LaVar Ball deu-se a conhecer em 2017 como um homem algo louco, o que irritou certas pessoas e criou risos noutras. Desde dizer que venceria Michael Jordan num confronto direto, a dizer que o seu filho já é melhor do que Stephen Curry, acabando na criação de umas sapatilhas com o nome de Lonzo Ball, numa marca criada por si e à venda por quase 500 dólares, LaVar Ball, acima de tudo, divertiu a América. Mas o seu estilo tresloucado e a “boca grande” aumentaram a atenção sobre o seu filho, que entrou na Summer League, uma competição que serve de habituação à NBA para os rookies, com uma pressão totalmente diferente da dos demais.

Fonte: Inquirer
Após uma estreia dececionante, Lonzo Ball soltou-se. O jovem base tem proporcionado excelentes espetáculos, onde se destaca a capacidade de passe. A nova coqueluche dos Lakers terminou a Summer League com a melhor média de assistências de sempre e a melhor média de ressaltos para bases. Vários triplos-duplos depois, Ball não é, obviamente, uma certeza. Porém, a maneira como se exibiu em Las Vegas dizem muito da maneira como lida com a pressão e como consegue, realmente, fazer dos seus colegas melhores jogadores. Ball é o típico general dentro do campo, que encontra sempre a melhor solução para a sua equipa, especialmente em transições ofensivas.
É óbvio que falta muita coisa: o gesto de lançamento pode trazer problemas ao mais alto nível e ainda se nota alguma dificuldade em criar a partir do drible, em situações de ataque organizado. Mas aquilo que sabia fazer na universidade, Lonzo provou que consegue trazer para a NBA. Por muito que o pai fale, o número 2 dos Lakers não se chama LaVar. Chama-se Lonzo Ball e tem, tendo em conta os recentes apontamentos, um excelente futuro pela frente. Para quem tinha tanto em cima dos ombros, já começou a ganhar fãs. Reforço que a Summer League vale muito pouco, mas há certos jogadores que não enganam. E a menos que algo de muito estranho aconteça, Ball poderá ter uma excelente carreira na NBA. Os Lakers, com certeza, aguardam por isso.
Foto de Capa: USA Today
artigo revisto por: Ana Ferreira