Sérgio Paulinho: Assim se escreve a carreira de um campeão

    O FIEL ESCUDEIRO DE CONTADOR

    Após chegar às “nuvens” com a medalha olímpica, conhece o jovem Alberto Contador, na Liberty, equipa espanhola dirigida por Manolo Sainz, com quem já tinha apalavrado a sua ida para o país vizinho, ainda antes da prata olímpica. Desde então, passa a ser “gregário” de Contador na Liberty, depois na Discovery Channel, mais tarde na Astana e, por fim  na Saxo Bank e Saxo-Tinkoff.

    Já como “aguadeiro de luxo” das maiores formações mundiais da modalidade, onde ajuda Contador a vencer todo o tipo de provas, com destaque para “as três grandes Voltas”, logra ainda somar triunfos em etapas na “Vuelta” e no “Tour”. Na “Vuelta”, ganha a décima tirada da edição de 2007, atacando quando estava integrado numa fuga, “levantando os braços” no topo do monte Altamira, na província espanhola da Cantábria.

    Já em 2010, obtém novo feito digno de condecoração, que chegaria dois anos mais tarde, ao vencer em pleno “Tour” na chegada a Gap, em plenos Alpes Franceses, local onde também Rui Costa ergueria os braços no “Tour”, ao superiorizar-se ao Bielorusso Vasil Kiryienka, fazendo recordar o eterno Joaquim Agostinho.

    O ADEUS AO WORLD TOUR

    Em 2016, então com 36 anos, compreende que já não tem mais espaço no escalão máximo do pelotão internacional, sentindo que Contador não havia cumprido com o que lhe  prometera: que este seria, até à última pedalada, um dos seus fiéis escudeiros.

    Opta por despedir-se onde tudo começou e, a convite de Américo Silva, passa a ser o braço direito de Joni Brandão na estrutura da Efapel, onde compete durante quatro temporadas, até à edição de 2020 da Volta a Portugal em Bicicleta, despedindo-se, assim, da prova rainha do pelotão nacional.

    Em 2012, é distinguido e condecorado com a Grande Cruz da Ordem de Mérito do Infante D. Henrique, sendo, a partir de então, Sr. Comendador.

    Muito mais haveria a acrescentar num percurso repleto de sucessos ao qual o tempo se encarregará de fazer justiça. Resta-nos agradecer todas as alegrias que nos proporcionou e os momentos com que brindou toda uma nação.

    Foto de Capa: Efapel

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.