📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Antevisão GP Europa | Pol na Pole, mas atenções viradas para a Yamaha

- Advertisement -

A ANTEVISÃO: “YAMAHAGATE”

Depois de ter feito a pole position no Grande Prémio da Estíria, Pol Espargaró volta a colocar a KTM RC16 no frente do pelotão do MotoGP. Desta feita no Grande Prémio da Europa, no circuito Ricardo Tormo em Valência, Espanha.


Antes de olharmos para a ação em pista, vamos ao escândalo do ano. 2020 é um ano atípico em todos os aspetos e no MotoGP isso não é diferente. No início do ano, no Grande Prémio de Espanha, no circuito de Jerez de la Frontera, Marc Márquez caiu e ficou de fora do campeonato, ao agravar a lesão dessa queda ao tentar regressar para o Grande Prémio de Andaluzia.

O segundo golpe deste ano vem a duas rondas do final. A Yamaha no início do ano encontrou problemas com as válvulas dos motores da M1. Com isto, existiu uma redução de motores por temporada, para cinco. O construtor japonês, a começar a temporada com dois motores por piloto, foi logo obrigado a “dar” mais um a Maverick Vinales, depois do espanhol rebentar o seu no TL3.

Utilizando válvulas de um fabricante diferente, que apesar de terem o mesmo tamanho, design, peso e tratamento final, parece que a percentagem de titânio usada na construção é diferente daquele que foi mostrado à Dorna no início do ano, como referência de controlo.

Mas, ao que parece, foi esta diferença que fez com que Vinales e Valentino Rossi perdessem mais um motor, com a Yamaha a voltar para o fabricante original. Até aqui nada de mais, com a Yamaha a seguir os procedimentos, com a consultada do diretor técnico do MotoGP. A questão começa agora.

Um motor no MotoGP percorre cerca de 1000km. Com os primeiros motores da Yamaha a durarem uns míseros 250km, como é que os substitutos duraram quase dez vezes mais? Foi aqui que a FIM questionou a Yamaha e pediu que as válvulas fossem analisadas por uma terceira parte, o laboratório de metalurgia da Universidade de Padova, e aqui foi descoberta a diferença acima referida.

É difícil argumentar que a Yamaha não estava ciente de que poderia haver uma diferença, dado que a equipa a certa altura solicitou à Associação de Fabricantes de Desportos Motorizados (MSMA) autorização para substituir as válvulas, algo que teria sido concedido, apesar de oposição de algumas equipas, mas a equipa acabou por retirar esse pedido.

Por fim, o precedente desta situação não é o melhor. A Yamaha e as equipas foram penalizadas, mas os seus pilotos (Vinales, Fabio Quartararo lutam pelo campeonato) não. Não receberam penalização por terem vencido a corrida com peças no motor ilegais. Apenas receberam uma punição por não seguirem o protocolo e informarem os outros fabricantes sobre a troca. Sabendo que as regras do MotoGP por vezes são antiquadas, a Yamaha também escapou à violação dos regulamentos, ao utilizar um motor não-homologado.

Com o “YamahaGate” apresentado, vamos às contas em Valência até agora. Com uma pista a secar, Pol Esparagaró conquistou a sua segunda pole position da carreira no MotoGP, num circuito, onde em 2018, em condições adversas (nomeadamente chuva) o piloto espanhol conseguiu o primeiro pódio da KTM no MotoGP. Sem pressão, Espargaró explicou que entramos «sem nada a perder, pois não estamos a lutar por nada. É uma pena, mas é a realidade. Hoje foi difícil e as condições eram propícias a quedas».
Sem possibilidade de prever o tempo para amanhã, a chuva certamente pode ajudar Pol a conquistar a sua primeira vitória, depois de três pódios em 2020.


Na segunda posição temos Alex Rins, na Suzuki, algo que já esperava há mais tempo. A moto japonesa é umas das mais “redondas”, não tendo um forte assim tão especifico, mas sendo muito boa em quase tudo. Em 2020, só faltava mesmo aos pilotos melhorarem na qualificação e Alex Rins mostrou que o final da temporada trouxe isso. Tendo estado no pódio das duas últimas corridas, Alex Rins igualou a sua melhor qualificação, conquistada em 2018 também em Valência 2018, numa corrida que o viu terminar em segundo lugar.

