Depois do eclipse: cinco jogadores prontos a emergir das sombras

- Advertisement -

Cabeçalho modalidadesEsta semana houve eclipse total do Sol, visível nos Estados Unidos. Toda a gente comentou, toda a gente viu. A Terra seguiu a sua rotação, a Lua também e por breves momentos, tapou o Sol. Todos, excepto Kyrie Irving e os seus amigos da Terra plana, sabem isso e, embora este seja um evento natural de relevância, é altura de seguir em frente. E seguimos para o que costuma acontecer após um eclipse: depois da escuridão, voltam os raios de sol. Para estes jovens atletas, a próxima temporada é o momento certo para voltarem a brilhar depois de momentos menos bons na época transata.

D’Angelo Russell precisava de um “novo início”. E precisava praticamente desde o momento em que foi escolhido pelos Lakers. Um dos melhores da sua draft class, Russell foi notícia por motivos extra-basquetebol e nunca conseguiu fugir a essa etiqueta. Em Brooklyn, D’Angelo pode começar de novo. Com um ataque desenhado à sua medida, numa equipa jovem e sem grande pressão, o base pode mostrar o que vale mais pela sua qualidade basquetebolística do que pelas más bocas do balneário dos Lakers.

Ao chegar a Minnesota, muitos diziam que Kris Dunn seria finalmente o base que os Timberwolves precisavam, com Ricky Rubio a nunca atingir o nível que se esperava. Mas Dunn foi mau em Minnesota. Muito mau. Embora tenha tido bons momentos a defender, Dunn é bem capaz de ter sido o pior lançador da última temporada. Trocado para Chicago, Dunn será o titular de uma equipa em reconstrução e em quem ninguém acredita. Depois de bons anos na universidade e uma péssima experiência como rookie na NBA, o jogo ofensivo do base terá de melhorar. Mas o difícil é mesmo não melhorar…

Stanley Johnson experimentou a curva que nenhum jogador de segundo ano gosta de ter na NBA: a sua segunda temporada foi pior do que uma primeira, que nem tinha sido nada demais. Johnson tem as ferramentas físicas necessárias para marcar pontos e defender com qualidade extremos e até alguns postes mais baixos. Mas essa capacidade terá sempre de partir da parte dele. Um ano de desconfiança nunca é bom para um jovem jogador que foi escolhido na lotaria do draft, mas será esse o tipo de ano que Stanley viverá. Porém, depois de dois anos maus e numa equipa de Detroit que parece querer finalmente crescer, o extremo tem tudo para subir a sua produção.

Johnson e Winslow fizeram parte das dez primeiras escolhas do draft em 2015 Fonte: mlive.com
Johnson e Winslow fizeram parte das dez primeiras escolhas do draft, em 2015
Fonte: mlive.com

Depois de uma boa época como rookie, com bastante utilização numa equipa de playoff, a temporada de afirmação de Justise Winslow não aconteceu. Uma lesão no ombro fez com que Winslow não participasse sequer em vinte jogos em toda a temporada e levanta questões sobre um jogador que já tinha um lançamento nada famoso. No entanto, há muito por onde gostar no jogo de Justise: defende como poucos, é rápido, consegue ser um playmaker e atacar o cesto, fazendo tudo o que é necessário para a sua equipa vencer. Winslow pode fazer quase tudo em campo e numa equipa à procura de alguém que seja capaz de a transportar para o próximo nível, o jovem extremo pode muito ser esse homem.

Por fim, Kevin Love. E o que faz aqui uma das estrelas da segunda melhor equipa da última temporada? Bom, quando o segundo melhor jogador da tua equipa está com vontade de ir embora e a imprensa cai em cima de ti sempre que a tua equipa perde, para além de jogares na equipa de LeBron James, é normal que achemos que vivias na sombra e que podes, finalmente, voltar a brilhar. Love foi um autêntico monstro em Minnesota, mas os seus números caíram em Cleveland e, com isso, choveram críticas. Ainda assim, se não houver Irving, haverá mais bola para Love. E com LeBron na equipa, é bem possível que isso seja exatamente o que Kevin Love precisa para voltar aos bons velhos tempos e ser o Robin que o Batman James necessita.

Foto de Capa: D’Angelo Russell

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

António Pedro Dias
António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Real Sociedad já pensa em despedir Sergio Francisco e tem 2 alvos em cima da mesa

A Real Sociedad procura por um novo treinador e já há dois nomes referenciados que treinaram grandes clubes em Espanha e Itália.

Manchester United de Ruben Amorim quer renovar com Harry Maguire

O Manchester United já iniciou conversações com Harry Maguire para a renovação do contrato do internacional inglês.

Jordan Henderson e a chamada à Seleção Inglesa: «Perguntem à equipa técnica e jogadores se sou uma ‘cheerleader’»

Jordan Henderson respondeu à contestação suscitada pelo facto de ter sido chamado à seleção de Inglaterra por Tomas Tuchel.

Rio Ferdinand faz confissão sobre trabalho de Ruben Amorim no Manchester United

Rio Ferdinand admitiu que Ruben Amorim poderia ter sido despedido caso não tivesse vencido o Sunderland na 7.ª jornada da Premier League.

PUB

Mais Artigos Populares

Paulo Fonseca fala sobre internacional português: «Poderia ser Bola de Ouro, mas as coisas são como são»

O Bola na Rede está presente no Portugal Football Summit. Paulo Fonseca falou sobre Rafael Leão, avançado que orientou no AC Milan.

Frenkie de Jong critica Villarreal x Barcelona nos Estados Unidos da América: «Depois estamos sempre a reclamar do calendário»

Frenkie de Jong deixou críticas à decisão de permitir que o Villarreal x Barcelona seja disputado nos Estados Unidos da América.

Paulo Fonseca responde ao Bola na Rede: «Um dia gostava de treinar a seleção da Ucrânia»

O Bola na Rede está presente no Portugal Football Summit. Paulo Fonseca falou aos jornalistas e respondeu ao Bola na Rede.