Bons resultados nas finais com olhos no futuro

    Finais do dia

    200 metros (F): Dina Asher-Smith estabeleceu-se como a principal estrela dos campeonatos ao fazer a distância em 21.89 segundos (+0.2), nova marca líder mundial do ano, pulverizando o anterior recorde nacional britânico, ao baixar 0.18 segundos a sua anterior marca! Uns campeonatos de sonho para a britânica que já tinha igualado a melhor marca mundial do ano nos 100 metros, batendo também o recorde nacional britânico.

    Dina sai de Berlim com a liderança mundial dos 100 e dos 200 metros
    Fonte: European Athletics

    Aos 22 anos, torna-se também na mais nova atleta da história a baixar em simultâneo dos 21.9 nos 200 metros e dos 10.9 nos 100 metros. No segundo lugar, a campeã mundial Dafne Schippers, correu o seu melhor da temporada em 22.14 segundos, contribuindo para um pódio totalmente laranja, com a medalha de Bronze a ir para Jamile Samuel, com um tempo de 22.37 segundos, igualando o seu recorde pessoal. 

    400 metros (F): Uma final que apresentou um nível ainda melhor do que o esperado, com todas as atletas do pódio a baterem recordes pessoais, duas delas com recordes nacionais. No primeiro lugar, com marca líder europeia do ano, tivemos a polaca Justyna Swiety-Ersetic com uma marca de 50.41 segundos. Com a medalha de Prata, na segunda posição, a grega Maria Belibasáki deu tudo o que tinha e o que não tinha para ser segunda, num novo recorde nacional em 50.45 segundos, depois de ter dominado grande parte dos 400 metros. No terceiro lugar, com a medalha de Bronze, a holandesa Lisanne de Witte correu a distância em 50.77 segundos, também ela com um novo recorde nacional. Foram as únicas atletas na casa dos 50 segundos.

    800 metros (M): O polaco Adam Kszczot voltou a mostrar que se adapta a qualquer tipo de prova. Desta feita, nem sequer começou no fim do grupo como fez na meia-final e como tantas vezes nos habituou. Posicionou-se num lugar que não lhe pudesse trazer grande surpresas, embora ainda tenha deixado Pierre Ambroise-Bosse, o francês campeão mundial, comandar o grupo numa tentativa de fuga aos 400 metros. No entanto, o polaco começou o ataque a sensivelmente 200 metros do final e quando chegou à meta, já comandava à vontade para mais um título europeu, o seu terceiro consecutivo, em 1:44.59, o seu novo melhor desta temporada. No segundo lugar, o sueco Andreas Kramer igualou o recorde nacional sueco em 1:45.03 e depois na terceira posição Ambroise-Bosse com um tempo de 1:45.30, a chegar à meta já no seu limite físico. 

    5.000 metros (M): Jakob Ingebrigtsen. Sim. O rapaz de 17 anos que ontem fez o nosso destaque, um dia depois correu os 5.000 metros. Não chegava isso, claro. Venceu os 5.000 metros! O norueguês conquistou o Ouro nesta distância, conquistando as duas medalhas num espaço de 24 horas. 

    17 anos: Ouro nos 1.500 e 5.000. Sim, verdade.
    Fonte: European Athletics

    Correu em 13:17.06 – novo recorde europeu júnior – e fez aquilo que nunca ninguém – com qualquer idade – fez: vencer os 1.500 metros e os 5.000 metros nos mesmos campeonatos! No segundo lugar, a Prata foi para o seu irmão Henrik Ingebrigtsen, que correu em 13:18.76 e o pódio foi fechado com o francês Morhad Amdouni no Bronze (13:19.14), ele que já havia conquistado o Ouro nos 10.000 metros.

    Salto em Altura (M): Era uma das disciplinas onde existia uma maior expectativa de resultados de menor valia face ao panorama europeu atual e à ausência (por castigo) do russo Danil Lysenko. No entanto, a prova acabou por surpreender bastante, com os três lugares do pódio a serem ocupados por três atletas que bateram ou igualaram os seus recordes pessoais na noite de sábado em Berlim! Mateusz Przybylko, atleta da casa, foi primeiro, ao passar a fasquia a 2.35 metros num concurso limpo até essa altura. Não deu assim qualquer hipótese à concorrência, que ainda assim completou o pódio todo nos 2.3. Na Prata, o bielorrusso Maksim Nedasekau fez 2.33 metros e o Bronze foi para o russo Ilya Ivanyuk (a competir como atleta neutral) com 2.31 metros. 

