📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Fazer o que se gosta

- Advertisement -

cab nba

I’m Larry Sanders. I’m a person, i’m a father, i’m an artist, i’m a writer, i’m a painter, i’m a musician, and sometimes I play basketball.” Em entrevista ao The Players Tribune, o ex-poste dos Bucks explica porque decidiu abandonar a NBA:

E depois de ouvir as suas palavras, quem o pode censurar? Já antes destas declarações, achávamos que ele estava mais do que no seu direito de desistir e que podia/devia fazer com a sua vida o que muito bem entendesse. Depois de ouvirmos e lermos as suas palavras, ainda mais acreditamos nisso.

É claro que quando saíram as notícias do seu desejo de deixar de jogar basquetebol e, mais tarde, as notícias do seu “buyout”, choveram mensagens de indignação e ódio por toda a internet. No Facebook, no Twitter, nas caixas de comentários da ESPN e de outros sites americanos, centenas (milhares?) de fãs condenaram imediatamente o jovem jogador (ou ex-jogador?) e interrogaram-se como era possível ele não querer jogar mais, como era possível desperdiçar todo aquele potencial e a oportunidade de jogar na NBA. Que era um gajo sem nada na cabeça, que era um drogado, como era possível andar deprimido com um ordenado de 11 milhões de dólares por ano e, talvez o argumento mais recorrente, como era possível não ser feliz e não querer ganhar a vida a jogar basquetebol?

Primeiro: é possível ter dinheiro e ser infeliz. Tal como é possível ter dinheiro e ter problemas do foro psicológico, como a depressão ou ansiedade. Como diz o velho ditado (e os ditados não existem por acaso), dinheiro não traz felicidade.

Segundo: é possível não querer ser jogador profissional. Pode ser uma ideia difícil de conceber para muitas pessoas e esse pode ser um emprego de sonho para 99,9% dos fãs (e das pessoas de estatura normal), mas o facto é que não é um emprego de sonho para muitos destes jovens anormalmente grandes. Muitos deles acabaram a jogar basquetebol mais devido à sua altura do que ao amor que tinham pela modalidade. Muitos deles não sonhavam ser jogadores e não escolheram fazer disso vida. Apenas eram grandes, tinham jeito e foi essa carreira que os escolheu. Larry Sanders não é um caso único. Shawn Bradley, por exemplo, também admitiu que jogar basquetebol foi uma inevitabilidade e que não era a paixão da sua vida. Tal como ele, Sanders não escolheu nascer com aquele corpo e crescer até aos 2,11m.

Ele quer fazer outras coisas da vida? Ainda bem para ele. Quer pintar? Quer escrever? Óptimo. Precisamos tanto de artistas como de jogadores de basquetebol. Como sociedade, gostamos de afirmar e acreditar que devemos perseguir os nossos sonhos e fazer o que gostamos. Para 99% de nós isso seria ser jogador profissional na NBA. Para Larry Sanders não é. E não há nada de errado nisso. Boa sorte nos teus projectos futuros, Larry. Sejam eles quais forem.

Foto de Capa: Keith Allison

Márcio Martins
Márcio Martinshttp://www.bolanarede.pt
Ex-jogador. Ex-treinador. Ex-dirigente. Fã para sempre. Autor do SeteVinteCinco.                                                                                                                                                 O Márcio não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Ruben Amorim reage ao empate do Manchester United frente ao Wolverhampton

O Manchester United empatou frente ao Wolverhampton, num encontro válido pela 19.ª jornada da Premier League.

Eis o valor da cláusula de rescisão de Sidny no Benfica

Sidny foi confirmado esta terça-feira como reforço do Benfica. O jogador conta com uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros.

RD Congo, Senegal e Benim apuram-se para os oitavos de final da CAN

Durante a noite desta terça-feira, a RD Congo, o Senegal e o Benim conseguiram apurar-se para os oitavos de final da CAN.

Lusitânia Lourosa bate Torreense e regressa aos triunfos na Segunda Liga

O Lusitânia Lourosa venceu o Torreense por uma bola a zero, num encontro válido pela 16.ª jornada da Segunda Liga.

PUB

Mais Artigos Populares

Ivo Pinto e a carreira de Alen Halilovic: «Era esquerdino, baixinho, tinha ginga, era muito parecida à do Messi. O que complicou foi mesmo...

Ivo Pinto representa atualmente o Fortuna Sittard. O lateral direito português é colega de Alen Halilovic, antiga promessa mundial.

José Sá faz uma das defesas do ano frente ao Manchester United de Ruben Amorim

José Sá está a ser um dos protagonistas do encontro entre o Wolverhampton e o Manchester United, jogo da Premier League.

Chelsea tropeça contra o Bournemouth e Nuno Espírito Santo soma empate

O Chelsea e o Bournemouth empataram a duas bolas durante a noite desta terça-feira, em jogo da 19.ª jornada da Premier League.