Os 5 melhores momentos da Figueira Champions Classic

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CALCULISMO DA SOUDAL DÁ VITÓRIA A CASPER PEDERSEN

Realizou-se este domingo a primeira edição da Figueira Champions Classic, uma corrida de um dia, criada com o objetivo de atrair os melhores ciclistas do Mundo para mais uma prova em solo português, com vista até a preparar a Volta ao Algarve que, este ano, até se realiza já na próxima semana. Desta forma, a qualidade do pelotão (pelo menos em nomes) ficou muito mais clara em relação à típica corrida protagonizada pelo pelotão nacional, contando com a presença de várias equipas do escalão World Tour, incluindo a Intermarché-Circus (Formação de Rui Costa, um dos cabeças de cartaz do evento).

Marcada por 190 km, com 3 passagens por um circuito que incluía mais do que uma passagem na Serra da Boa Viagem (2,1 km a 8,5% de pendente média de inclinação)  e na Enforca Cães (0,6km a 9,2% de pendente média de inclinação). Duas subidas curtas, mas muito íngremes, perfeitas para “puncheurs”, ou eventualmente para um sprinter mais explosivo e que aguente melhor o terreno inclinado. Uma prova marcada por momentos memoráveis, que acabou por ser conquistada Casper Pedersen num sprint em grupo reduzido. Rui Costa terminou na quarta posição, sendo o melhor português numa corrida com diversos momentos marcantes.

Fonte: Rafael Ferreira / Bola na Rede

5. A PRIMEIRA FUGA

A corrida começou oficialmente por volta das 10 da manhã e não demorou muito a formar-se um grupo de 7 ciclistas na frente, todos de equipas portuguesas:  Hugo Nunes – Rádio Popular Boavista, Gaspar Gonçalves, da Efapel, Jesus del Pino, da Aviludo-Louletano, Sérgio Garcia, da Glassdrive-Q8- Anicolor, Afonso Eulálio da ABTF Feirense, Miguel Salgueiro, da APHotels and Resorts-Tavira, e Alexandre Montez da Credibom-LA Alumínios. No pelotão, a Intermarché comandava a perseguição, sendo uma presença quase constante na mesma, rodando por vezes com equipas como a Trek ou como a Education First.

A primeira passagem pela Serra da Boa Viagem não perdoou. Na frente, Montez descolou completamente, ficando aos “s”, na estrada. Já no pelotão, o campeão europeu Fabio Jakobsen descaía, com vários ciclistas a fazerem a subida com a bicicleta na mão, tamanha era a pendente. A fuga ainda sofreu um ligeiro corte entre dois grupos de 3 ciclistas, mas rapidamente, mas não tardou a existir uma junção. A fuga era agora de apenas 6 homens, com o ciclista da LA Alumínios fora da equação.

Os fugitivos ainda tiveram tempo de dar um ar da sua graça, quando Miguel Salgueiro fez uma pequena aceleração para ser o primeiro a passar num sprint intermédio, coincidente com a primeira passagem pela meta. Hugo Nunes ainda o acompanhou mas o grupo seria alcançado, á entrada da segunda subida á Boa Viagem.

4. CAVAGNA TENTA A SORTE

Rémi Cavagna atacava a menos de 40 km do fim, na segunda passagem pela contagem com extensão superior a 2 km. Com o ciclista da Soudal-Quick Step seguiam mais cinco: Merhawi Kudus (EF Pro Post), Mathias Vacek (Trek-Segafredo), Rune Herregodts (Intermarché), Quinten Hermans (Alpecin-Deceuninck) e Oscar Oanley (DSM). O pelotão, continuava a perder elementos, mas baixava o ritmo, uma vez que a Caja Rural era a única equipa a perseguir, depois de um grande ritmo imposto pela Alpecin no início da subida. Este “pelotão” foi ganhando elementos, o que levou a EF a ajudar na perseguição, já que Kudus não teria grandes hipóteses numa chegada ao sprint entre os homens da frente.

A nova fuga chegou mesmo a ter mais de 50 segundos para o grupo dos favoritos, reduzido e com menor capacidade de perseguição do que num pelotão compacto.

3. NOVA FUGA ANULADA

Cavagna puxou durante quase todo o tempo, sendo que na última passagem pela Serra da Boa Viagem partiu completamente os companheiros de fuga, com Herregodts a ser o único capaz de fechar o espaço para o francês. A iniciativa não duraria muito mais com a EF Easy Post a fechar o espaço, garantindo, de igual forma, superioridade numérica no grupo dos favoritos, bem como mais apoio para Magnus Cort Nielsen e para Marjin Van den Berg, dois ciclistas que  beneficiariam de uma chegada ao sprint em grupo reduzido.

O ataque de Cavagna revelar-se-ia fulcral para a vitória de Casper Pedersen, pois poupou a formação da Quick Step de qualquer trabalho na perseguição garantindo que a equipa belga tinha como lançar o sprint para o dinamarquês.

2. A INÉRCIA VENCE A ÚLTIMA SUBIDA

A última subida da prova foi uma segunda categoria, com menos de um quilómetro, mas com pendentes muito elevadas, sobretudo na parte final. Era a última hipótese para ciclistas como Rui Costa ou Ilan Van Wilder, que não tinham tantas hipóteses de vencer num sprint, lançarem um ataque. E a formação do campeão mundial de 2013 esteve efetivamente muito próxima da dianteira do pelotão, acabando, todavia por não lançar qualquer ofensiva.

Ao invés, seguiu apenas o “comboio” da EF, talvez na expetativa de que outro elemento do grupo mexesse na corrida. Apesar de ser mais um “não acontecimento” do que um acontecimento, foi o momento em que ficou praticamente em pedra e cal que a primeira edição da Figueira Champions Classic seria decidida ao sprint.

1. CASPER APARECE E VENCE NA FIGUEIRA DA FOZ

Á entrada dos últimos 3 km, junto á zona costeira da Figueira da Foz, a EF Easy Post não saía da frente. Com quatro homens no grupo, era Odd Christian Eiking quem liderava á entrada do último km, com Magnus Cort Nielsen a lançar Van den Berg a 150 metros da chegada com Casper Pedersen a apanhar a roda do neerlandês, garantindo a ultrapassagem dentro dos 100 metros finais para garantir a vitória na edição inaugural da Figueira Champions Classic. Em segundo ficou Rune Herregodts, com Van den Berg a fechar o pódio. Já Rui Costa também sprintou para acabar no quarto lugar.

Destaque ainda para Frederico Figueiredo, da Glassdrive, o melhor ciclista de equipas portuguesas na prova, ao fechar o top 25. Joaquim Silva, da Efapel, não ficou muito distante e fechou também nos 30 primeiros. Rune Herregodts venceu a classificação da montanha e foi o melhor jovem na prova, com Rémi Cavagna a vencer a classificação dos sprints e a Intermarché-Circus a ser a melhor equipa na prova

Filipe Pereira
Filipe Pereira
Licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Filipe é apaixonado por política e desporto. Completamente cativado por ciclismo e wrestling, não perde a hipótese de acompanhar outras modalidades e de conhecer as histórias menos convencionais. Escreve com acordo ortográfico.

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