Só há um Évora. Aproveitemos!

    Finais do último dia

    Salto Com Vara (M): Começamos pelos saltos e começamos pela Vara que teve o concurso mais espetacular de Berlim. Armand Duplantis. Já o conhecem, já sabem o seu nome e isso diz muito de um rapaz de 18 anos. Ainda assim, poucos apostariam que pudesse chegar a Berlim e levar o Ouro ao saltar 6.05 metros, uma marca totalmente estratosférica, que o coloca no Olimpo da disciplina! Obviamente que é um novo recorde mundial júnior (fica a dúvida se algum dia alguém o baterá) um novo recorde nacional sueco e torna-se no segundo atleta (igualado) da história ao ar livre.

    Aos 18 anos no topo!
    Fonte: European Athletics

    Nunca ninguém tinha, também, saltado duas vezes a 6 metros ou mais no mesmo concurso ao ar livre e o jovem prodígio fê-lo, somando o título europeu ao título mundial júnior conquistado no mês passado. Na segunda posição, Timur Morgunov quase passa despercebido por culpa do sueco Duplantis, mas não pode. O russo, de apenas 21 anos, saltou a 6 metros e essa marca apenas não daria para o título em duas edições de Campeonatos Europeus, incluindo a de ontem…é caso para dizer “é preciso galo”! Com o Bronze, na terceira posição, o habitué Renaud Lavillenie (ele que é o recordista mundial, conseguido em pista coberta), teve que se contentar com o Bronze, ao fazer o seu melhor salto ao ar livre da temporada, com 5.95 metros. 

    Maratona (M): A Maratona realizou-se na manhã de domingo sem qualquer representante português, tanto no masculino como no feminino (e como custa escrever isto) e com a vitória, nesta prova masculina, de um belga com recorde dos campeonatos. Koen Naert com um tempo de 2:09:51 conquistou o Ouro, a sua primeira grande medalha internacional. No segundo lugar, Tadesse Abraham da Suiça em 2:11:24 e na terceira posição o italiano Yassine Rachik, com recorde pessoal em 2:12:09. 

    5000 metros (F): Existia uma grande favorita em prova e muito dificilmente não sairia com o Ouro. Sifan Hassan já este ano bateu o recorde europeu da distância e neste domingo bateu o recorde dos campeonatos em 14:46.12, mostrando mais uma vez uma grande versatilidade na meia e longa distância e um domínio claro nos 5000 a nível europeu, ela que no ano passado foi Bronze nos Mundiais de Londres nesta distância. Alguma surpresa no segundo lugar para Eilish McColgan, na sua primeira grande medalha ao ar livre com um tempo de 14:53.05, depois do 6º lugar em Amesterdão. E se o apelido vos diz algo, têm razão. Ela é mesmo filha de Liz McColgan, uma das grandes da história da Grã Bretanha mas que curiosamente…nunca foi medalhada em Europeus! No terceiro lugar, com o Bronze, a vencedora de há dois anos, a turca Yasemin Can, que correu o seu melhor da época em 14:57.63. A prova ficou ainda marcada por um episódio invulgar: a israelita Lonah Chemtai Salpeter, que havia ganho já os 10.000 metros aqui em Berlim, entrava na última volta colada a Sifan Hassan. Á entrada para a última volta, parou, festejou a Prata e só depois se deu conta que…ainda faltava mais uma volta! Viu-se ultrapassada e cair para fora do pódio, com dificuldade em recuperar o ritmo e para mal dos seus pecados, ainda viria a ser desqualificada por uma infração na fase inicial da prova! 

    3000 metros obstáculos (F): Para gáudio dos locais, Gesa-Felicitas Krause fez uso da sua experiência internacional para conquistar a vitória nestes Europeus em casa. Habitual finalista em grandes competições, a atleta revalidou o título que vinha de Amesterdão, numa prova em que controlou como quis, nunca parecendo em dúvida que a sua estratégia viria a dar-lhe a vitória, num ritmo muito semelhante ao de há dois anos. Na Prata, a suiça Fabienne Schlumpf em 9:22.29 e a fechar o pódio a norueguesa Karoline Bjerkeli Grøvdalem em 9:24.46.

    Maratona (F): A prova feminina ficou marcada pela imagem de Volha Mazuronak a sangrar bastante do nariz numa fase inicial da prova e a bielorrussa viria mesmo a ser a vencedora da prova, mesmo com um erro perto do final do percurso! Terminou em 2:26:22, apenas seis segundos antes que a francesa Clémence Calvin no segundo lugar e Prata, ela que já havia ganho um medalha em Europeus mas nos 10.000 metros de há 4 anos! No terceiro lugar, Eva Vrabcová-Nývltová (garantimos que está bem escrito), terminando em 2:26.31, um novo recorde nacional. 

    4×100 (F): A Grã-Bretanha já era a grande favorita à entrada para esta prova e não apenas por ter uma das estrelas do campeonato (Dina Asher-Smith, que levou para casa 3 Ouros), mas por ter um quarteto bastante consistente e, à partida, sem rivais em pista. Ainda assim, quando Dina Asher-Smith pegou no testemunho no último percurso, as dúvidas existiam. Asher-Smith recebeu em 4º. Terminou em 1º, bem lá na frente, demonstrando mais uma vez porque é a líder mundial dos 100 e dos 200 metros e porque é a nova coqueluche da velocidade mundial.

    A velocidade britânica brilhou em Londres
    Fonte: European Athletics

    No segundo lugar, a Holanda finalizou em 42.15 segundos e a Alemanha com mais um pódio, através do Bronze em 42.23 segundos. 

    Lançamento do Martelo (F): Anita Wlodarczyk é única. Não há volta a dar. Ninguém coloca em causa a sua superioridade na disciplina, nunca houve nada como ela e não sabemos quando voltará a haver. Ontem os lançamentos que ia fazendo no aquecimento chegariam para o Ouro na competição, o que prova o nível da atleta polaca. Lançou a 78.94 metros, um novo recorde dos campeonatos e a sua quarta medalha de Ouro consecutiva em Europeus! No segundo lugar, com novo recorde nacional francês, ficou Alexandra Tavernier com 74.78 metros e com o Bronze ficou a polaca Joanna Fiodorow, ao lançar exatos 74 metros. 

    Foto de Capa: European Athletics

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    Pedro Pires
    Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.