A fechar a primeira linha da grelha de partida ficou Takaaki Nakagami. É a segunda vez que o piloto japonês parte da frente. Na semana passada caiu a liderar. Esperamos que tenha aprendido com o erro e que esteja “mais solto”. Pelo menos não está preocupado com a meteorologia e apesar de ninguém ter experimentado rodar no seco, Nakagami afirma que «estamos na direção correta, tanto no molhado, como no intermédio ou no seco. Estamos bem e estou muito contente com isso».

Miguel Oliveira e Brad Binder juntam-se a Pol nos dez primeiros, algo que acontece pela primeira vez numa qualificação do MotoGP para a KTM. O português vai sair da terceira linha da grelha, na oitava posição.


Nesta antevisão já falamos do que aconteceu à Yamaha fora de pista. Dentro dela, as coisas não melhoraram nem um pouco. Desde o Grande Prémio de França que já nos apercebemos que a M1 não se dá muito bem na chuva. Neste fim de semana, com as penalizações (excedeu a alocação de motores da temporada, colocando o sexto), Vinales sai do pitlane.

O espanhol já nem acredita na luta pelo campeonato, afirmando que «ontem estávamos a discutir se nos arriscaríamos a ir com o quinto motor, fazendo apenas algumas voltas nos treinos livres. Mas para mim é muito arriscado. Se fosses o primeiro, com 20 pontos, podias fazê-lo. A questão é que não temos a afinação ideal, a moto não está a funcionar e depois temos de enfrentar a corrida com um motor velho. É verdade que tenho de começar da boxe, mas não posso fazer nada. O título ficou muito mais difícil, mas tudo pode acontecer».

Já Fabio Quartararo ficou pela primeira vez fora dos dez primeiros, ficou-se pelo 11º lugar e reiterou no final do dia que «estamos perdidos no molhado. Tentámos entender o porquê de sermos tão lentos. As nossas primeiras três voltas são boas, mas depois os outros pilotos conseguem dar o salto até ao fim, e nós não conseguimos mais. Vimos isso na qualificação. Fiz a minha melhor volta na terceira tentativa, enquanto todos conseguiram melhorar depois. Não percebo, mas amanhã espero que haja bom tempo, para lutarmos pelo que queremos».

Foto De Capa: KTM Factory Racing

Subscreve!

Artigos Populares

FC Porto homenageia Alfredo Quintana e Aurora Cunha com estátuas no museu do clube

Alfredo Quintana e Aurora Cunha foram homenageados com estátuas no Museu do FC Porto, num evento realizado este sábado.

Al Gharafa de Pedro Martins vence com destaque do ex-FC Porto Yacine Brahimi

Na Liga do Catar, o Al Gharafa de Pedro Martins venceu por 3-1 no terreno do Al Ahli, com duas assistências do ex-FC Porto Yacine Brahimi.

Nova atualização: Já votaram mais de 64 mil sócios nas eleições do Benfica

O Benfica já atualizou a participação eleitoral no site oficial. Já votaram 64.505 sócios ao longo deste sábado.

Tensão em Eleições Benfica: Já acabaram os boletins de 50 votos na Quinta do Conde

Já terminaram os boletins de 50 votos na Quinta do Conde (Sesimbra). Eleições do Benfica decorre ao longo deste sábado.

PUB

Mais Artigos Populares

Académico Viseu garante vitória nos descontos frente ao Chaves: eis os resultados do dia da Segunda Liga

O Académico Viseu venceu em casa o GD Chaves por 1-0 na oitava jornada da Segunda Liga. André Clóvis marcou o golo decisivo.

Histórico: Benfica bate recorde mundial de votantes

O Benfica já ultrapassou o Barcelona e é agora o clube com mais votantes de sempre em eleições. Dia histórico para as águias.

Andebol: FC Porto vence Águas Santas (35-32) e ultrapassa Sporting provisoriamente na tabela

O FC Porto recebeu e venceu o Águas Santas (35-32), em jogo da nona jornada do Campeonato Nacional de Andebol. O FC Porto sobre assim provisoriamente ao primeiro lugar do campeonato.