Espanha 6-2 Portugal: Triunfo justo da equipa espanhola

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A CRÓNICA: DIA NÃO DE PORTUGAL, EM TODA A LINHA!

Desde o início deste campeonato da Europa, a grande maioria apostava neste duelo ibérico entre Portugal e Espanha como a final mais provável e apetecível.

De um lado, a equipa da casa, apoiada pelo público presente em Jaen, naturalmente na sua grande maioria afeto à Espanha.

Também tínhamos uma grande falange de apoio, devido à proximidade geográfica entre os dois países.

A “roja” começou o Campeonato de forma arrasadora, com 20 golos em dois encontros, mas tremeu um pouco nos encontros contra a Ucrânia (2-2) e na meia-final contra a Polónia, dado que só venceu o seu jogo no prolongamento (2-2 no tempo regulamentar).

Logo no primeiro minuto, e ao primeiro remate digno desse nome no encontro, surge o golo inaugural, para o nosso adversário, belo remate do número 11 espanhol Carrasco, a não dar hipóteses de defesa a Tiago Velho.

Ótimo arranque da Espanha, não só pelo golo, mas pelo que produziu nos minutos seguintes, onde podia ter marcado mais golos, um pouco caído do céu, sem que tenhamos feito por merecer, e numa decisão polémica da equipa de arbitragem, foi assinalado um penálti a nosso favor.

Nada contra a falta, é óbvia e indiscutível, mas pareceu ser fora da área. Imune a essa polémica, Rúben Teixeira converteu com sucesso e empatou o encontro.

Talvez devido ao ambiente hostil e por se tratar de uma final, a nossa exibição estava a ser muito fraca e a Espanha estava a ser muito superior, em todos os capítulos do encontro. Já na parte final, e com um erro incrível de Rúben Teixeira, a entregar a bola ao adversário e a criar um grande desequilíbrio na nossa defesa, permitindo ao mesmo jogador assistir Juanico para marcar o segundo da equipa da casa e voltar a dar a vantagem à sua formação. 2-1 favorável à Espanha, num resultado que se ajusta ao que se passou, e caso tivesse havido mais golos para “nuestros hermanos” não seria nada descabido.

Um resultado melhor que a exibição, sem dúvida nenhuma e as nossas hipóteses ainda se mantém intactas, faltando ainda 20 minutos para disputar, mas a qualidade exibicional teria que ser muito superior à primeira metade.

Na segunda parte, Portugal cresceu ligeiramente e começou a criar mais perigo junto da área defensiva da Espanha, tornando o jogo mais aberto e sem o domínio esmagador espanhol dos primeiros 20 minutos.

Mesmo assim, a Espanha continuava por cima e não conseguíamos “empurrar” os espanhóis e dominar o jogo, impondo a qualidade no nosso Futsal. Vendo que nada resultava, José Luís Mendes teve que arriscar tudo com a entrada do guarda-redes avançado.

Ordoñez
Fonte: UEFA

Numa jogada bem contruída de 5×4, surgiu um desequilíbrio que permitiu a Raúl assistir para um autogolo do defensor espanhol, empatando o jogo a duas bolas. Velho voltou a salvar o jogo e levar a discussão para prolongamento, um resultado muito lisonjeiro para tudo o que as equipas fizeram no tempo de jogo.

No tempo extra, a Espanha voltou à liderança do marcador, num remate exterior de Àlex Garcia onde dá a ideia que o nosso guardião podia ter feito ligeiramente melhor, com a curiosidade de os dois melhores jogadores terem comprometido neste lance, tanto Raúl como Velho.

Mesmo a acabar o primeiro bloco de cinco minutos, 4-2 para a Espanha, golo de Rivera. Na segunda metade, mais dois golos que espelham a superioridade total, apontado por Cerviño e Ordoñez. Espanha foi muito superior, e o seu triunfo é indiscutível.

A FIGURA

Tiago Velho – Numa exibição sem brilho da restante equipa, o guardião português manteve o resultado aberto com um punhado de grandes intervenções. Nos segundos finais voltou a estar a um nível estratosférico para garantir o prolongamento. Também podia destacar a boa exibição de Raúl, mas Tiago Velho esteve a um nível superior, na minha opinião.

 

O FORA DE JOGO

Tiago Macedo
Fonte: UEFA

Tiago Macedo – Nenhum jogador de campo teve um dia propriamente feliz, à exceção de Raúl, mas o Tiago teve um dia para esquecer, falhando passes simples e parecendo sempre desligado do encontro. Há dias assim…

 

ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

A disposição tática foi a habitual, mas a qualidade e a inspiração dos jogadores foi muito inferior ao habitual. Claramente um dia menos bom da nossa equipa

 

5 INICIAL E PONTUAÇÕES

Tiago Velho (7)
Diogo Santos (5)
Rafael Freire (5)
Rodrigo Simão (5)
Kutchy (5)

SUBS UTILIZADOS

Leandro Rodrigues (5)
Rúben Teixeira (5)
Raúl Moreira (6)
Ricardo Marques (5)
Bruno Maior (5)
Tiago Macedo (4)
Pedro Santos (5)
Tomás Colaço (5)
Diogo Furtado (5)

 

ANÁLISE TÁTICA – ESPANHA

Excelente encontro da seleção espanhola, a aproveitar um dia em que nada saiu bem para conseguir um inquestionável triunfo após prolongamento.

5 INICIAL E PONTUAÇÕES

Mário (6)
Carrasco (7)
Álex Garcia (7)
Tapias (6)
Ortas (6)

SUBS UTILIZADOS

Palazon (5)
Nacho Goméz (6)
Ion Cerviño (6)
Espin (6)
Nicolás (7)
Pablo Ordoñez (6)
Guido (6)
Adrián Rivera (6)
Moreno (6)

Artigo revisto por Joana Mendes

Eduardo Nunes
Eduardo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
Estuda economia em Coimbra, mas não deixa de prestar especial atenção ao que se passa no universo do desporto. O desporto preferido é Ténis, mas não perde uma oportunidade de acompanhar a Académica e o Benfica nas mais variadas modalidades.

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