Tudo começou em 1951. O escândalo das apostas combinadas que acabara de rebentar no basquetebol universitário afetava a promoção que a NBA pretendia de si própria. A credibilidade do jogo de basquetebol foi melindrada, os adeptos e patrocinadores ficaram de pé atrás. Os estádios não enchiam e as receitas estavam em queda. Foi aí que o comissário da liga e representantes das equipas surgiram com esta ideia: juntar os melhores de uma conferência, num jogo contra os melhores da outra parecia estranho. Mas foi um sucesso, teve o dobro da assistência da média dessa época e estava criado o maior jogo de exibição da história do desporto americano.
Além do All Star Game propriamente dito, há uma extensa variedade de outras atividades: o Celebrity Game reúne algumas das grandes estrelas do showbiz norte americano; no Rising Star Game podemos ver aqueles que estão há menos tempo na liga, muitos deles rookies; os concursos, Três Pontos, Skills, e o imperdível Slam Dunk Contest.

Fonte: Sneaker History
Na última década, os críticos ao All Star Weekend cresceram, e em alguns aspetos estão certos. Sim, de facto, a competitividade tem caído bastante, mas numa longa época de 83 jogos ninguém quer sair magoado de um jogo de exibição. É um facto que os “tubarões” da liga deixaram de participar no concurso de afundanço, ao contrário das antigas glórias que marcaram o espetáculo, como o próprio Michael Jordan. Mas quem viu o concurso do ano passado ficou com a certeza que não são precisos “tubarões”, que não é preciso LeBron James, enquanto Aaron Gordon ou Zacvh Lavine estiverem dispostos a voar.

Fonte: Daily Telegraph
O All Star Weekend é puro entretenimento. E, visto assim, é do melhor entretenimento que quem gosta de basquetebol pode ter. Ver reunidas as maiores estrelas do basquetebol mundial a fazer o que mais gostam, descontraídas, num ambiente impossível na competição a sério. Mais que um espetáculo de exibição, é uma das bandeiras que ajudou a NBA a ser como hoje a conhecemos: presente em todo o mundo, atrativa para qualquer patrocinador, e por isso altamente rentável; desportivamente assente no espetáculo que se pretende proporcionar a todos os que assistem, em frente à televisão ou na bancada.
Foto de capa: NBA
Artigo revisto por: Francisca Carvalho