    Salto em Comprimento (F): No concurso que contou com a presença da Evelise Veiga, todas as atletas do pódio terminaram na casa dos 6.7 e as três separadas por apenas 5 centímetros. O evento começou com a confirmação da ausência de Ivana Spanovic da final por lesão, ela que foi a campeã há dois anos e seria a maior favorita. Na sua ausência, quem assumia o destaque seria a britânica Lorraine Ugen que era a líder mundial e a única atleta a passar os 7 metros em 2018. Só que Ugen…nem sequer aos três últimos saltos passou! Teve apenas um salto válido e a 6.45 metros, ficando atrás de Evelise Veiga, na nona posição! A vitória do concurso viria a ser conseguida por Malaika Mihambo, a atleta da casa, que saltou 6.75 metros (-0.5) para o Ouro, no seu terceiro ensaio, melhorando a classificação de há dois anos em Amesterdão onde foi Bronze. A ucraniana Maryna Bekh alcançou a sua primeira medalha internacional como sénior, com a Prata em 6.73 metros (-0.1), o seu melhor da temporada e Shara Proctor fechou o pódio em 6.70 metros (-0.4), ela que na qualificação havia saltado…6.75 metros! 

    Lançamento do Disco (F): Presentes estiveram Liliana Cá e Irina Rodrigues como já referimos anteriormente, mas a grande favorita era a croata Sandra Perkovic, a atual campeã olímpica e mundial e líder inquestionável da disciplina. No entanto, a croata até suou bem mais do que seria expectável e até ao quinto ensaio encontrava-se na terceira posição! Aí lançou a 67.62 metros e acabou com a concorrência na luta pelo Ouro. Duas atletas da casa completaram o pódio, com Nadine Muller a fazê-lo com 63.00 metros para a Prata e Shanice Craft com 62.46 metros para o Bronze. 

    20 km Marcha (M): Os espanhóis fizeram 1-2, ao conquistarem a medalha de Ouro e Prata, provando a força da nação castelhana na Marcha. Álvaro Martin conquistou a sua primeira grande medalha como sénior, aos seus 24 anos e logo um Ouro, ao terminar com um tempo de 1:20:42, o seu melhor da temporada. Muito próximo, vinha um grupo de três atletas que chegaram separados por apenas 3 segundos! Diego Garcia Carrera foi segundo em 1:20:48 (também a sua primeira grande medalha sénior), a apenas 6 segundos do Ouro e na terceira posição chegou o russo de apenas 20 anos Vasiliy Mizinov, em 1:20:50. A 1 segundo apenas do pódio e a 9 segundos do Ouro, chegou o italiano Massimo Stano sem qualquer medalha…

    20 km Marcha (F): A prova, que contou com as já mencionadas atletas portuguesas, ficou marcada pelo atraso no seu início (de quase duas horas) derivado de um alerta de segurança, obrigando a que as provas femininas e masculinas decorressem em simultâneo. Isso parece não ter atrapalhado em nada a espanhola Maria Pérez que marchou em 1:26:36, um novo recorde dos campeonatos para o Ouro, conseguindo a sua primeira grande medalha como atleta sénior. Na Prata a checa Anežka Drahotová, num melhor da temporada em 1:27:03, subindo em relação ao Bronze de há 4 anos e no Bronze deste ano, a medalha foi para Antonella Palmisano que fez a distância em 1:27:30, também o seu melhor desta época, repetindo a medalha que havia conquistado nos Mundiais de Londres do ano passado. 

    4×400 (M): Os espanhóis estiveram na frente durante a maioria dos 400 metros e pareciam bastante bem lançados para o Ouro até porque o último percurso seria de Bruno Hortelano. No entanto, de forma surpreendente, o espanhol começou a ceder a cerca de 150 metros do final, vindo mesmo a ser ultrapassado na reta da meta por dois adversários, levando para os nossos vizinhos “apenas” o Bronze com 3:00.78. A Prata foi para a Grã-Bretanha em 3:00.36. No primeiro lugar e com a medalha de Ouro abaixo dos 3 minutos – 2:59:47 – a melhor marca europeia do ano, a Bélgica com, nada mais nada menos do que os 3 irmãos Borlée e Jonathan Sacoor, o miúdo que foi campeão mundial junior há poucas semanas! 

    4×400 (F): As polacas utilizaram a recém-coroada (pouco mais de uma hora antes) campeã mundial no individual, Swiety-Ersetic, para se tornarem campeões mundiais na estafeta, em 3:26.59. Algo que poderá calar alguns críticos que se opuseram ao calendário – e opuseram bem, na nossa opinião – praticamente sobreposto da prova individual e da prova de estafetas. No segundo lugar, a França com um tempo de 3:27.17 e a Grã-Bretanha desiludiu um pouco, chegando apenas na terceira posição e medalha de Bronze, com uma marca de 3:27.40. 

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Xabi Alonso com futuro praticamente definido

    Xabi Alonso está pronto para ficar mais uma temporada...

    Palmeiras de Abel Ferreira vence e está na final do Campeonato Paulista

    O Palmeiras de Abel Ferreira venceu o Grémio Novorizontino...

    Juventus interessada em jogador do Sporting

    A Juventus está interessada em Ousmane Diomande. O clube...

    Portugal perde com França na Taça das Nações após show de Di Benedetto

    Portugal foi derrotado esta quinta-feira pela França por 6-5....
    Pedro Pires
    Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.