Jogadores que Admiro #47 – Kobe Bryant

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Nesta rubrica do Bola na Rede, Jogadores que Admiro, estão apenas aqueles que conseguem marcar a diferença para alguém, aqueles que, por qualquer “toque de midas”, atraem milhares de fãs (ou apenas alguns poucos, quem sabe) e merecem ficar conhecidos para a posteridade. Normalmente, a qualidade desportiva do indivíduo em questão costuma estar aliada a esse tipo de reconhecimento; ainda assim, podem existir casos onde isso não se dá. No meu caso, por enquanto, a qualidade está, sem dúvida, associada a todos os meus jogadores preferidos nas mais variadas modalidades. Desportistas como Cristiano Ronaldo (estou surpreendido por ainda não haver nenhum texto sobre ele nesta secção), Roger Federer (guardarei para o futuro um artigo sobre o “Rei do Ténis”), Chris Froome, Sebastian Vettel, Valentino Rossi, Kelly Slater, Falcão (Futsal) ou Madjer (João Sousa e Rui Costa são nomes que também poderei incluir nesta lista, numa perspetiva mais indireta, claro, mas não deixam de ser grandes desportistas, obviamente) são, todos eles, os meus preferidos nas suas respetivas modalidades e qualquer um apresenta uma imensa qualidade desportiva, sendo que muitos destes nomes são considerados merecedores de ocuparem qualquer posição do pódio dos melhores de sempre da sua modalidade.

Mas, na primeira vez que faço algo deste género, não podia “fugir” a escrever sobre um nome em particular: Kobe Bryant! Um dos melhores jogadores da história dos LA Lakers e da NBA. Daqueles jogadores que tanto podem ser “odiados” como “amados”. Um atleta que ficará para sempre na história pelos melhores motivos, mas que, por exemplo, não deixa de ter tido um caso polémico e que deu muito que falar, pelos piores motivos (ainda assim, em 2004, o processo foi retirado), infelizmente.

Foi devido a este jogador que me tornei adepto dos Lakers. Nos meus primeiros tempos de NBA, por volta da época 2007/2008 (duas épocas antes, fez o tão conhecido jogo dos 81 pontos – segunda melhor marca de sempre – contra os Toronto Raptors), foi dos jogadores que mais me cativaram, pela sua forma de jogar e pela maneira como conduzia a sua equipa – felizmente, depois desse ano, os Lakers, liderados pelo Kobe, foram a três finais consecutivas. Naquela altura, pouco percebendo do jogo e de todas as suas caraterísticas, ele era daqueles que me faziam ver a respetiva equipa onde jogavam, neste caso, os Lakers. Hoje em dia, se o Kobe fosse embora para outra equipa (algo impensável, parece-me), não há dúvida de que continuaria a apoiar a equipa de Los Angeles, mas também acho que sentiria o dever de apoiar a equipa para onde fosse o Kobe – e querendo acreditar que ele nunca iria para uns Los Angeles Clippers ou para uns Boston Celtics…

Kobe Bryant é um ícone dos LA Lakers e da NBA Fonte: NBA
Kobe Bryant é um ícone dos LA Lakers e da NBA
Fonte: NBA

Nessa época, curiosamente e por uma grande infelicidade, foram mesmo os Celtics a derrotar os Lakers e a levar o troféu para Boston. Kobe deve ter tido, nesse ano, a melhor época que alguma vez teve e terá, em termos individuais, conseguido o título de MVP da temporada, mas cedendo, na final, perante os Celtics de outras lendas deste desporto como são Pierce e Garnett. Nos dois anos a seguir, a história foi outra e mais feliz para as hostes “lakerianas”. Já com Pau Gasol (a quem ganhou nas duas vezes em que venceu os Jogos Olímpicos pelos EUA – 2008 e 2012) na equipa, os Lakers conseguiram vencer os Magic e, no ano a seguir, veio a “vingança” sobre os C’s. Em ambas as finais, Kobe foi eleito o MVP, de forma completamente justa.

