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O regresso atribulado de Romano Fenati ao circuito mundial

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Já é conhecida por todos a polémica que levou o piloto italiano Romano Fenati a retirar-se do campeonato de Moto2 na passada temporada.

Fenati, de apenas 22 anos, tinha acabado de subir à categoria intermédia do circuito mundial em 2018, quando viu a sua vida totalmente virada do avesso. No Grande Prémio de San Marino, o italiano cometeu um erro tremendo quando, num acesso de raiva, apertou o travão do seu compatriota Stefano Manzi. O gesto poderia ter tido consequências muito graves, tendo em conta que ambos seguiam a mais de 200 km/h.

O piloto da Marinelli Snipers Team foi imediatamente banido da competição, com a sua licença retirada pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) até ao final do ano. Foi despedido pela equipa, tendo visto ainda o seu contrato com a MV Augusta para a temporada seguinte ser cancelado. A notícia da ação de Romano Fenati tomou proporções tão grandes na imprensa que o próprio chegou a anunciar a sua retirada permanente do motociclismo.

Tal acabou por não se verificar, tendo sido confirmado o regresso do italiano à mesma equipa, mas, desta feita, na categoria de Moto3. A Marinelli Snipers Team quis dar uma oportunidade ao jovem piloto de “começar do zero”.

Nos testes de pré-temporada, Fenati alcançou o topo da tabela de tempos, mostrando que estava em forma e pronto para o arranque da temporada. Na primeira corrida, no circuito de Losail, no Qatar, as expetativas eram altas em relação ao italiano. O piloto não desiludiu e foi o mais rápido nos primeiros treinos livres.

Romano Fenati parecia ter entrado numa onda de sorte quando tudo começou a descambar, pondo à prova o seu temperamento tipicamente agressivo. Tendo em conta que conseguiu bons tempos nos treinos, foi diretamente para a Q2. Estava, mais uma vez, a sair-se bem quando a equipa cometeu um erro tremendo. Fenati estava na box à espera de ordem para regressar à pista para tentar subir na tabela com uma possível pole position. No entanto, quando a equipa lhe deu ordem para voltar, era já tarde demais. O piloto não teve tempo para fazer uma volta rápida e acabou por descer ainda mais na tabela, acabando por partir de um inesperado 12.º lugar.

O piloto regressou à box naturalmente desiludido, mas surpreendeu pela sua atitude bastante positiva com a equipa.

Apesar de não ser ideal, a 12ª posição não era crítica e o italiano poderia certamente lutar pela vitória. Todos esperavam por uma redenção de Romano Fenati na primeira corrida do ano.

No entanto, o azar não largava o italiano, que, logo no arranque, acabaria por ficar ainda mais para trás, em 17º. Dito isto, a corrida foi um trabalho feito de trás para a frente. Fenati não baixou os braços e fez um trabalho realmente notável. A dez voltas do final da corrida, já estava a lutar pelos primeiros lugares, acabando mesmo por chegar à liderança do grupo de 13 pilotos no qual seguia.

Romano Fenati na liderança da corrida no circuito de Losail, Qatar
Fonte: Snipers Team

Tudo parecia estar finalmente encaminhado para a vitória no regresso de Romano Fenati, quando surge um aviso no ecrã. A direção de corrida alertava o piloto para o facto de ter já excedido os limites da pista, mostrando que poderia vir a ser penalizado se continuasse a fazê-lo. Todos os pilotos tinham conhecimento de que, se sofresse essa penalização, teriam de passar por uma zona específica do circuito que os faria perder tempo em relação aos seus adversários.

Inesperadamente, Fenati cumpre a penalização sem esta lhe ter sido realmente atribuída. Aquilo que se pensa é que o piloto terá percebido mal a mensagem que recebeu no seu computador de bordo e terá pensado que teria sido penalizado. Esta situação não é muito comum, mas há que ter em conta tudo aquilo que já sucedeu com o italiano. O piloto certamente teme ter mais algum problema com a direção de corrida, com a FIM ou até com a própria equipa e, na dúvida, terá decidido cumprir a penalização.

Ao fazê-lo, acabou por ficar para trás, tendo ainda conseguido terminar dentro dos pontos, em nono lugar.

Um início de temporada complicado para o jovem piloto italiano que parece ainda ter os fantasmas da temporada passada a assombrarem a sua prestação.

Texto revisto por: Mariana Coelho

Foto de Capa: Snipers Team

Ana Rita Nunes
Ana Rita Nuneshttp://www.bolanarede.pt
Acompanhante assídua de MotoGP e fã incondicional do piloto Miguel Oliveira. A paixão pelo desporto motorizado começou aos 16 anos no meu primeiro trabalho, no mundial de Superbikes, no Autódromo Internacional do Algarve. Foram apenas 3 dias mas foi o suficiente para deixar o fascínio pelo mundo das duas rodas.                                                                                                                                                 A Ana escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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