O que aprendemos sobre os testes de Sepang | MotoGP

DUCATI

A equipa italiana, campeã de tudo em 2022, levou duas motos para o “shakedown” que não tiveram a melhor performance, comparativamente com os tempos apresentados no Grande Prémio da Malásia de 2022.

Nos testes oficiais, as motos da equipa oficial conseguiram um segundo e quarto lugares, com Bagnaia e Bastianini. Sobre as equipas satélite, o destaque vai para a Mooney VR46 que conseguiu ficar em primeiro lugar com Luca Marini, já Marco Bezzecchi ficou em oitavo. Jorge Martin colocou a sua moto da Pramac em quinto lugar, enquanto Johann Zarco ficou apenas pelo 16º lugar, por fim, na Gresini Racing, Di Giannantonio e Alex Marquez conseguiram o sétimo e nono lugares.

De salientar que das oito motos da Ducati, sete ficaram no top 10 no final dos testes, adivinha-se mais um ano de domínio, apesar das fracas exibições no “shakedown”. Destaque para Bastianini, com uma moto nova teve uma ótima performance, Luca Marini, que confirma o bom momento que traz de 2022, e Jorge Martin, a mostrar que é um dos pilotos mais rápidos do paddock.

YAMAHA

Sem equipa satélite, a construtora japonesa depende unicamente da equipa oficial para o desenvolvimento da sua moto. Depois da desilusão nos testes de final de temporada, surgem no “shakedown” em alta, ao garantir o primeiro e terceiro lugar com motos distintas e com Cal Crutchlow a levar a moto aos 330 km/h, uma clara melhoria em relação aos 327 km/h atingidos no Grande Prémio da Malásia de 2022.

No entanto, nos testes oficiais, voltaram a desiludir com Quartararo a ficar-se pelo 17º lugar, Morbidelli pelo 20º, Crutchlow pelo 23º e Nakasuga pelo 25º e último lugar da grelha. Fabio Quartararo acabou mesmo por considerar os testes, um desastre.

Adivinha-se uma temporada difícil para a construtora japonesa e para a sua equipa oficial.

APRILIA

Equipa sensação de 2022, apresentou-se no “shakedown” com Lorenzo Savadori e um novo pacote aerodinâmico, conseguindo um quinto lugar e sofrendo uma falha técnica no final. Com Viñales e Aleix Esparagaro, já nos testes oficiais, a Aprilia ficou no terceiro e sexto lugares, enquanto Raul Fernandez e Miguel Oliveira se ficaram pelos 11º e 15º lugares, na equipa satélite.

Tudo indica que, a equipa principal da Aprilia, comece a temporada de 2023 como os “underdogs”, um estatuto superior aquele de “candidato surpresa” que tiveram em 2022. O terceiro lugar de Maverick Viñales e os comentários positivos deste acerca da sua nova mota podem fazer os fãs sonhar.

HONDA

A lesão de Marc Marquez foi um duro golpe nas aspirações da equipa para 2022, no entanto, após o regresso deste, a Honda continuou a apresentar exibições fracas para aquilo que vinha a apresentar até então. Stefan Bradl levou a moto até ao quarto lugar no “shakedown”, com um pacote aerodinâmico novo, um novo cano de escape e experimentando dois chassis diferentes.

Nos testes oficiais, Marquez ficou-se pelo décimo lugar e Mir pelo 12º lugar para a equipa oficial, Rins e Nakagami acabaram em 19º e 21º, respetivamente. Com performances que colocam a Honda claramente atrás da Ducati e um pouco atrás da Aprilia, será difícil ver a equipa principal da Honda como umas das candidatas ao título. O único aspeto positivo foi mesmo o enorme conforto que Marc Marquez sentiu em cima da sua moto, mostrando que as lesões são coisa do passado.

KTM

O segundo lugar de Augusto Fernandez no “shakedown”, poderia ser um sinal encorajador, caso este não fosse o único piloto oficial presente, caso o resultado não tivesse sido com a moto da equipa satélite e caso a moto oficial não tivesse dois tempos que a colocaram, somente, em 12º e 13º lugares.

Depois de ter visto sair Miguel Oliveira, a KTM chega aos testes oficiais, com uma equipa oficial e outra de satélite a apresentar um forte alinhamento de pilotos. Tão forte que, Pol Espargaro foi o melhor das KTM com um 13º lugar numa moto satélite, à frente de Brad Binder (14º lugar) da equipa oficial, o estreante Jack Miller, substituto de Miguel Oliveira, ficou-se pelo 18º lugar e Augusto Fernandez, pelo 22º lugar.

Depois de boas corridas e até de vitórias, na temporada de 2022, os tempos e performance apresentados pela equipa austríaca não fazem adivinhar uma temporada tranquila em 2023. Deverão mesmo acompanhar a Yamaha como as desilusões da temporada.

João Magalhães
João Magalhães
Desde pequeno a seguir Futebol, Fórmula 1 e MotoGP, apaixonado pelo desporto, com Licenciatura em Gestão do Desporto e com o grau um de Treinador de Futebol. Ambicioso, lutador e sempre com vontade de saber mais, espera tornar o desporto mais simples e ainda mais interessante para os seus leitores.

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