Wrestlemania 38: rescaldo da 1.ª noite do evento mais estupendo do ano

Bem-vindo a casa!

Os rumores e relatos provaram ser verdadeiros, mas foi surreal ver Cody Rhodes, o antigo vice-presidente executivo da All Elite Wrestling, de volta à WWE depois de seis anos de ausência. O “American Nightmare” e Seth Rollins proporcionaram uma história lindamente contada que tinha indícios de uma guerra entre as duas organizações.

O combate terminou com um momento emocionante, onde Rhodes parou após dois Cross Rhodes seguidos para desferir socos rápidos e a Bionic Elbow, manobras eternizadas pelo seu pai, o “American Dream” Dusty Rhodes, antes de concluir a luta com mais um Cross Rhodes para derrotar Rollins de vez uma por todas.

A apresentação inteira igualou uma fantástica história de boas-vindas para Rhodes e agora é só esperar para ver o que uma das maiores estrelas do mundo do wrestling tem a dizer na segunda-feira.

Mrs. WrestleMania

A WWE, em várias ocasiões, demonstra dificuldades em construir verdadeiros babyfaces, mas neste caso merecem crédito por serem consistentes na apresentação de Bianca Belair como a próxima grande estrela da divisão feminina.

Uma segunda excelente luta consecutiva na WrestleMania e outra vitória no maior espetáculo da WWE. Belair é uma superestrela e a WWE está a tratá-la dessa maneira, coroando o seu talento e trabalho com a conquista do Título Feminino do Raw, que pertencia anteriormente a Becky Lynch.

O futuro de Lynch – que não teve uma luta medíocre desde o seu regresso no SummerSlam – permanece uma incógnita. Irá ausentar-se da competição durante alguns meses? Continuará com a personagem Big Time Becks, uma das melhores heels da marca? Ou irá lentamente voltar ao estatuto babyface com que se deu a conhecer ao mundo? Só o tempo o dirá.

Stone Cold!, Stone Cold!

O “Texas Rattlesnake” venceu a sua primeira luta em 19 anos, num combate No Holds Barred improvisado, no main event da noite.

Foi credível, contundente e uma divertida viagem nostálgica para quem cresceu a ver “Stone Cold” Steve Austin no final dos anos 90 e início dos anos 2000. Esta luta permitiu que Austin, cujo combate anterior tinha terminado numa derrota contra The Rock na WrestleMania 19, encerrasse sua carreira onde tudo começou, em Dallas.

Austin, aos 57 anos de idade, foi recebido com uma das maiores ovações de sempre, isto após Owens continuar a insultá-lo e ao Estado do Texas no “KO Show”. No fim, Austin transformou a tentativa de Owens em usar uma cadeira na chance de atingir o lutador canadiano com um potente Stunner, carimbando assim a sua. O que se seguiu foi outro Stunner em Owens, muita cerveja e Austin a encerrar o evento ao lado do seu irmão.

 

Rescaldo da autoria de Diogo Vieira, redator de Modalidades

Diogo Valente Vieira
Diogo Valente Vieirahttp://www.bolanarede.pt
Estudante na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Procura realizar um percurso profissional dedicado sobretudo ao desporto nacional e internacional, através do jornalismo. O seu objetivo principal é tornar o jornalismo desportivo em Portugal o mais imparcial e prático possível, apresentando ao mesmo tempo uma personalidade com a qual a audiência possa identificar-se. Tem como interesses de destaque o futebol, o basquetebol e o wrestling.

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