Cabeçalho modalidades“Não ganha corridas”, “Está velho e acabado”, “Já não tem a mesma garra”, foi provavelmente o que ecoou na cabeça de Valentino Rossi, após cometer o erro que deixou Maverick Viñales na liderança, e o fez arriscar.

Aquele miúdo inconsciente, veio ao de cima, aquela garra e determinação tantas vezes criticada, apareceu, mas desta vez para deitar tudo a perder, numa corrida em que o próprio tinha dito que queria ganhar para dedicar ao Nicky Hayden que ainda está em recuperação.

Agora é fácil falar, e dizer que se podia “contentar” com o segundo lugar, mas estava melhor, conseguia mais. Estava em pista, não só meter um travão no seu companheiro de equipa como também nos seus críticos, por isso, fez algo que não costuma fazer, foi atrás, sem medo e sem cabeça, caindo num momento fulcral.

Agora sim, vamos testar o verdadeiro Rossi deste campeonato, porque se até agora não tinha de arriscar, e o fez, agora vai ser obrigado a tal. Isto porque, Maverick Viñales é o novo líder do campeonato na 500ª vitória da Yamaha num Grande Prémio de motociclismo.

Fonte: Yamaha
Fonte: Yamaha

A corrida não foi propriamente emocionante, mas isso já se esperava de uma pista que é muito agressiva a nível físico. Primeiramente, era necessário conseguir controlar a moto, só depois conseguir fazer qualquer tipo de ultrapassagem.

Zarco a correr em casa, apesar de ter conseguido passar Viñales na primeira curva, e controlado a primeira parte da corrida, tentou principalmente o primeiro pódio e foi curto para a consciência do espanhol, que o ultrapassou para controlar a segunda parte da corrida.

Depois disto, sendo que Zarco estava em 2º, Rossi em 3º e Marc Marquéz em 4º, Pedrosa vinha em crescendo. Volto a falar dos pneus, Zarco com ambos os pneus macios, Pedrosa com médio à frente e macio atrás e todos os outros com pneus médios. Até que, Marquéz teve uma falha a 11 voltas do fim, mas dava para sentir que o espanhol não estava à vontade com a Honda oficial, dava para perceber que apenas queria acabar a corrida e pontuar e não lutar por algo mais.

E com isso, quem aproveitou foi mesmo o seu companheiro de equipa Dani Pedrosa, que subiu ao 4º posto e manteve até ao momento mais emotivo da corrida. Rossi, depois de passar Zarco, sobe à liderança após perceber que estava mais rápido que o seu companheiro de equipa.

Fonte: Johann Zarco
Fonte: Johann Zarco

No entanto, na última volta, Rossi demonstra que também é humano e tem uma falha, e se em tantas vezes o italiano se resignou com o segundo posto e com os pontos que dai advém, hoje não foi o dia. Hoje foi o dia em que Rossi, provavelmente, se deixou levar por tudo aquilo que é escrito/dito fora da pista, e arriscou, como não arriscava há muitos anos. Simplesmente, não foi o dia, e teve uma queda a duas curvas do final, deixando Zarco no segundo lugar e Pedrosa no último lugar do pódio.

Com isto, as contas do campeonato ficaram desta forma, Viñales em 1º com 85 pontos, Dani Pedrosa com 68 pontos que passou de 4º para 2º, Valentino Rossi com 62 pontos, Marquéz com 58 e Zarco com 55, acaba o top5.

Resta saber se realmente, Valentino Rossi irá mesmo continuar a arriscar, sendo que o próximo grande prémio será em Itália, nos dias 2 a 4 de Junho, sendo onde o italiano é o maior vencedor da historia, com 9 vitorias. Vamos ter campeonato até ao fim? A reposta será dada nesse fim de semana de certeza.

Em Moto2, Miguel Oliveira não foi alem do 17º lugar, já se sabia que não ia ser um grande prémio fácil para o português, mas existia sempre a esperança que conseguia sair de França no 3º lugar da classificação geral. Não foi o caso, Morbidelli voltou a vencer e a mostrar que é o grande favorito ao titulo, Bagnaia ficou em 2º e Luthi fechou o pódio. Com isto, o português ficou com 59 pontos e perdeu o 3º lugar para Alex Marquéz que passou a ter 62, Luthi em segundo com 80 e Morbidelli chegou aos 100.

Foto de capa: MotoGP

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Hugo Santos
Hugo Santoshttp://www.bolanarede.pt
Futebol por amor, motociclismo por paixão. Toda uma vida a acompanhar ambos, sempre a ansiar a luz verde.                                                                                                                                                 O Hugo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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