Nas meias-finais tivemos pela frente a Austrália e a coisa não correu da melhor forma. Apesar de mais uma grande exibição individual de Laura Ferreira (21 pts, 7 res e 3 ast) e de toda a equipa, Portugal perdeu. As australianas venceram por 56-49 e passaram à final (que acabaram por ganhar), deixando pelo caminho as portuguesas.
A equipa não desanimou com a derrota nas meias finais. Pelo contrário, usou-a como motivação para conseguir uma medalha que podia ser histórica e que abrilhantava ainda mais a sua prestação.
E assim foi! No jogo de atribuição do 3º e 4º lugar, o Japão, que perdeu com os EUA, era o último adversário desta campanha. Tivemos jogo muito equilibrado que acabou por ir a prolongamento. Portugal aí não deu qualquer hipótese e fez um parcial de 18-01 (!), conquistando assim o bronze. De destacar as prestações de Inês Viana (18 pts, 3 res e 5 ast) e Laura Ferreira (21 pts, 11 res e 8 ast) nesta vitória contra as nipónicas.
H I S T Ó R I C O 🏀🇵🇹
Aqui ficam os momentos finais de uma caminhada sensacional da Seleção Universitária de Sub25 femininos. Parabéns Portugal 👏🇵🇹
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— FPBasquetebol (@fpbasquetebol) July 10, 2019
«Ganhar 18-01 no prolongamento comprova que nós não somos de bronze: somos de ouro!» – estas foram as palavras da capitã de equipa, Inês Viana, após a conquista do bronze em Nápoles. E a verdade é que tem muita razão. Por tudo aquilo que estas «mulheres de garra» mostraram em pleno campo merece estas e tantas outras palavras. Foi uma grande prova por parte desta equipa que mostra de que são feitas as portuguesas e que sabem jogar (E MUITO).
Esta é uma medalha que é muito importante no panorama nacional da modalidade e, sobretudo, para que se possa desenvolver – ainda mais – o basquetebol a nível feminino. Não é por acaso que a seleção portuguesa foi a melhor equipa europeia de todas as que estavam presentes. Um feito que vai ficar na história e agora daqui a diante o caminho a seguir será sempre um melhor lugar no pódio.
Porém, sou da opinião de que este não foi um feito acompanhado com a devida importância por todos os portugueses, bem como, pelos meios de comunicação. Foi feita história nesta modalidade. Não acham que merecem ter todo o mérito e atenção para uma conquista que nunca tinha acontecido?
Escrevo este texto para vos dar o vosso reconhecimento por aquilo que fizeram em Nápoles – tanto pela medalha de bronze como pela vossa participação. Obrigado às doze jogadoras e à equipa técnica porque representaram da melhor forma Portugal. Mereceram esta conquista!
Foto de Capa: FADU