WWE Clash at the Castle: O pior pesadelo de Drew McIntyre

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    A Escócia recebeu o mais recente premium live event da WWE, com o Clash at the Castle a acontecer em Glasgow no sábado. Um dia depois de os escoceses terem sido goleados pela Alemanha no jogo inaugural do Europeu de futebol, o wrestling deixou os britânicos ainda mais furiosos pelo resultado do combate final. De resto, foi mais uma noite sólida de wrestling e histórias no reino da WWE, com vários escoceses e escocesas em ação, algumas histórias terminarem, outras a começarem e ainda outras que se vão prolongar.

    RHODES NÃO DESISTE E AGORA É ALVO DA BLOODLINE

    O premium live event abriu com um dos combates mais aguardados da noite, com Cody Rhodes a defender o título da WWE contra AJ Styles num combate I Quit, em que a única forma de vencer era forçar o adversário a dizer essas duas palavras. Num combate longo, que durou quase meia hora, ambos trabalharam bem com a estipulação do combate, com Styles a dominar durante um longo período, a fazer o seu adversário sangrar e a implementar todo o tipo de armas à disposição, provocando também a mãe de Rhodes, que estava na fila da frente. O campeão respondeu com a violência adequada, utilizando as algemas que AJ tinha trazido para o combate contra o oponente, amarrando Styles ao ringue. Depois de o ameaçar atingir com as escadas, Styles foi obrigado a desistir, com Cody a vencer (e a atingir Styles com as escadas mesmo assim).

    Depois do combate, Cody foi interrompido por um aplauso irónico de Solo Sikoa, com Tama Tonga e Tonga Loa a juntarem-se ao campeão para um ataque três contra um, só que Randy Orton e Kevin Owens vieram rapidamente em auxílio do ‘American Nightmare’. Tendo estado com programas algo secundários desde que ganhou o título na WrestleMania, parece que Rhodes vai finalmente voltar a defrontar uma versão da Bloodline, numa história que se pode estender, no mínimo, até ao WarGames do Survivor Series, perto do final do ano (e que pode incluir Roman Reigns, que deve regressar como adversário do grupo que originalmente criou).

    FYRE E DAWN TÊM O SEU MOMENTO EM CASA

    O combate seguinte foi o primeiro que envolveu lutadoras escocesas, com Alba Fyre e Isla Dawn a terem a oportunidade de lutar pelos títulos femininos de equipas contra Shayna Baszler e Zoey Stark e as campeãs Bianca Belair e Jade Cargill. A primeira metade do combate foi bem conseguida, com as quatro candidatas a perceberem que tinham de deixar Cargill fora da luta para terem mais hipóteses. Só que, quando Belair conseguiu a passagem de testemunho, a inexperiência de Jade veio ao de cima, com alguns spots visíveis que saíram mal.

    Contudo, isso passou para segundo plano depois de vermos o resultado. Quando parecia que Bianca e Jade iam manter os títulos, Isla Dawn foi oportunista e fez o assentamento a uma Shayna Baszler que tinha acabado de sofrer o finisher das campeãs. O público escocês manifestou-se alegremente de forma audível quando percebeu quem tinha ganho, faltando saber se as escocesas vão fazer algo de relevante com os títulos. Para já, ficam com uma saborosa vitória no seu país.

    OTIS CONTINUA NO BOM CAMINHO

    Depois, tivemos o combate pelo título Intercontinental, com Chad Gable a ter mais uma oportunidade contra Sami Zayn. Depois de alguns minutos de bom wrestling, como seria de esperar destes dois, chegou a altura de desenvolver a história que tem envolvido Zayn, Gable e os restantes elementos da Alpha Academy, com Otis em particular. Com uma utilização perfeita de Otis e de Maxxine Dupri, ambos voltaram a recusar atacar Sami Zayn, o que acabou por irritar e distrair Gable, que perdeu aquela que deve ser a sua última oportunidade.

    Assim espero que seja, uma vez que a história da Alpha Academy (uma das melhores neste momento) pode perfeitamente continuar sem Zayn e sem o título Intercontinental, enquanto Sami precisa de se focar mais no seu título, que tinha um prestígio enorme quando era defendido por GUNTHER e agora está a ser secundário para desenvolver uma história. Mas, em relação a este capítulo, foi novamente muito bom, com curiosidade para ver o que acontece entre Otis e Gable nas próximas semanas.

    BAYLEY PARTILHA A RIBALTA COM PIPER NIVEN

    Antes do combate principal, outra escocesa procurava repetir a glória no seu país-natal, com Piper Niven a desafiar Bayley pelo título feminino da WWE. Chelsea Green foi um dos pontos positivos deste combate, sendo expulsa da zona de ringue num primeiro momento e regressando depois numa máscara para tentar ajudar Niven. De resto, o combate teve a duração que devia ter (entre dez a 15 minutos) e foi aquilo que devia ser, com Piper a mostrar as suas capacidades no wrestling (nem sempre tem a oportunidade de o fazer) e Bayley a ser a adversária perfeita, dando a ofensiva necessária a Niven, mas vencendo no final.

    Piper Niven foi apenas uma adversária de circunstância (por estarmos na Escócia) para uma Bayley que, pese embora o protagonismo que queira dar às restantes mulheres da divisão feminina, tem tido um reinado que deixa a desejar, com histórias pouco memoráveis. Nia Jax aguarda no SummerSlam e espera-se que essa seja uma história que dê mais protagonismo à campeã, que merece que este reinado seja bem-sucedido.

    CM PUNK NÃO LARGA DREW MCINTYRE

    O combate principal era o mais aguardado por todos os presentes em Glasgow, com a maior superstar escocesa que a WWE tem, Drew McIntyre, a desafiar Damian Priest pelo título mundial de pesos pesados (Priest não podia contar com a ajuda dos restantes elementos dos Judgment Day). Infelizmente, o combate foi afetado por uma lesão na perna direita do campeão, com Priest a tentar um mergulho para fora do ringue, mas a ficar com a perna presa entre a corda superior e a corda do meio. Damian continuou o combate, mas notava-se que a dor o incomodava em cada manobra, esperando que não seja nada que o impeça de continuar a ser campeão.

    Seja como for, a principal história foi atingida. Depois de o árbitro do combate ter sido inadvertidamente atingido, McIntyre acertou o Claymore em Priest e pensava-se que o escocês iria atingir a glória em Glasgow. Até que CM Punk, vestido como árbitro, contou apenas até dois, acertando depois um golpe baixo em Drew. Priest acertou o seu chokeslam, com o verdadeiro árbitro a contar até três para a vitória, com McIntyre a sofrer nova derrota no Reino Unido.

    Reforçando os desejos para que Priest não se tenha magoado com gravidade, uma vez que os Judgment Day também têm a sua história para contar, a principal história aqui está em mais uma ocasião que Punk trama McIntyre. Esta é uma rivalidade que pode facilmente prolongar-se por vários meses, possivelmente até a começar no SummerSlam.

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    Bernardo Figueiredo
    Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.