Jalen Brunson: A consagração de um All-Star na NBA

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Jalen Brunson, tu és, finalmente, um All-Star. A NBA provou, uma vez mais, que mais tarde ou mais cedo acaba por recompensar quem merece. Para quem me conhece, sabe que costumo dizer que o Jalen é a “minha ex namorada que nunca superei”. Enquanto adepto dos Dallas Mavericks, custou-me bastante ver o Brunson sair no verão de 2022. Chegou-se a comprar com a troca de Steve Nash, no sentido de os Dallas estarem a perder uma futura estrela da NBA.

É preciso relembrar que o Jalen foi escolhido pelos Mavs, na posição 33 do draft de 2018. No seu último ano em Dallas, Brunson foi importantíssimo para a corrida até à final de Conferência. Houve bastante polémica sobre a sua saída. Muitos criticavam que o base havia assinado pelos New York Knicks pelo dinheiro, ou, então, para fugir da sombra de Luka Doncic.

No final de contas, Jalen conseguiu ser selecionado para o All-Star Game na sua segunda época ao serviço da equipa de New York. E, tirando qualquer tipo de possíveis dúvidas, tenho a certeza de que o Brunson não seria All-Star hoje caso tivesse permanecido em Dallas.

Entrando nas estatísticas, que ajudam sempre a perceber melhor o panorama, Jalen está a fazer os seus melhores números da carreira: são perto de 36 minutos, 27 pontos e 6 assistências por jogo. Em termos de percentagens, está ligeiramente mais abaixo comparado ao ano passado. Porém, é importante realçar que está a lançar mais. É preciso, ainda, analisar o seu contexto coletivo. Os Knicks têm estado bastante bem. Têm conseguido estar nos lugares cimeiros da tabela da Conferência Este, pisando os calcares dos Bucks, por exemplo.

Na minha ótica, foi injusto o Brunson não ser titular no All-Star. À semelhança de diversos acompanhantes da modalidade que ia ouvindo, acredito que o base dos Knicks merecesse mais do que o Damian Lillard. O base dos Bucks tem, neste momento, uma média de 24 pontos e 6 assistências. Em termos de percentagens, os seus números são piores do que os do Jalen. Assim sendo, se formos pela análise dos números, Brunson merecia mais.

Porém, como nem tudo são os números, é importante analisar o panorama geral e o enquadramento de ambos. É normal que Lillard tenha menos pontos, tendo em conta que partilha a quadra com o Giannis. Mas, ainda assim, a importância que o Brunson tem na sua equipa não é equiparada à do Lillard. Jalen é claramente o melhor jogador e o dono da bola nos Knicks. E isso, para mim, é um importante fator a ter em conta: ser a principal figura de uma equipa que está a ter sucesso. É bem notória a diferença do jogo quando Brunson não se encontra disponível. Neste caso, o status do Lillard na liga acabou por falar mais alto. Tenho dúvidas, inclusive, se colocaria o Lillard nos suplentes do All-Star Game.

Ainda assim, nunca é demais salientar este passo importante na carreira de Brunson. Pode, finalmente, começar a entrar no debate dos melhores bases da liga. Na minha opinião, já está, indiscutivelmente, nessa lista. Fico muito feliz de o ver a ser premiado e espero, honestamente, que seja a primeira de muitas seleções.

Tiago Figueiredo Rosário
Tiago Figueiredo Rosário
Tiago Rosário é licenciado em Jornalismo pela Escola Superior de Comunicação Social. Atualmente é, ainda, aluno na Pós-graduação em Jornalismo Desportivo, também na ESCS. Foi no Jornalismo que encontrou o espaço para se manter ligado a algo que o apaixona tanto: o desporto. No Bola na Rede, Tiago tem a liberdade e o à vontade para escrever/falar sobre qualquer tema de qualquer desporto.

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