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WRC Rally de Portugal: O Campeão Rovanperä voltou

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Entre os dias 11 e 14 de maio, decorreu a 56ª edição do Rally de Portugal, a quinta prova do ano para o WRC. O Campeonato do Mundo de Rali chegava a solo luso com a liderança repartida entre dois pilotos: Sebastian Ogier e Elfyn Evans, com o britânico da Toyota Gazoo Racing a liderar o campeonato pela 1ª vez em 2 anos.

Evans chegava mesmo à Figueira da Foz com a possibilidade de assumir a liderança isolada do campeonato, uma vez que Ogier não ia participar no Rally de Portugal, com a prova a não constituir no calendário parcial que o francês corre em 2023. Ainda assim, o Ford continuava com a Toyota à perna: o do finlandês, Kalle Rovanperä (a um ponto dos líderes) e o do estónio Ott Tänak (a 11 pontos dos líderes).

A edição de 2023 contou com várias figuras que foram bem sucedidas na corrida em anos anteriores. Rovanperä venceu em 2022, numa prova que validou a campanha do finlandês para o título Mundial. Já Dani Sordo e Thierry Neuville venceram em 2017 e 2018, respetivamente. Destaque também para o regresso de Kris Merke às competições de Rally, pela primeira vez desde 2019, com o piloto britânico a assumir o leme do Hyundai para o Campeonato Portugal de Rali. Meeke ocupou o lugar deixado por Craig Breen, piloto que perdeu a vida no Rally da Croácia.

No WRC 2, o destaque ia para a presença do francês Yohan Rossel que tinha sido o melhor piloto da categoria, nas duas únicas provas em que marcou presença: no Monte Carlo e na Croácia. Oliver Solberg e Gus Greensmith eram apontados como os principais opositores ao domínio do francês. No WRC3, a história foi curta. Apenas dois carros partiram para o Rally de Portugal, com apenas o Ford de Roope Korhonen a manter-se em competição, deixando o caminho aberto e solitário para a vitória do finlandês na categoria.

Vários momentos foram decisivos para o rumo do fim de semana. Desde os azares do Ford a uma penalização polémica, aqui ficam os cinco melhores momentos do Rally de Portugal.

5. O INÍCIO QUE PÔS UM FIM ESPERANÇAS DA FORD

Primeiro dia da prova, a seguir ao “Shakedown”, Pierre Louis Loubet começou em grande, ao ganhar a primeira etapa, alcançando a quarta vitória na carreira. Ainda assim, perdeu muito tempo na terceira jornada, a 1 km do final, quando o Ford Puma pegou fogo. A situação acabava com as aspirações do francês a um bom lugar no Rally Já Tänak liderava á entrada para a etapa 4, até que um furo lhe custou 50 segundos, com o estónio a cair para sexto, lugar de onde não sairia até ao fim do primeiro dia, vendo-se obrigado a conservar os pneus para continuar em prova, o que lhe custou ainda mais tempo.

4. O LÍDER ABANDONA

A aventura de Elfyn Evans no Rally de Portugal foi curta, com o vencedor da corrida a ficar obrigado a abandonar a corrida na 7ª especial do dia. O britânico tinha já sido assolado por um furo na 6ª etapa, mas a machadada final teve lugar quando o Toyota do galês se despistou em Mortágua, com o carro a ficar preso entre duas árvores, ao quilómetro 13, garantindo a coroação de um novo líder do WRC, após o fim de semana.

3. A PRIMEIRA VITÓRIA DE TAKAMOTO KATSUTA

O fim de semana deu uma memória agradável ao japonês no último dia, depois de dois dias marcados por desaires. O homem da Toyota até começou bem, mas teve problemas no alternador durante a 3ª etapa e depois, na última especial da manhã de sábado, ao despistar-se em Felgueiras.

Na manhã de domingo, Takamoto Katsuta continuava a dar tudo para minimizar as perdas e foi mesmo capaz de conquistar a primeira especial de domingo, num dia em que foi o primeiro a arrancar. Primeira vitória da carreira para o piloto de 30 anos que corre ao serviço da Toyota Gazoo Racing.

2. UM RALLY DECIDIDO POR UM DONUT

No WRC2, Oliver Solberg teve um fim de semana extraordinário em que o seu Skoda foi extremamente consistente. Aliás, o sueco foi claramente o mais rápido na gravilha, aproveitando também azares que comprometeram as ambições de Greensmith e Rossel.

No fim da Super Especial de Lousada, tudo parecia bem encaminhado para a vitória de Solberg, mas nessa noite foi atribuída uma penalização de um minuto ao homem da Skoda, por ter feito “Donuts” celebrativos, aquando da Super Especial de sábado, uma manobra proibida pelos regulamentos.

Como tal, Solberg passava de acabar o sábado com 35 segundos de vantagem para Gus Greensmith, a ter de recuperar 22 segundos para o colega britânico que era o novo líder da prova em WRC2. O domínio de Solberg foi tal que o sueco venceu 4 etapas nessa manhã, mas o esforço não foi suficiente, com Gus Greensmith a conquistar o Rally de Portugal na categoria WRC2, por 1 segundo.

1.“KING” KALLE ESTÁ DE VOLTA

O grande destaque da edição de 2023 do Rally de Portugal tem de ir para Kale Rovanperä, Campeão do Mundo, que não tinha alcançado grandes resultados nas primeiras quatro provas do campeonato, sendo que o único pódio obtido pelo finlandês em 2023 tinha sido logo na primeira prova do ano, o Rally de Monte Carlo.

Perante a ausência de Ogier e o abandono de Evans, Kale Rovanperä tirou o maior proveito, conquistando 10 etapas em todo o fim de semana, nomeadamente, através de um “clean sweep” na manhã de sábado, uma exibição que o próprio jovem de 23 anos reconheceu como sendo uma das melhores exibições da sua carreira. Os restantes lugares do pódio foram para a Hyundai, com Dani Sordo a ficar no segundo posto, com o terceiro a cair para Esapekka Lappi. Rovanpera venceu, inclusive, a Power stage, em Fafe, completando uma exibição histórica que permitiu ao jovem finlandês ganhar o Rally de Portugal pelo segundo ano consecutivo, quebrando uma sequência de sete anos com vencedores diferentes na prova, e chegar à liderança do WRC.

Filipe Pereira
Filipe Pereira
Licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Filipe é apaixonado por política e desporto. Completamente cativado por ciclismo e wrestling, não perde a hipótese de acompanhar outras modalidades e de conhecer as histórias menos convencionais. Escreve com acordo ortográfico.

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