No entanto, parece-me necessário e premente compreender alguns dos fatores que podem ter originado este resultado, que ficou muito aquém do desejável e expectável.
Primeiramente, as várias ausências que, por muito que se possam desvalorizar e indicar como fator inócuo, creio serem motivo capaz de influenciar o rendimento de uma seleção ou equipa. Até porque falamos dos atletas que teriam mais minutos na areia da praia russa.
Em segundo lugar, acredito que muitos dos “novatos”, Rúben Brilhante, Pedro Mano, Miguel Pintado ou Fábio Costa acusaram, e de que forma, um momento de tanta solenidade, em que é necessário demonstrar condição suprema, não estando em causa o seu valor e competência.
O terceiro vetor que me parece que possa ter influído no resultado da aventura moscovita prende-se com o facto de que, devido à pandemia, os atletas estiveram praticamente uma temporada sem competir ativamente, sendo que tal quebra veio afetar o seu ciclo de preparação. Algo que poderá ter consequências, tanto física quanto psicologicamente.
Assim, desejamos as maiores felicidades a todos os nossos “guerreiros”, fazendo votos que futuramente se consigam voltar a focar, esperando que conjuntamente com futuros talentos possam voltar a erguer bem alto a nossa bandeira no Futebol de Praia.
Foto de Capa: Seleção Portugal
Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos