O campeonato já tinha começado com as emoções ao rubro, Ricardo Teodósio acabou por vencer a intensa disputa no pódio (tendo sido o mais rápido na Power Stage), com Armindo Araújo, numa vantagem de 8,3 segundos e Miguel Correia, com uma vantagem de 9,5 segundos.
Só no final da derradeira especial de classificação do Rali Terras d’Aboboreira é que se soube qual o Skoda que seria o verdadeiro vencedor. O quarto lugar foi ocupado por Bruno Magalhães, seguido de Bernardo Sousa e José Pedro Fontes, que ficou a 54,5 segundo do de Teodósio.
Nesta que foi a segunda prova do campeonato, Armindo Araújo (Skoda Fabia Rally2 evo) e o seu navegador, Luís Ramalho, destacaram-se enquanto a melhor equipa portuguesa no Vodafone Rally de Portugal, vencendo a prova a contar para o Campeonato Portugal de Ralis e foram os concorrentes nacionais mais rápidos em 16 das 20 classificativas, liderando de forma firme, estabelecendo o melhor tempo entre os concorrentes portugueses em cinco das oitos especiais.
Armindo Araújo poupou os seus pneus, utilizando o máximo do seu potencial num ataque final na PE7 em Mortágua, adotando uma estratégia de redução de riscos desnecessários, ao diminuir o andamento, depois de estarem numa situação confortável. Atacou nos momentos necessários e apostou numa estratégia postura defensiva, quando tinha que ser, levando a melhor. Essa mesma estratégia garantiu-lhe a vitória e, nesta que foi a sua 15.ª prestação, conseguiu, pela 10.ª vez, o título de melhor piloto português.

Bernardo Sousa, navegado por Vítor Calado, ocuparam o segundo lugar, de forma irrepreensível. O piloto conseguiu mantem uma pressão constante sobre Armindo, com uma muito boa prestação, porém, não conseguiu superá-lo, ficando a uma diferença de 17 segundos do piloto líder.
A dupla Ricardo Teodósio e José Teixeira não manteve a prestação que nos apresentaram do Rali Terras D’Aboboreira, ocupando o último lugar do pódio nesta segunda ronda da competição, com mais de um minuto de diferença sobre Armindo Araújo. A justificação do atraso vem da escolha dos pneus e com os problemas relativos aos travões.
O quarto lugar foi atribuído a Bruno Magalhães e Carlos Magalhães (Hyndai i20 R5), que foram “presenteados” com inúmeros problemas, o que complicou imenso a prestação no rali. Apesar dos bons tempos constantes, os problemas mecânicos, a perdda de estabilidade após as barras estabilizadores terem cedido e a penalização de 30 segundos, retiraram a dupla do pódio.
Paulo Neto e Vítor Hugo (Škoda Fabia R5), após uma prestação regular, num rali sem problemas, ocuparam a quinta posição, com cerca 8 minutos de diferença do primeiro lugar. Ficaram na posição acima de José Pedro Fontes e Inês Ponte (Citroën C3), que, com todo o azar, capotaram logo na especial de abertura, perdendo imenso tempo, condicionando a prestação e impossibilitando um bom resultado na prova.
RESULTADOS:
1.º Armindo Araújo/Luís Ramalho: Skoda Fabia Evo 1h28.42,9s
2.º Bernardo Sousa/Vítor Calado: Skoda Fabia +14,0s
3.º Ricardo Teodósio/José Teixeira: Skoda Fabia Evo +01m22,6s
4.º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães: Hyundai NG i20 +01m52,4s
5.º Paulo Neto/Vítor Hugo: Skoda Fabia +05m23,1s
6.º José Pedro Fontes/Inês Ponte: Citroën C3 +08m02,5s
O Rally de Portugal foi exigente e colocou inúmeras dificuldades aos concorrentes nacionais. O próximo mês segue com o Rali de Castelo Branco, o Rali de Mortágua em junho e em agosto, visita a Madeira. A Competição regressa ao continente em setembro, com o Rali de Alto Tâmega e com o Rally Serras de Fale e Felgueiras, terminando com o Rally Vidreiro, no mês de outubro.