Antevisão play-offs NBA: Dos colossos do Este à imprevisibilidade do Oeste

CONFERÊNCIA OESTE: CLASSIFICAÇÕES E PROGNÓSTICOS PARA OS PLAY-OFFS

Denver Nuggets (53-29)

Memphis Grizzlies (51-31)

Sacramento Kings (48-34)

Phoenix Suns (45-37)

Los Angeles Clippers (44-38)

Golden State Warriors (44-38)

Os Nuggets foram a melhor equipa da Conferência Oeste durante largos períodos da época, mas o seu nível exibicional no ataque tem diminuindo inesperadamente nas últimas semanas e as lacunas defensivas sempre foram evidentes. Adicionalmente, o plantel dos Nuggets pode não ser o mais talentoso da conferência após a trade deadline, dado que os Suns e os Clippers fizeram acréscimos significativos e chegam a esta fase numa boa sequência de resultados. Nikola Jokic (24.5 pontos, 11.8 ressaltos e 9.8 assistências) precisa de continuar ao mais alto nível para proporcionar a Denver uma chance de se classificar para as finais da NBA nesta pós-temporada.

Um dos obstáculos que o MVP das duas últimas temporadas poderá encontrar são os Grizzlies, que depois das meias-finais de conferência da época transata estabeleceram-se como uma das franquias mais vitoriosas da NBA. A equipa já provou que é capaz de vencer os grandes nomes da Conferência Oeste e Ja Morant (26.2 pontos, 5.9 ressaltos e 8.1 assistências) continua a mostrar que é um jogador de elite e totalmente qualificado para levar uma organização às finais da NBA. Morant cometeu alguns erros fora das quadras, mas a equipa terminou bem a fase regular e com um dos candidatos ao DPOY em Jaren Jackson Jr. no plantel, a formação de Memphis pode ser uma das favoritas para vencer a Conferência Oeste.

Os grandes underdogs do Oeste são os surpreendentes Sacramento Kings, do português Neemias Queta. Embora todos esperassem que o bom início de época da equipa da Califórnia fosse apenas algo passageiro, os Kings superaram todas as expetativas e seguraram o terceiro lugar na Conferência Oeste, garantindo assim uma vaga nos play-offs contra os Warriors. Liderados por De’Aaron Fox (25.0 pontos e 6.1 assistências) e Domantas Sabonis, líder da NBA em ressaltos (12.3), os Kings quebraram a mais longa seca ativa de presenças em eliminatórias em todas as competições norte-americanas, incluindo NBA, NFL, MLB e NHL.

Do lado contrário, os Golden State Warriors, estagnados no registo de 50% de vitórias até algumas semanas atrás, têm agora a hipótese de relembrar ao mundo que é uma franquia a ser temido nos play-offs, já de olhos postos na revalidação do título. Depois que os Dubs garantiram a sexta posição, cortesia de uma demolição escandalosa por 157-101 frente aos Portland Trail Blazers, Steph Curry gabou-se: “Há uma expetativa de que fomos construídos para vencer na pós-temporada”.

Frequentemente inconsistentes ao longo da temporada regular, certamente prejudicados por lesões, muitas vezes parecia improvável que os Warriors chegassem sequer ao play-in, quanto mais aos seis primeiros lugares de acesso direto à fase eliminar. Mas aqui estão eles, com Curry em forma, Klay Thompson e Draymond Green também saudáveis ​​e Andrew Wiggins previsto para regressar contra os Kings.

Ao mesmo tempo, não nos podemos esquecer dos Clippers, os quintos classificados do Oeste que contam com o recém-chegado Russell Westbrook de regresso aos seus melhores tempos (15.8 pontos, 4.9 ressaltos e 7.6 assistências). Se a segunda equipa de Los Angeles estiver relativamente livre de lesões, será então muito difícil travar um Kawhi Leonard em grande forma (23.8 pontos e 6.5 ressaltos).

Os Suns agora têm Durant e nem precisaram de abrir mão de DeAndre Ayton ou Chris Paul. Em teoria, não há dúvidas de que Phoenix é o melhor conjunto da liga e estes play-offs devem ser vistos como a derradeira oportunidade para a franquia conquistar o seu primeiro título da NBA.

Mas, para que tal aconteça, Durant precisa de estar totalmente recuperado da sua lesão, pois só desta forma poderá o plantel ter algum entrosamento ao longo dos play-offs e ultrapassar os Clippers na primeira ronda. Phoenix deve ser visto como o favorito para vencer tudo, mas a organização hipotecou o seu futuro pelo que tudo menos uma vitória nas finais será uma desilusão.

Por último, mas não menos importante, encontramos a equipa do melhor marcador da história da NBA, Lebron James. Há pouco mais de dois meses, os Lakers encontravam-se numa situação caricata entre a mediocridade e a ostentação desmedida.

Construir um plantel em torno de James nos últimos anos tem sido muito mais complicado do que se previa. Mas quando Kyrie Irving aterrou em Dallas e não em Los Angeles, Rob Pelinka e companhia trocaram Westbrook, um conjunto de jogadores secundários e a escolha dos Lakers na primeira ronda do draft de 2027 por D’Angelo Russell, Jarred Vanderbilt e Malik Beasley. Os Lakers finalmente apoiaram-se numa fórmula testada e comprovada: cercar Lebron de bons lançadores de triplos e defensores que podem criar posses de bola extra. Nada foi o mesmo desde então.

Diogo Valente Vieira
Diogo Valente Vieirahttp://www.bolanarede.pt
Estudante na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Procura realizar um percurso profissional dedicado sobretudo ao desporto nacional e internacional, através do jornalismo. O seu objetivo principal é tornar o jornalismo desportivo em Portugal o mais imparcial e prático possível, apresentando ao mesmo tempo uma personalidade com a qual a audiência possa identificar-se. Tem como interesses de destaque o futebol, o basquetebol e o wrestling.

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