O contra-relógio que apresentava um perfil interessante, um pouco técnico e com alguma elevação, reforçou Geraint Thomas (Team Sky) como líder da prova ficando a ser o principal candidato à vitória com duas etapas para ainda por disputar,, além de Thomas a Team Sky colocava ainda Kwiatkowski na segunda posição na geral a 22 segundos do seu companheiro de equipa, podendo gerir a seu bel prazer essa vantagem na última etapa que iria decorrer no Malhão.
Este contra-relógio veio também mostrar quem é o melhor contra-relogista português da actualidade, e que consegue ombrear com os melhores a nível mundial. Nélson Oliveira (Movistar Team) fez um belo contra-relógio com o 5º melhor tempo galgando lugares e ascendendo ao terceiro lugar na geral dando esperanças de conseguir alcançar no Algarve um excelente lugar.
Na etapa da chegada à Fóia a Sky mostrou o porquê de ser a melhor equipa nas chegadas ao alto e em etapas de alta montanha. Numa etapa em que a fuga chegou a ter 7 minutos de vantagem, e com o pelotão a forçar o ritmo na aproximação à Fóia a mesma seria alcançada ainda antes da subida, sendo que os últimos resistentes foram apanhados já na subida para a Fóia.
Numa ascensão com cerca de 15km a subida à Fóia deste ano foi feita pela vertente mais longa mas menos dura a nível de inclinação, querendo a organização com isto evitar que houvesse grandes diferenças de tempo logo no início da prova.
Anulada que estava a fuga a Sky começa a lançar as suas iscas, neste caso a isca era Vasil Kiryienka, que obrigou a que as outras equipas fossem obrigadas a mexer na corrida, isto na fase mais dura da subida, Kwiatkowski aproveito a deixa e arrancou para o que faltava da etapa, levando na roda Bauke Mollema (Trek-Segafredo), Geraint Thomas, Daniel Martin (UAE Team Emirates) e Jaime Rosón (Movistar Team), sendo o polaco o mais forte a vencer e Thomas a ficar com a geral à segunda etapa.
Dia perfeito para a Sky que levava a etapa para casa e conseguia à segunda etapa e antes do contra-relógio ficar na liderança da geral.
Chegávamos ao Malhão e a Sky estava em posição ideal para iniciar a dança.
Com a Thomas e Kwiatkowski nas duas primeiras posições teriam de ser as outras equipas a tentar mexer na etapa de maneira a ficarem em posição te atacarem a equipa britânica. Mas como disse anteriormente se há equipa que consegue gerir estes momentos em etapas com desnível grande é a Sky sem dúvida.
Logo nos quilómetros iniciais desenhou-se a fuga de 31 elementos que iria prevalecer até ao fim da etapa e foi aqui que a Sky trabalhou muito bem taticamente, lançando o polaco para a fuga ficando com duas cartadas muito fortes para a etapa. À medida que os quilómetros iam passando o tempo da fuga ia aumentando, e cada vez mais se percebia que o polaco seria o vencedor caso não houvesse mexidas no pelotão.
Mexidas ouve mas na frente da corrida, onde saltaram Lukas Postlberger (Bora-hansgrohe) que depois recebeu a companhia de Zdenek Stybar (Quick-Step Floors) fazendo companhia até à primeira subida ao Malhão, aqui o austríaco deixou Stybar dançar sozinho já que faltaram pernas para fazer a dura subida.