Provavelmente o melhor campeonato dos últimos tempos

cab desportos motorizados

Hoje escrevo sobre o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), que acabou a 9 de novembro com o Rally do Algarve. A competição foi ganha por Ricardo Moura, que conquistou assim o seu terceiro campeonato seguido. Um título justo, a meu ver, mas que teria sido igualmente justo caso tivesse ido para Bernardo Sousa.

O campeonato de 2013 prometia muito, com o regresso dos S2000, por parte de Pedro Meireles, e com o regresso de Bernardo Sousa.

Nada melhor do que começar pelo início. Em fevereiro, começou a edição deste ano do CPR, com o Rali Serras de Fafe. O vencedor foi Bernardo Sousa, com um Peugeot 207 S2000; em segundo lugar ficou Ricardo Moura, em Mitsubishi Evo IX, a 46,8 segundos; por fim, no último lugar do pódio ficou Pedro Meireles, em Skoda Fabia S2000, já a mais de um minuto. De destacar a presença de um grupo N no meio dos S2000.

Sousa em Fafe. http://autoandrive.com
Sousa em Fafe.
Fonte: autoandrive.com

O segundo rali foi o Rally de Portugal, a prova rainha do automobilismo em Portugal. Esta prova contava para a Taça de Ouro de ralis, uma competição que reúne as três provas internacionais portuguesas. Além da competição nacional, o rali contou para o WRC. Bernardo Sousa não participou nesta prova, e tanto Moura e Meireles desistiram. Bruno Magalhães, que regressou aos ralis para fazer as três provas da Taça de Ouro, também desistiu, mesmo ao volante do 207 S2000. O vencedor foi Miguel Barbosa, em Evo IX. O piloto de Famalicão foi, de resto, o único piloto a conseguir terminar a prova que se disputou no Algarve, além de Francisco Teixeira, mas não entrou no campeonato.

A prova seguinte foi nos Açores, no sempre belo SATA Rally Açores. Esta prova contava para o Europeu de ralis e, como tal, para a Taça de Ouro. Desta feita, foi Pedro Meireles quem não participou. Em contra partida, tivemos Ricardo Moura a estrear o seu novo carro, um Skoda Fabia S2000. Além disso, Bernardo Sousa veio aos Açores de Fiesta RRC, um carro muito próximo dos WRC. Ricardo Moura, a correr em casa, venceu a prova no que toca à parte portuguesa. Em segundo ficou Bruno Magalhães, a mais de minuto e meio, e em terceiro ficou Miguel Barbosa, a quase 20 minutos. Convém destacar ainda o terceiro lugar na geral de Moura e a desistência de Bernardo Sousa.

A quarta prova marcou o regresso ao continente, numa competição em estreia no CPR: falo do Rali Cidade de Guimarães. Esta prova ficou marcada pelo facto de Bernardo Sousa não ter podido correr com o Fiesta RRC por imposição da FPAK; desta forma, recorreu a um Fiesta S2000. Ficou ainda marcada pela estreia em asfalto de Moura, com o Fabia S2000, e o regresso do Porsche 997 GT3 conduzido por Carlos Oliveira. O vencedor da prova foi mesmo Bernardo Sousa, que ficou sem a concorrência de Moura e Meireles, que tiverem acidentes com os seus Fabia S2000. Em segundo lugar ficou o regressado Adruzilo Lopes, ao volante de um Subaru Impreza Sti R4, que ficou a 28s4, e em terceiro ficou João Barros, com um Renault Clio S1600.

Em junho, disputou-se o Rally Vidreiro, na zona da Marinha Grande. Bernardo Sousa foi de novo vencedor. Na segunda posição ficou Ricardo Moura e, a completar o top 3, ficou o outro S2000, conduzido por Meireles. Este foi um rali em que o primeiro e o terceiro classificados ficaram separados por somente 11s2.

Com a sexta prova regressámos às ilhas, desta vez à Madeira. Foi aqui que se disputou a última ronda da Taça de Ouro de ralis. A vitória foi para Bruno Magalhães, em 207 S2000, logo seguido por Meireles. Estes foram os únicos dois pilotos a disputar o campeonato que participaram nesta prova madeirense. Com este triunfo, o piloto de Lisboa garantiu a vitória na Taça de Ouro de ralis.

Bruno Magalhães na Madeira. http://www.ewrc.cz
Bruno Magalhães na Madeira.
Fonte: ewrc.cz

A Taça de Ouro deve ser repensada, pois conseguiu apenas juntar 13 pilotos nas suas três provas: no Rally de Portugal foram seis, nos Açores cinco e na Madeira apenas dois. Apesar de ir contra a grande maioria das pessoas, penso que as provas internacionais deveriam pertencer ao campeonato de forma plena, ao contrário do que acontece agora, em que apenas conta o melhor resultado.

O regresso ao continente foi feito com o Rali de Mortágua, no fim de setembro. Bernardo Sousa poderia sagrar-se campeão nacional, mas a prova começou a correr-lhe mal ainda antes do início. O madeirense teve de trocar de carro; o Fiesta com que iria correr não chegou a tempo a Portugal e usou antes um 207 S2000. Na segunda especial da prova, Sousa desistiu, completando assim uma má experiência em Mortágua. Com a desistência, Moura tinha de vencer obrigatoriamente para assumir a liderança do campeonato. Foi isso que aconteceu: venceu, com 25 segundos de avanço sobre Adruzilo Lopes, que ficou em segundo, e 28 segundos de Meireles, no terceiro posto.

O campeonato ficou então por decidir e rumou ao Algarve. Moura e Sousa eram os principais candidatos ao título – como se esperava desde o início da competição –, e Meireles esperava algum azar aos dois pilotos das ilhas para poder sagrar-se campeão. A luta prometia e começou com Moura a ganhar apenas por um segundo a Sousa. Contudo, na segunda especial, o madeirense – que estava de regresso ao Fiesta S2000 – ganhou oito segundos ao açoriano, passando assim para o comando da prova. Mas na terceira especial, Sousa teve um furo e entregou o título a Moura, sendo que acabaria por desistir na quinta especial. Moura apenas teria de chegar ao fim do rali para ser campeão e fê-lo. Em segundo ficou Pedro Meireles, que, com a desistência de Bernardo Sousa, ficou também em segundo no campeonato. No último lugar do pódio do rali ficou Adruzilo Lopes.

Moura a celebrar com a sua equipa. http://www.velocidades.pt
Moura a celebrar com a sua equipa.
Fonte: velocidades.pt

Os campeões de 2013 foram Ricardo Moura como absoluto, Pedro Meireles em Turismo, Miguel Barbosa na produção e João Barros no CPR2.

Para 2014 ainda não saíram os regulamentos, mas tudo aponta para um campeonato ainda mais emocionante. Mas isto fica para outro texto, que este já vai longo.

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