Em 2013, viveu um dos piores momentos da sua brilhante carreira: sofreu uma lesão grave no tendão de Aquiles e não mais jogou nessa temporada (ver vídeo). Mesmo assim, como guerreiro que é, ainda foi marcar os lances livres correspondentes à falta que foi assinalada. Esse foi um dos momentos mais marcantes para mim enquanto fã, não só do jogador e da equipa, mas também deste desporto. Só mesmo um atleta como ele, depois de uma lesão daquelas, voltaria ao jogo para terminar aquele capítulo no seu livro daquele ano e fechar, de forma infeliz, um ano que até estava a ser bom em termos individuais (inclusive, ficou na All-NBA First Team – algo que fez por 11 vezes na sua carreira, sendo que, também, foi eleito para o All-Star por 16 vezes e MVP do All-Star Game por 4 vezes) e mais ou menos para os Lakers, que conseguiram ir aos playoffs, apenas no sétimo lugar, mas sofreram uns implacáveis 4-0 frente a uns Spurs que só terminaram a sua jornada na final, frente aos Heat de Lebron James.

No final de 2013, voltou a entrar em campo, mas, pouco tempo depois, lesionou-se, novamente, dessa vez no joelho. Acabou por quase não jogar nessa época e a ter que recuperar, mais uma vez, de uma lesão grave. Tudo isto marcava o declínio de Kobe e dos próprios Lakers. A 14 de Dezembro de 2014, já depois de novo regresso ao ativo, Kobe Bryant supera mais uma marca histórica: torna-se no terceiro melhor marcador de sempre da NBA, ultrapassando o eterno e lendário Michael Jordan.

O final desta época marca o adeus de Kobe Fonte: NBA
O final desta época marca o adeus de Kobe
Fonte: NBA

Em termos estatísticos, tal como já foi mencionado, é o terceiro melhor marcador de sempre da NBA (sendo que “só” por duas vezes venceu o prémio de melhor marcador da respetiva temporada, em 2006 e 2007), com 32,649 pontos, em 20 temporadas, com 1291 jogos realizados, estando, igualmente, no top’14, de sempre, dos jogadores que mais roubos de bola fizeram e em 29.º lugar na lista de jogadores com mais assistências. Apresenta, nas suas médias de carreira, 25.3 pontos por jogo, 5.3 ressaltos por jogo e 4.8 assistências por jogo.* Na história dos próprios Lakers, Kobe é o melhor marcador, quem mais roubo de bola fez, o 3.º com mais ressaltos ganhos, o 5.º com mais “blocks” e o 3.º com mais assistências. Uma verdadeira lenda dos Los Angeles Lakers e da NBA!

Considerando tudo o que já foi dito, apenas faltou o sentimento de querer ser como ele nesse desporto, mas isso nunca ocorreu pelo simples facto de, em termos desportivos, ter (muito) mais qualidade nos pés do que nas mãos: quem me conhece pode perfeitamente corroborar isto. Mesmo assim, não foi por isso que nunca acompanhei a NBA com grande afinco e apreço; e tenho em Kobe Bryant um jogador que irei continuar a seguir mesmo depois de se retirar no final desta época. Espero que ainda possa conseguir terminar em grande a carreira.

O mítico 24, o grande “Black Mamba”, um dos melhores de sempre, fará a sua despedida este ano, para infelicidade de imensos fãs. Mas é mesmo assim a vida e mais tarde ou mais cedo esse momento teria de chegar. Depois de nem ter sido draftado pelos Lakers, tendo ido lá parar via troca, acabou por criar uma história incrível em LA. Este SG, já com 37 anos, fará, com toda a certeza, parte do Hall of Fame da NBA. Será sempre uma referência da modalidade e um dos basquetebolistas mais conhecidos. A sua saída será o cair de uma era, mas o nascer de uma outra, espero eu e esperam todos os adeptos dos Lakers. A perda do elevado salário que ainda recebe poderá realmente ser importante para o futuro do franchise.

Por fim, nunca tive a felicidade de o ver jogar ao vivo (podia ter sido o ano passado ou há dois anos, mas acabou por não se concretizar) e, pelo visto, não o conseguirei mesmo ver antes de terminar a sua carreira como jogador dos Lakers e da NBA. Ainda assim, é preciso realçar que esta lenda marcou gerações e tenho a certeza de que milhões de pessoas (no Facebook, por exemplo, tem mais de 20 milhões de “seguidores”), tal como eu, continuarão a estar bem atentas ao que ele fará fora dos grandes palcos…

Foto de Capa: NBA

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Nuno Raimundo
Nuno Raimundohttp://www.bolanarede.pt
O Nuno Raimundo é um grande fã de futebol (é adepto do Sporting) e aprecia quase todas as modalidades. No ciclismo, dificilmente perde uma prova do World Tour e o seu ciclista favorito, para além do Rui Costa, é Chris Froome.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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