Competitividade a três

    No rali de Portugal, Ott Tanak saiu vencedor, secundado por Thierry Neuville e Sébastien Ogier completou o pódio.

    Na Itália, chegou a surpresa do campeonato. O espanhol Dani Sordo venceu o rali da Sardenha, tendo Suninen ficado em segundo e Mikkelsen em terceiro. Foi o primeiro pódio sem nenhum dos três candidatos ao título mundial.

    A chegada do ‘Grande Prémio da Finlândia’ veio mostrar mais uma vez que os pilotos nórdicos continuam a estar em alta no ‘seu’ rali. Nas estradas rápidas da Finlândia Ott Tanak venceu, seguido de Esapekka Lappi e de Jari-Matti Latvala.

    Na Alemanha, Ott Tanak voltou a vencer, mas a conclusão retirada por mim é que, finalmente, os três pilotos da Toyota mostraram o carro japonês, conseguindo os três primeiros lugares.

    Assim, chegamos ao rali que na minha ótica foi o mais duro e o que provavelmente vai preparar melhor os pilotos para o regresso do rali Safari. O rali da Turquia viu Ogier ser o mais rápido, com Lappi em segundo, fazendo a dobradinha da Citroen. Mikkelsen era terceiro.

    Ogier levou a melhor no rali mais duro do ano
    Fonte: Citroen Racing

    Da terra da Turquia, seguimos para a ‘lama’ do rali da Grã-Bretanha. Mais uma vez, houve campeões a voltar. Desta vez foi Petter Solberg, num Volkswagen Polo GTI R5, que fez o seu último rali no mundial, vencendo a categoria do WRC2. Nos WRC, vitória para Ott Tanak, com o segundo lugar para Thierry Neuville e Sebastien Ogier em terceiro.

    Chegados ao rali da Espanha, o campeonato estava ao rubro. Havia hipóteses para os três primeiros para conquistarem o título, mas foi Ott Tanak que controlou o seu ritmo e tornou-se pela primeira vez campeão do mundo.

    Ott Tanak e Martin Jarveoja, os campeões do mundo de ralis em 2019
    Fonte: Wales Rally GB

    Na Citroen, a coisa não correu lá muito bem. Lappi desistiu e Ogier com problemas não conseguiu disputar a vitória. Mas, Ott Tanak campeão e os construtores ainda por decidir, com a Hyundai Motorsport na frente.

    Infelizmente, o rali da Austrália não se realizou, dando a vitória à Hyundai. Vitória aguardada desde que a marca coreana chegou ao mundial de ralis.

    Um campeonato extremamente competitivo, no qual existiram três pilotos, de três marcas diferente. É esta competitividade que atrai adeptos para as especiais, que faz mover pessoas para o meio do mato, das florestas ou dos ‘desertos’.

    Para 2020, já existem grande novidades. Ott Tanak passa para a Hyundai, numa ‘novela ao estilo colombiano’. Para a Toyota vêm três pilotos novos. Kalle Rovenpara, campeão do mundo da categoria WRC 2 Pro, com a Skoda. O piloto de 19 anos tem contrato até 2020/2021. Junta-se também à equipa de Tommi Makkinen o piloto de 30 anos, Elfyn Evans, que assim volta a ser companheiro de Sebastien Ogier.

    O seis vezes campeão mundial não se entendeu com a Citroen, depois dos problemas que teve com a equipa francesa no rali da Catalunha, e vai fazer a sua última temporada na equipa japonesa.

    Com a saída de Ogier, a Citroen também desiste do WRC, deixando Lappi de fora. Uma saída justificada por não terem um piloto de topo…

    Assim, para 2020, as lutas parecem não acabar. Espero que seja um campeonato competitivo, mas com Tanak e Neuville na mesma equipa, o campeonato ainda fica mais ‘apimentado’.

    Foto De Capa: Toyota GAZOO Racing WRT

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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