª presença consecutiva em grandes provas, ao bater o Luxemburgo, no último obstáculo para alcançar esse feito. E isto quer dizer muito. Hoje em dia, perante a normalidade que é estarmos presentes nos grandes certames, não parece existir um sentimento de entusiasmo geral, mas não nos podemos esquecer que ao longo da história a realidade foi bem diferente.

Houve gerações que tiveram de esperar vários anos para ver a Seleção nos grandes palcos e, por essa razão, devemos valorizar aquilo que estamos a viver atualmente. Hoje, temos de esperar somente dois anos. Ou nem isso, visto que recentemente disputámos a Taça das Confederações e a Liga das Nações – e estas nem pesam na contabilidade.

Apenas Alemanha, Espanha e França nos superam em presenças consecutivas. Antes isto era impensável. Assim, invocar o passado deve servir, sobretudo, para relembrar as dificuldades que Portugal tinha para estar entre os melhores e, ao mesmo tempo, interiorizar os méritos a que nos fomos habituando.

Desde o novo século que a Seleção se habituou a carimbar passaporte para as fases finais
Fonte: FPF

A chegada de Fernando Santos permitiu-nos até chegar aos títulos, veja-se lá. Com o pragmatismo que o caracteriza, a Seleção não passou a jogar um futebol mais bonito, como em tempos, mas passou a ser mais objetiva. E com isso lá chegaram os canecos. Após cinco anos no comando, passou a ser o selecionador com mais vitórias e falta muito pouco para ser aquele com mais jogos.

Antes deste período, estivemos perto de chegar à glória, mas faltou sempre qualquer coisa. Agora que a alcançámos, talvez só daqui a um bom tempo é que se irá dar o real valor. Como acontece quase sempre nestas situações. Porque parece que ainda estamos sob o efeito do pós-conquista. E isso não é mau, de todo. Mas sem nunca esquecer a mão de Abel Xavier em 2000, as lágrimas de Ronaldo em 2004 e aquele Mundial em 2006 – para mim os anos mais marcantes.

Não podemos afirmar que Portugal é o mais forte candidato ao título atualmente, porque existem outras seleções mais capazes e mais fortes, a meu ver, e porque o fator histórico ainda deve ser tido em conta. Agora que ganhámos o hábito de estarmos sempre presentes, deve-se adicionar o hábito de sermos vencedores para conquistarmos o estatuto de verdadeiros candidatos. Porém, isso até pode funcionar a favor, pois foi com tudo menos com esse estatuto que tocámos o céu em França. A verdade é que agora olham-nos de maneira diferente – é isso que os títulos fazem.

Por outro lado, podemos dizer que vivemos claramente um trajeto ascendente no futebol europeu… nesta que é a era encantada!

Foto de capa: FPF

artigo revisto por: Ana Ferreira

André da Silva Amado
André da Silva Amadohttp://www.bolanarede.pt
O desporto em geral atrai este jovem aveirense mas é o futebol a sua maior paixão. As conversas com amigos e familiares costumam ir dar ao futebol, hábito que preserva desde sempre. Poder escrever sobre esta vertente é o que o satisfaz, com o intuito de poder acrescentar algo de positivo ao ambiente em torno do futebol nacional.                                                                                                                                                 O André escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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