Finjam estar chocados para isto: os Spurs são bons

Pela 22.ª temporada consecutiva, os Spurs vão terminar com um recorde positivo e um lugar nos playoffs. Um atestado de competência máximo ao génio de Gregg Popovich, que consegue este feito num ano em que não tem na equipa nenhuma parte do seu Big 3 mais famoso (Tim Duncan, Tony Parker ou Manu Ginobili).

O verão em San Antonio foi estranhamente movimentado. Ginobili reformou-se, Tony Parker rumou a Charlotte e a novela Kawhi teve mais uns capítulos até, finalmente, terminar com a ida do extremo para Toronto. Mesmo com DeRozan e Aldridge no plantel, a lesão de Dejounte Murray no início da temporada levava a uma conclusão: Popovich vai falhar os playoffs, o homem é bom mas não faz milagres. Nada mais errado, como é óbvio.

Os Spurs continuam a ser os Spurs e, como podemos ver pelos constantes êxitos da equipa, não há nada de errado com isso. A equipa continua a depender do aproveitamento do espaço e dos lançamentos de meia distância que já ninguém usa na NBA, à exceção de DeRozan e Aldridge. Os restantes jogadores continuam a produzir como nunca o fariam noutro lado, como são os casos de Rudy Gay, Patty Mills ou Davis Bertans e a defesa resolve o resto, embora tenha estado bastante aquém nos jogos em que os Spurs atuam como visitantes.

DeRozan voltou a liderar a equipa, desta vez para derrotar os campeões
Fonte: San Antonio Spurs

A fórmula de San Antonio é um dos fenómenos mais espetaculares e duradouros no mundo do desporto, principalmente no desporto americano, onde as equipas costumam ter pequenos períodos de sucesso. Mas os Spurs não. O seu sucesso dura há mais de duas décadas e tem tudo para continuar. Os texanos vão aos playoffs, mantendo esta forma vão com vantagem caseira e isso pode trazer uma chegada às rondas seguintes, algo impensável para uma equipa que tanto viu mudar nas suas fileiras em julho passado.

A maior parte do mérito tem de ir para o Coach Pop, talvez o melhor treinador de todos os tempos. Nunca teve a maior estrela da liga, muitas vezes trabalhou com muito menos do que os outros, mas conseguiu sempre superar-se. E conseguiu sempre adaptar-se às mudanças na liga, sem perder aquilo que o tornava melhor que os outros. E não só consegue isso, como ainda consegue fazer com que boa parte dos técnicos da NBA tenham passado pela sua equipa técnica. Os Spurs e Popovich continuam bem e recomendam-se. E isso não devia surpreender ninguém.

Foto de Capa: San Antonio Spurs

Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

António Pedro Dias
António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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