A CRÓNICA: CRISTIANO DE OURO, PALHINHA DE FERRO, PORTUGAL INVENCÍVEL
Esta era a primeira de três finais da seleção portuguesa no caminho rumo ao Campeonato do Mundo de 2022. Só a vitória interessava também ao Luxemburgo e por isso esperava-se um duelo intenso com bons momentos e muita competitividade.
E se é verdade que esta seleção do Luxemburgo tem vindo a tornar-se cada vez mais competente e, por isso, temível, também é um facto que esta foi uma partida onde isso não foi evidente devido aos três golos muito madrugadores de Portugal.
Nos primeiros 15 minutos, já havia duas grandes penalidades assinaladas, ambas convertidas pelo melhor marcador de sempre a nível de seleções, Cristiano Ronaldo.
O jogo ficou por si só muito descaracterizado e a esperançosa seleção luxemburguesa parecia pouco confiante para os restantes 75 minutos. Mais ainda ficou passados cinco minutos, quando Bruno Fernandes decidiu colocar o seu nome na lista dos marcadores e fez, assim, o três a zero que representariam os primeiros 45 minutos.
Para a segunda parte, o técnico Luc Holtz promoveu algumas alterações, mas nem por isso a equipa conseguiu melhorar a nível ofensivo. Portugal continuou a dominar e a tendência seria a vantagem aumentar, algo que aconteceu mesmo aos 69 minutos, por intermédio de João Palhinha. Segundo golo do recém internacional português ao serviço da seleção, segundo contra a seleção do Luxemburgo.
Já tudo esperava o fim da partida, que não poderia chegar sem o hat-trick do costume. E ele chegou mesmo. Rúben Neves colocou uma bola longa na área e Cristiano Ronaldo, de cabeça, marcou o seu terceiro, ditando o 5-0 final.
Mais três pontos para Portugal, que precisa de ganhar à Irlanda e empatar com a Sérvia para se qualificar diretamente para o Campeonato do Mundo. O Luxemburgo ficou pelo caminho e espera por uma nova oportunidade para se qualificar para uma grande competição.
A FIGURA
Cristiano Ronaldo – Pode não ter sido o dono da melhor exibição, face à presença de João Palhinha que fez um enorme jogo, mas Cristiano Ronaldo brindou os adeptos portugueses com mais um hat-trick e por isso tem de ser a figura do jogo. Hoje, ao contrário de outros dias, conseguiu aliar aos golos uma exibição capaz, e por isso este é um prémio que só podia ser dele. Mais três golos para o melhor marcador de sempre por seleções, numa partida toda ela bem conseguida pela seleção das Quinas.
O FORA DE JOGO
🧤 Premier Clean Sheet pour Anthony Moris : ✅ pic.twitter.com/bBWqtRPsZU
— Royale Union Saint-Gilloise (@UnionStGilloise) August 9, 2021
Anthony Moris – O guarda-redes do Luxemburgo não teve uma noite nada fácil, como era expectável na antevisão da partida. Não só sofreu quatro golos, como teve alguma culpa em três deles. Cometeu uma grande penalidade, teve mãos de algodão no terceiro golo e teve uma saída em falso no quarto golo, de João Palhinha. Uma noite para esquecer para o guardião do Royale Union SC.
ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL
Fernando Santos optou, como é habitual, pelo 4-3-3 com um meio campo constituído por três homens, um claramente mais defensivo (João Palhinha), um mais de transição (João Moutinho) e um terceiro focado essencialmente para o ataque e que aparece em zonas de finalização (Bruno Fernandes).
Na frente jogou Bernardo Silva, sempre pela direita, enquanto que Ronaldo e André Silva iam permutando entre o meio e a lateral esquerda, confundido a defesa adversária. Na linha mais recuada, os três do costume, Pepe e Ruben Dias no centro, e Cancelo pela direita, aos quais se juntou Nuno Mendes, que entrou para o lugar do habitual titular, Raphael Guerreiro.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Rui Patrício (7)
João Cancelo (6)
Pepe (7)
Rúben Dias (7)
Nuno Mendes (7)
João Palhinha (9)
João Moutinho (7)
Bruno Fernandes (7)
Bernardo Silva (8)
André Silva (6)
Cristiano Ronaldo (9)
SUBS UTILIZADOS
João Mário (6)
Rúben Neves (8)
Rafael Leão (6)
Matheus Nunes (-)
Gonçalo Guedes (-)
ANÁLISE TÁTICA – LUXEMBURGO
Sabendo que ia passar grande parte do tempo a defender, mas que, por outro lado, uma derrota representaria o afastamento do Mundial de 2022, o técnico Luc Holtz optou por um 4-4-2 que permitisse à equipa ser equilibrada em todos os momentos do jogo. Na linha mais recuada apareceram Carlson e Chanot no centro, com Jans pela direita e Michael Pinto pela esquerda. O meio campo foi ocupado por Martins Pereira e Leandro Barreiro, dois atletas que conhecem bem a lusofonia, acompanhados de Siani e Olivier Thill, o primeiro pela direita e o segundo mais pela esquerda.
Na frente jogaram Sebastien Thill, que está a ter uma época de sonho no FK Sheriff Tiraspol e a estrela Gerson Rodrigues, nascido em solo português e também muito conhecedor da seleção orientada por Fernando Santos. A estratégia passaria sempre por aguentar o empate o máximo de tempo possível e em saídas rápidas conseguir ferir a equipa das Quinas, algo que teve de ser alterado devido à madrugadora alteração do marcador.
Assim, o Luxemburgo acabou por ter mais bola do que se esperava, evidenciando muitas dificuldades na altura de assumir a partida.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Moris (3)
Jans (5)
Chanot (4)
Carlson (4)
Michael Pinto (5)
Sinani (6)
Martins Pereira (6)
Leandro Martins (6)
Olivier Thill (5)
Sebastien Thill (5)
Gerson Rodrigues (5)
SUBS UTILIZADOS
Yvandro Borges Sanches (6)
Maurice Deville (5)
Edvin Muratovic (-)
Eric Veiga (-)
Artigo revisto por Joana Mendes