Estratosférico Froome vence Giro d’Itália numa enorme reviravolta

    À medida que os kms passavam, a geral escapava de Dumoulin e Froome agarrava-se a ela com todas as suas forças, numa caminhada solitária que tinha começado a 80 km da meta e que muitos apelidaram de estratosférico e ficará gravada como as melhores etapas de sempre do Giro de Itália.

    Froome vence assim a sua segunda etapa neste Giro depois de vencer outra etapa mítica, a subida ao Zoncolan, e coloca-se pela primeira vez numa posição de vantagem perante a concorrência à entrada da penúltima etapa, também ela de alta montanha.

    O início da penúltima etapa colocava Dumoulin a 40 segundos de Froome, e o holandês voador que até então tinha lutado sempre mesmo quando parecia que tinha tudo perdido, tinha obrigatoriamente que atacar Froome numa das três subidas do dia, ou seja, repetir aquilo que Froome havia feito na etapa anterior.

    Mas houve uma situação de corrida que mudaria tudo, Thibaut Pinot, à entrada da etapa era terceiro na geral, teve também ele uma enorme quebra que o fez perder não só o top três como também o obrigou a desistir, tendo acabado o dia no hospital com uma grave desidratação.

    Isto fazia com que Miguel Angel Lopez, Carapaz, não precisassem de mexer na corrida, o que acabaria por beneficiar Froome. Aguardava-se então pela última subida, a ascensão a Cervinia, e Dumoulin mostrou enorme fibra de campeão, atacando várias vezes, porém sem nunca destronar Froome que conseguiu controlar sempre as investidas do holandês da Sunweb. Da mesma forma, Carapaz tentava deixar Lopez para trás, em busca não só da camisola da juventude mas também num lugar do pódio mas sem sucesso.

    Finda a etapa, Froome podia celebrar e chegar a Roma no dia seguinte com a maglia Rosa, conquistando um feito que poucos conseguiram.

    Uma palavra para Dumoulin, lutou até ao fim e até ser humanamente impossível, pena que do outro lado estava o extraterrestre Froome.

    Carapaz, Angel Lopez, Dumoulin e Froome grandes protagonistas deste Giro 2018
    Fonte: Giro d’Italia

    Destaco também a luta pela juventude que mostrou ao mundo dois ciclistas com enorme potencial. Se um deles já tinha alguns créditos (Miguel Angel Lopez), o outro ainda não tinha andado num nível como o do Giro e mostrou que tem muito para dar. Richard Carapaz, o equatoriano da Movistar, mostrou que a aposta da equipa foi a mais acertada, ficando à beira de acabar no pódio e também à beira de levar a camisola da juventude, conseguindo ainda conquistar uma etapa, tudo isto no seu primeiro Giro. Já Miguel Angel Lopez, colombiano da Astana, é um nome que já é familiar e que mesmo não ganhando nenhuma das etapas esteve sempre junto dos melhores e é cada vez mais um corredor a lutar pelas classificações gerais.

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    Tiago Silva Ferreira
    Tiago Silva Ferreirahttp://www.bolanarede.pt
    O Tiago é uma pessoa que adora desporto, em especial futebol. Tendo praticado andebol e basquetebol, viu que o seu grande talento era a Playstation e por aí ficou! Adora o ciclismo.                                                                                                                                                 O Tiago não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.