Copa Libertadores | O que esperar da final da competição

Enquanto por cá, no Velho Continente, a Liga dos Campeões está, ainda, em fase de arranque, a sua homóloga na América do Sul, a Copa Libertadores, está prestes a conhecer o seu epílogo.

As madrugadas desta quinta e sexta-feira, deram-nos a conhecer os finalistas da prova. A final irá opor dois históricos do futebol sul-americano, com um representante de cada um dos países mais titulados na prova, o Brasil e a Argentina. A representar o país do samba, estará o Fluminense, clube baseado na região do Rio de Janeiro que, pese embora esta presença no jogo decisivo não seja inédita, nunca conquistou a competição. Do lado do país das pampas, estará o Boca Juniors, aquele que será, porventura, o clube mais reputado daquela zona do globo e que conta já com seis títulos da copa no seu palmarés.

O primeiro apurado foi o Fluminense. Este histórico brasileiro, campeão pela última vez em 2012, tem vindo a recuperar, nos últimos anos, algum fôlego depois de ter andado várias épocas no fundo da tabela do Brasileirão. Na presente época, encontra-se no sexto lugar da Séria A (já depois de ter vencido o Campeonato Estadual) e encontra na Copa Libertadores mais uma via para voltar a conquistar um troféu.

Fonte: Fluminense FC

No caminho até à final da Copa Libertadores, o Flu ultrapassou o grupo D, que contava, também, com as equipas do The Strongest, da Bolívia, o Sporting de Cristal, do Peru, e o River Plate, grande rival do Boca no futebol argentino. Seguiram-se o Argentinos Juniors nos oitavos, o Olimpia do Paraguai nos quartos e, por fim, o Internacional de Porto Alegre, nas meias-finais.

Dirigida por Fernando Diniz, é uma equipa que joga preferencialmente num esquema de 4x2x3x1 e que pratica um futebol ofensivo e muito assente no talento individual. Apesar de contar nas suas fileiras com vários jogadores experientes e consagrados como Marcelo, Filipe Melo, Ganso ou Keno, tem em André (jogador que chegou a estar nas cogitações do Sporting CP) o seu menino-bonito. Trata-se de um médio forte a atacar e a defender, com boa capacidade de passe e transporte de bola e dono de um excelente remate. Para além de Sporting CP chegou a ser falado como alvo do Liverpool e, com toda a certeza, ingressará num grande europeu a breve prazo.

Já o Boca Juniors, esteve inserido no grupo F, juntamente com o Colo Colo (Chile), o Deportivo Pereira (Colombia) e o Monagas (Venezuela). Depois de passar a fase de grupos, a formação Xeneize, que joga no mítico estádio La Bombonera, conseguiu a proeza de ultrapassar todas as eliminatórias até à final por via do desempate por grandes penalidades. A primeira vítima foi o Nacional (Uruguai), seguindo-se o Racing Avellaneda (Argentina) e, por fim, o Palmeiras de Abel Ferreira.

Boca Juniors
Fonte: CA Boca Juniors

O treinador dos argentinos é Jorge Almirón, treinador argentino de 52 anos. Joga, preferencialmente, num esquema de três centrais e baseia o seu jogo num processo defensivo bem oleado. Ao contrário do Fluminense, é uma equipa que marca poucos golos, mas sofre também poucos, sendo que nas eliminatórias até à final marcou apenas três golos e viu o jogo terminar 0-0 em quatro dos seis jogos disputados.

Apesar de alguns jovens de talento indiscutível, a base da equipa é composta por jogadores de grande experiência. A começar na baliza, defendida por Sérgio Romero e a terminar no ataque, onde milita Edinson Cavani, mas passando, também, pelo meio-campo, onde o capitão Pol Fernandez é quem dita leis. De ressalvar, ainda, que Luís Advíncula, que representou o Vitória de Setúbal, e Marcos Rojo (que falhará a final por expulsão no jogo das meias-finais), ex-Sporting, fazem, também parte do plantel Xeneize. Em relação à formação do Boca, lembrar, ainda, que Alan Varela, médio do FC Porto, foi figura de proa na equipa até aos quartos de final.

São, portanto, duas equipas que dependem muito da experiência dos seus jogadores mais consagrados, mas cujos modelos de jogo assentam em princípios, ideias e armas bem distintas. O Fluminense é mais balanceado para a frente e o Boca com maior tração à retaguarda.

Assim sendo, estão reunidas as condições para uma grande final da Libertadores, bem disputada e de emoções fortes. O histórico de embates entre as equipas não poderia estar mais igualado. Duas vitórias para cada lado e dois empates e oito golos marcados por ambas as equipas.

Servirá o jogo de dia 4 de Novembro para desempatar a contenda. Venha daí essa final!

Bernardo Santos
Bernardo Santoshttp://www.bolanarede.pt
O Bernardo é Licenciado em Relações Públicas e quase mestre em Jornalismo. É um comunicador nato, que transporta para o futebol a mesma simpatia e alegria que tem em viver.

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