Sucesso do torneio ‘in-season’ da NBA

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O início da época 2023-24 da Liga Americana de Basquetebol (NBA) está a agradar os fãs da modalidade, com o sucesso do torneio ‘in-season’, que superou as expectativas iniciais. A primeira edição da prova foi vencida pelos Los Angeles Lakers, que derrotou os Indiana Pacers na final por 123-99 em Las Vegas.

Os primeiros meses de uma nova temporada não costumam ter a mesma adrenalina que os jogos dos ‘playoffs’, no entanto a introdução do torneio ‘in-season’ alterou o “normal” e agitou a competição. Por isso, o modelo da prova está a ser muito elogiado pelas equipas e pelos media.

O grande responsável para um dos melhores inícios da época da história da liga de basquetebol mais sonante do mundo é Adam Silver, o comissário da Liga Americana de Basquetebol. Desde que assumiu o cargo a 1 de fevereiro de 2014, Adam Silver introduziu o torneio ‘in-season’, o ‘play-in’ e criou a “bolha” para poder terminar a época 2020-21.

Vamos ver quais são os principais motivos que levaram ao sucesso do torneio ‘in-season’ na Liga Americana de Basquetebol.

FASE REGULAR GANHA MAIOR IMPORTÂNCIA E AS EQUIPAS LUTAM POR UM TÍTULO

A fase regular é um período longo de 82 jogos, por isso, muitos jogadores pretendem descansar durante alguns jogos para não ficarem afastados da fase a eliminar da competição devido a uma lesão.

O final do mês de novembro e o início de dezembro foi o período de teste do novo modelo de torneio escolhido pela direção executiva da Liga Americana de Basquetebol, devido à falta de atratividade do campeonato nesta altura. Após o término da primeira edição do torneio ‘in-seson’ pode-se garantir que a decisão acabou por ser a melhor.

Os jogadores entram em campo sabendo que, além de o jogo contar para a classificação, estava a lutar por um título. O novo torneio dá uma hipotése a uma equipa com menos recursos para vencer um troféu. Por exemplo, os Indiana Pacers, uma equipa que nunca venceu o campeonato e apenas chegou uma vez às finais – em 2000 -, chegaram ao derradeiro jogo do torneio, onde defrontaram os LA Lakers, e tiveram uma boa chance de vencer o primeiro troféu da franquia na Liga Americana de Basquetebol, mas acabaram por perder no final das contas.

As equipas e os jogadores ficam com uma hipotése de fortalecer o seu currículo, e foi o que fez LeBron James, um dos melhores jogadores da história da modalidade. Juntou o troféu de vencedor e de melhor jogador do torneio ‘in-season’ à sua (vasta) cabine de títulos.

AMBIENTE DE ‘PLAYOFF’ ANTES DE ABRIL

O ambiente de ‘playoff’ foi real. Além de as equipas estarem a disputar por um troféu “extra”, houve um outro aspeto que trouxe a atmosfera de fase a eliminar ainda antes de abril. As próprias quadras acabaram por ser diferentes: cada equipa customotizou o seu campo para os jogos do torneio ‘in-season’. Apesar de ser uma mudança simples, acaba por mudar a atmosfera de qualquer jogo, porque sente-se uma maior importância.

Os jogos do torneio ‘in-season’ não passaram despercebidos aos espectadores. O jogo da final entre Pacers e Lakers foi a partida mais vista durante o período da época regular nos últimos seis anos sem contar com os jogos que aconteceram no Natal.

Não foi somente na final, que foi realizada em dezembro, que a liga fez história. A média de espectadores em novembro na Liga Americana de Basquetebol foi de 18208 fãs, quebrando o recorde de maior média de espectadores por jogo apenas no mês de novembro na história do campeonato.

DINHEIRO EXTRA PARA OS JOGADORES

Um dos grandes motivos que levou a LeBron ter uma melhor ‘perfomance’ nos jogos do torneio ‘in-season’ foi o dinheiro extra. O primeiro MVP do torneio admitiu-o quando foi questionado se estava muito velho para levar com ‘charges’ em dezembro: “Não, especialmente quando há o prémio de 500 mil dólares em jogo.”

Todos os jogadores da equipa vencedora, ou seja, dos LA Lakers, ganham, respetivamente, 500 mil dólares, um valor que ajuda aqueles que estão num contrato de ‘two-way’ ou a receber o salário mínimo. Os jogadores dos Indiana Pacers vão receber, respetivamente, 200 mil dólares por terem chegado à final da competição.

Os jogadores da equipas que chegaram às meias-finais (Milwaukee Bucks e New Orleans Pelicans) e aos quartos de final (Boston Celtics, New York Knicks, Phoenix Suns e Sacramento Kings) não vão sair de “mãos a abanar” e vão receber 100 mil e 50 mil dólares, respetivamente.

DIFERENÇA DE PONTOS CONTA PARA DECIDIR QUEM AVANÇA

A última jornada da fase de grupos foi decisiva para certas equipas, porque algumas precisavam da diferença de pontos para poder avançar no torneio. Esta regra é benéfica para as equipas, porque sabem que vão ter mais hipótese de avançar quando ganham um jogo por uma larga diferença de pontos. Contribui para os treinadores não deixarem os melhores jogadores no banco quando faltam três minutos e estão a vencer por 15 pontos.

Os Golden State Warriors não venceram o seu grupo, no entanto entraram para o último jogo a necessitar de uma vitória por pelo menos 12 pontos de diferença para avançar para a fase a eliminar. Acabaram por perder para os Sacramento Kings, vencedores do grupo, por um ponto.

LAS VEGAS TEM LUGAR NO BASQUETEBOL

A ‘final-four’ do torneio ‘in-season’ foi disputada em Las Vegas, uma das duas cidades mais faladas para a próxima expansão de equipas na Liga Americana de Basquetebol – a outra cidade é Seattle.

Las Vegas é uma cidade que está a crescer no desporto: conta com uma equipa no futebol americano (Las Vegas Raiders), basquetebol feminino (Las Vegas Aces), hóquei no gelo (Vegas Golden Knights), vai ter uma equipa no basebol (Las Vegas Athletics) e foi um dos novos circuitos no calendário da Fórmula 1.

O ambiente que se viveu em Las Vegas proporcionou um bom espetáculo. A cidade, que é conhecida por ser a capital do entretenimento mundial, é uma das que mais agrada LeBron James para ser dono da equipa, de acordo com o jornalista Adrian Wojnarowski: “LeBron James está determinado para ficar na frente de uma possível expansão de equipa em Las Vegas no futuro”, revelou na ESPN.

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Filipe Torres
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O Filipe saiu da Ilha de São Miguel, nos Açores, para tirar a Licenciatura de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Desde criança que é adepto de Futebol, tendo já sido árbitro. Para além do "desporto-rei", o Filipe também é apaixonado por Basquetebol e não falha no acompanhamento de Wrestling.

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