Anda tudo louco na velocidade indoor!

Nas barreiras, o cenário não difere muito. E até há uma semana o quadro masculino parecia bem tranquilo, mas tudo mudou. O norte-americano Jarret Eaton (7.47) era até aqui o líder mundial, mas a maior curiosidade era mesmo termos um atleta de 20 anos abaixo dos 7.50 – Grant Holloway havia corrido em 7.49. Este fim de semana tínhamos Holloway na mesma prova do jamaicano Omar McLeod em Clemson. McLeod é o a estrela mundial das barreiras. É o campeão mundial desta distância indoor. É o campeão olímpico e mundial dos 110 barreiras. Dominador absoluto.

Fonte: IAAF
Mcleod Campeão em Portland
Fonte: IAAF

Omar McLeod deixou o aviso na primeira prova, nas eliminatórias: 7.45! Era a marca líder mundial. Esperava-se algo em grande na final. Mas esse grande veio de Holloway! 7.42! Recorde absoluto colegial norte-americano.

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Para se ter uma ideia da marca, Omar McLeod quando foi o campeão mundial em Portland correu em 7.41…portanto, tudo em aberto, muita expectativa para o que poderá acontecer no Reino Unido no início do próximo mês. Mas claro, antes disso Holloway tem que passar os duríssimos Trials norte-americano e aí será a hora de “deliever” onde mais é necessário.

Falando nos Trials norte-americanos, nada é um melhor exemplo da sua exigência que as barreiras no feminino. Ao ar livre, todos nos recordamos de em 2016, a atleta mais rápida do planeta ter ficado de fora da qualificação e ter falhado os Jogos Olímpicos do Rio. Kendra Harrison dias depois havia de bater o recorde mundial dos 100 com barreiras em Londres, o que tornou ainda mais anti-climática a sua ausência no Rio.

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A própria falou mais tarde em entrevista ao programa IAAF Inside Athletics que considerava justa a qualificação por trials e que a culpa tinha sido dela por ter falhado onde mais importava. Em 2017, Kendra dominava mais uma vez o circuito, mas falhou totalmente na final dos Mundiais de Londres, ficando no quarto lugar. Em 2018, quer o título de Pista Coberta. Mas já lá vamos. A época começou a todo o gás e o grande destaque era o duelo entre as grandes amigas fora das pistas, as norte-americanas Sharika Nelvis e Christina Manning. Nelvis assumiu a liderança mundial em Karlsruhe na frente de Manning, onde ambas alcançaram recordes pessoais – 7.80 e 7.81. Dias depois em Dusseldorf, Nelvis viria a repetir os 7.80, mas Manning venceria com nova melhor marca pessoal (7.77) e assumia a liderança mundial. O tempo de Manning coloca-a como a quinta atleta da história norte-americana na distância.

As amigas Nelvis e Manning Fonte: shethemanning
As amigas Nelvis e Manning
Fonte: shethemanning

Mas faltava Harrison responder. E respondeu. Esta semana, em Clemson, correu a distância em 7.72, igualando o recorde norte-americano que, até então, pertencia exclusivamente a Lolo Jones desde 2010! É um claro aviso à navegação por parte de Harrison, que esperará agora não falhar na hora das decisões. Até porque as barreiras norte-americanas não se se limitam a estas 3 . Entre outras, teremos opositoras como Stowers, Castlin ou as jovens Cockrell, Hall e Camacho-Quinn que já correram abaixo dos 8 segundos esta época.

Com barreiras ou sem barreiras, a velocidade Indoor está boa e recomenda-se e avança para a fase final da preparação para os Mundiais de Birmingham, ameaçando bater ainda mais recordes.

Foto de Capa: NBC Sports

Pedro Pires
Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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