Depois, a WWE fez das suas e precipitou-se com The Fiend. O combate atroz no Hell in a Cell e a derrota perante Goldberg irritaram muitos, senão mesmo todos os fãs, e ameaçaram a continuidade do personagem.
Mas aqui se viu, mais uma vez, o génio de Wyatt. Este soube recuperar na Wrestlemania, quando enfrentou John Cena num Firefly Fun House Match.
É verdade que se tratou mais de uma produção cinematográfica do que de um combate, mas o que quer que tenha sido, penso ser impossível negar o seu sucesso. Representou a capacidade brilhante que o wrestling tem em contar histórias, algo que é muitas vezes negligenciado e inatingível em combates no ringue.
A mais recente fase da história de Bray Wyatt tem-no visto alternar entre diferentes personagens. Durante a actual rivalidade com Braun Strowman, enfrentou-o como o apresentador da “Firefly Fun House”; depois, numa Swamp Fight no Extreme Rules, retornou à sua antiga gmmick de “Eater of Worlds e finalmente, no Summerslam, The Fiend irá encará-lo pelo Universal Championship.
The Fiend é um personagem especial que necessita de ser “protegido”. É diferente de tudo o que existe ou, talvez, já existiu no mundo do wrestling e isso tem de ser recompensado, uma vez que foi Wyatt quem criou esta gimmick.
Não é por acaso que The Fiend é (provavelmente) o lutador mais popular da WWE e, se a empresa não cometer erros no seu booking, existe todo o potencial para que este tenha uma carreira semelhante à de Undertaker.
Espero que o potencial de Bray Wyatt seja finalmente recompensado com os títulos que merece, não só por ser um grande lutador dentro de ringue, mas, mais importante do que isso, por interpretar o melhor e mais enigmático personagem de wrestling no mundo.
Artigo revisto por Joana Mendes