Van Avermaet sobe ao céu no “Inferno do Norte”

    Tem sido um início de temporada incrível da parte do ciclista da BMC, que junta o triunfo na mítica Paris-Roubaix às vitórias alcançadas em Omloop Het Nieuwsblad, E3 Harelbeke, Gante-Wevelgem e ao segundo lugar conquistado na Volta à Flandres. O campeão olímpico em título tem sido um dos grandes protagonistas desta primeira metade da temporada e já é líder do ranking, ultrapassando Sagan.

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    O adeus de uma lenda do Paris-Roubaix, das clássicas e do ciclismo mundial
    Fonte: deredactie.be

    Após isto, há que deixar uma nota para Tom Boonen. No seu auge, era um verdadeiro Sagan (fazendo uma espécie de comparação com alguém da atualidade, para se perceber melhor), antes deste mesmo Sagan dar nas vistas. Durante a sua última corrida, bem tentou chegar-se à frente, a sua equipa estava consigo, mas, de forma natural, foi-lhe complicado bater-se com alguns dos nomes presentes, principalmente tendo em conta a sua idade.

    Além disso, surgiu uma boa oportunidade de corrida para Stybar e isso acabou por igualmente complicar as hipóteses de Boonen. Ainda assim, terminou no 13º lugar e deixou realmente um brilhante legado no mundo do ciclismo, com imensas vitórias importantes e que marcaram e marcam o ciclismo mundial. Após Cancellara, é mais um nome lendário a abandonar a modalidade.

    Em 15 anos de carreira, venceu pela primeira vez o Paris-Roubaix em 2005 e pela última vez em 2012, sendo um de dois ciclistas que detém o recorde de quatro vitórias (Roger de Vlaeminck é o outro nome que está ao lado do de Boonen neste recorde). O ex-campeão do mundo – em 2005 – deixa, assim, as estradas um pouco mais “pobres” após a sua saída do pelotão mundial.

    Como qualquer lenda, há sempre qualquer frase que marca essa personalidade. Curiosamente, uma das frases que mais me marca da sua parte, foi dita recentemente, depois do término do Paris-Roubaix: “Por vezes, não precisas de ter um plano, apenas coragem”. Com esta coragem, o belga construiu uma incrível carreira e acredito que servirá de exemplo para alguns dos jovens ciclistas, principalmente aqueles que também têm a mesma nacionalidade e têm muito potencial para ser explorado, como Oliver Naesen, Jasper Stuyven, Tiesj Benoot, entre outros.

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    A par do campeão do Paris-Roubaix 2017, Valverde tem sido, até agora, a maior figura da temporada
    Fonte: alejandrovalverde.es

    Em relação aos portugueses presentes em prova, é possível afirmar que não foi um bom dia para nenhum. Nélson Oliveira e Nuno Bico (ambos da Movistar) caíram e não conseguiram terminar a prova.

    Por fim, mesmo não estando muito relacionado com isto, não consigo deixar de destacar a época que Alejandro Valverde está a fazer, também com 36 anos. O espanhol da Movistar ganhou recentemente a Volta ao País Basco, juntando às conquistas da Volta à Catalunha, Volta à Andaluzia e a Volta à Múrcia, com mais algumas outras boas prestações noutro tipo de provas. E ainda só estamos em Abril…

    Foto de capa: Paris- Roubaix

    Artigo revisto por: Francisca Carvalho

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    O Nuno Raimundo é um grande fã de futebol (é adepto do Sporting) e aprecia quase todas as modalidades. No ciclismo, dificilmente perde uma prova do World Tour e o seu ciclista favorito, para além do Rui Costa, é Chris Froome.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.