UFC: Os altos e baixos de 2017

    Baixos

    1. O caso Jon Jones
    Jones derrotou Cormier e tudo parecia estar definido. Jones era então o maior campeão de sempre, uma força dominante e insuperável. Jones, no final do segundo combate frente a Cormier, lançava já a escada para defrontar Lesnar, naquilo que hoje em dia se apelida de um super fight. Mas, as análises de controlo antidoping revelaram substâncias ilícitas no organismo de Jones, isto já depois de ter falhado um combate frente a Cormier precisamente pelas mesmas razões. Jones perdeu crédito pela sua vitória, perdeu o título e a UFC perdeu mais uma estrela. 2018 terá um novo capítulo na novela Jon Jones? Cormier daria tudo para para o enfrentar mais uma vez, agora que está na reta final da sua carreira.

    Jon Jones venceu Cormier por knockout Fonte: Youtube - Gibson Media
    Jon Jones venceu Cormier por knockout
    Fonte: Youtube – Gibson Media

    2. Onde estão McGregor e Ronda?
    No caso de Ronda, a resposta parece estar dada. A maior estrela da divisão feminina casou-se recentemente com Travis Browne e as suas derrotas violentíssimas frente a Holly Holm e Amanda Nunes afastaram-na de 2017. Ronda não parece estar muito interessada em regressar ao octógono e, se me permitem, a divisão feminina evoluiu bastante desde o seu reinado. 2018 não deverá trazer novidades.
    McGregor, McGregor… Ninguém sabe o que esperar do irlandês. À sua espera estão, sim, Khabib e Tony Fergunson. No caso de McGregor insistir em evitar um combate frente a estes ilustres pretendentes, dificilmente Dana White poderá manter-lhe o título. McGregor pode voltar aos ringues de boxe, pode regressar aos octógonos, ou pode prosseguir a sua carreira de empresário – Já beberam o whisky de McGregor?. Todos querem McGregor e oportunidades não faltam para o seu regresso. A questão será se McGregor tem interesse em regressar. Veremos

    3. Welterweight é uma seca e Woodley, a culpa é tua !!!
    Desculpem, passei pelas brasas. É este o efeito que a divisão Welterweight deve provocar nos fãs de UFC. Sem aparente concorrência – Não, não queremos Stephen Thompson outra vez – esta divisão de peso perdeu o encanto. Não há concorrência e, em abono da verdade, Woodley também não a procura. Em 2018 vamos ver o que acontece, e se acontecer algo, por favor acordem-me.

    4. A queda de Aldo
    Aldo, oh Aldo. Afinal o que passou com o brasileiro? Esta pergunta expõe uma desilusão verdadeira com o desempenho do antigo campeão Featherweight. No duplo confronto com Holloway, Aldo mostrou que não está ao nível do seu passado. As duas derrotas foram evidentes, indiscutíveis e pouco promissoras para o futuro da carreira de MMA de Aldo. 2018 será capaz de provar que estou errado? Tenho dúvidas.

    2017 foi um bom ano, mas ainda assim aquém das expectativas. 2018 começa já com um Ngannou vs Miocic. Esperamos não ficar desiludidos.

    Foto de Capa: Primal Fight League

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    João Pedro Chitas
    João Pedro Chitashttp://www.bolanarede.pt
    Amante, praticante e obcecado por Artes-Marciais. Acredita que a UFC foi a melhor coisa que aconteceu no desporto depois do ouro de Carlos Lopes.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.