Neemias…Tudo a seu tempo! | NBA

    PRIMEIRO VEM O G(LEAGUE)… DEPOIS O N(BA) PARA NEEMIAS

    No primeiro jogo, Queta foi produtivo do ponto de vista ofensivo (nove pontos) e acrescentou ainda seis ressaltos e um desarme de lançamento.

    Na sua segunda experiência na competição, o português decresceu um pouco ofensivamente (seis pontos), mas voltou a estar bem ativo no outro lado do campo, arrecadando seis ressaltos, um roubo de bola e ainda um desarme de lançamento.

    No terceiro jogo, Neemias efetuou oito pontos, ao passo que esteve celestial do ponto de vista dos lançamentos de campo (algo normal tendo em conta o tipo e a zona dos lançamentos que realiza), com uma taxa de acerto de 100%.

    Neste jogo, o português baixou a média na luta dos ressaltos (três), mas deu luzes da sua habilidade técnica no momento de assistir os colegas (duas belas assistências), somando ainda um roubo de bola, e três (!) desarmes.

    Nos últimos dois jogos da competição, Neemias não acarretou grandes lembranças ou bons momentos dentro de campo para mais tarde recordar. Foram duas exibições bastante tímidas, não obstante as estatísticas nem sempre traduzam o verdadeiro impacto que o português teve dentro de campo.

    No somatório das duas partidas decisivas, Neemias Queta realizou apenas dois pontos, oito ressaltos, um roubo de bola e uma assistência. O poste saiu da competição com médias de cinco pontos (50.0% FG, 55.6% FT), 4.6 ressaltos, 0.8 assistências, 0.6 roubos de bola, 1.0 desarmes de lançamento e ainda 1.4 turnovers.

    Apesar disto, o português também leva para casa uma lembrança de vencedor da Summer League e já assegurou, em menos de um mês, o primeiro troféu oficial enquanto sénior (e profissional) na carreira.

    Queta obteve um +9 box plus/minus.
    Fonte: Stockton Kings

    Em suma, podemos dizer que a prestação de Neemias  – no seu global – não foi paupérrima, porém também não foi muito boa. Está dentro de um patamar do satisfatório ou, se quisermos colocar numa escala de 0-20, estará localizado num 10/12.

    Uma coisa é certa: o potencial de Neemias está lá, e os traços que o definem enquanto jogador também ficaram bem salientes.

    Ou seja, se uma equipa (neste caso, os Kings) precisar de um poste que seja capaz de defender em qualquer zona do campo, elite no box-out, forte na luta pelo ressalto e muito consciente dos terrenos que pisa dentro de campo, terá em Neemias Queta o jogador perfeito.

    Há muitas arestas por limar, como o seu jogo de frente para o cesto, a sua capacidade de driblar/manipular a bola, aguentar a carga do oponente direto no 1vs1. Porém, são tudo áreas que, num espaço de dois ou três anos, facilmente serão corrigidas.

    Isto, claro, com muito trabalho. Mas, olhando para o percurso de Neemias e observando os passos dados até ao momento, não acredito que trabalho seja uma palavra que o desoriente ou provoque transtorno. Aliás, pelo contrário.

    Tudo a seu tempo…o primeiro passo será a G-League, que servirá como palco fundamental para a sua evolução individual. Depois, quiçá a espaços na NBA, permitindo ao jovem português obter estímulos diferentes que o façam evoluir e catapultar para outra dimensão.

    Mas, como referido, tudo a seu tempo…paciência é chave, e nós – fãs, jornalistas, portugueses, entre outros – teremos de ter o discernimento para entender que o caminho de Neemias será longo, mas que, com toda a certeza, será recompensado, mais tarde ou mais cedo.

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.