Após um longo período de especulação chegou o momento de dissipar todas as dúvidas que iam pairando no ar, o piloto português Miguel Oliveira anunciou em conjunto com a equipa, qual será a sua nova casa para os próximos tempos.
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— Bola na Rede (@BolaNaRedePT) August 30, 2022
O “Falcão” da Charneca da Caparica assinou um contrato de ligação válido por duas temporadas, à equipa satélite “RNF Aprillia”.
O piloto português foi sendo ligado a diversas equipas, desde a LCR Honda, à Suzuki (antes desta anunciar o seu abandono da categoria rainha no final da presente temporada), à despromoção para a equipa satélite da KTM, a Tech 3/ GasGas como será denominada a partir da próxima temporada, tendo mesmo chegado inclusive a ser avistado na garagem da Gresini Racing.
Quem costuma acompanhar de forma regular as notícias e rumores que vão surgindo no mundo do Moto GP não terá ficado totalmente surpreendido com este desfecho isto porque logo no início do mês, o diretor desportivo da Ducati Corse, Paolo Ciabatti, afirmou publicamente que Oliveira tinha decidido ingressar na RNF.
A RNF Racing Team é uma equipa independente da Malásia, equipa satélite que até este ano trabalhou com a Yamaha e será Aprillia, de agora em diante.
A origem da equipa está ligada à SRT (Sepang Racing Team), na altura sobre a alçada do circuito internacional de Sepang, com gestão de Razlan Razali, Johan Stigefelt e Wilco Zeelenberg, sendo que atualmente a equipa é gerida apenas por Razlan e Stigefelt.
Esta temporada a equipa alinha com o rookie Darryn Binder, irmão do atual colega de Oliveira e Andrea Dovizioso, piloto italiano que já informou que vai abandonar a categoria rainha no Grande Prémio em Misano.
A dado de curiosidade, a denominação da equipa é uma amálgama das iniciais dos filhos de Razali, sendo eles Razali, Nadia e Farouk, perfazendo a sigla RNF.
Miguel foi anunciado ao mesmo tempo que o seu novo colega de equipa, uma cara que lhe é familiar, o rookie espanhol deste ano que atualmente representa as cores da Tech 3 assinou contrato válido por uma temporada.
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Em termos desportivos o piloto luso assegura que esta foi a decisão certa a tomar, por considerar que o irá ajudar a aumentar o nível e melhorar o seu rendimento, num novo desafio que promete ser desafiante e promissor.
Pessoalmente considero que a Gresini Racing fosse a equipa ideal para ele, de momento, isto porque entrando na esfera das motos da Ducati e estando sobre a vigilância de Paolo Ciabati, a probabilidade de promoção à equipa de fábrica da Ducati Lenovo Team mediante bons resultados ganharia muita força e o piloto português poderia assim pilotar a melhor moto do grid, atualmente.
A Suzuki era também uma hipótese bastante interessante para dar o salto competitivo, visto que Joan Mir conseguiu ser campeão pela construtora japonesa e a mesma desenvolveu uma moto consideravelmente melhor esta temporada que nas anteriores. No entanto, com a retirada da marca no final do ano, aliado aos entraves relacionados com patrocinadores da Gresini Racing, o “Falcão” viu as suas alternativas encolherem bastante.
Mediante as circunstâncias que lhe foram impostas penso que o piloto português da KTM tomou a melhor decisão possível, apesar de que neste momento e face à imprevisibilidade do que a Aprillia irá providenciar no próximo ano, ainda seja muito cedo para tecer comentários sobre se foi uma boa jogada ou não.
Desejos de muito sucesso desportivo nesta nova fase da tua carreira e que tudo corra bem nesta que vai ser a tua nova casa, continua a orgulhar os portugueses espalhados pelo mundo!
Foto de Capa: MotoGP