A CRÓNICA: O RUGIDO QUE ABATEU O VOO DA ÁGUIA
Dia de mais um dérbi eletrizante, considerado por muitos como o melhor do mundo na modalidade, frente a frente estiveram Sporting CP e SL Benfica num quarto reencontro para discutirem a final da Taça da Liga, tendo ambas as equipas três desses troféus cada nos seus palmarés.
O início da partida foi pautado por sucessivas faltas, causadas pela elevada intensidade com que os atletas de ambas as formações disputaram cada bola. Uma nota para a assistência de ambas as equipas, que protagonizaram desde cedo deram espetáculo fora da quadra.
A primeira situação flagrante de golo pertenceu ao SL Benfica num grande pormenor individual de Arthur, que efetua um remate de calcanhar, levando a bola a embater no poste da baliza de Guitta. Robinho e Erick saíram da quadra por problemas físicos decorrentes das fervorosas disputas de bola.
Rocha é expulso do jogo com sete minutos de jogo após atingir o antigo companheiro de equipa Diego Cavinato na face, tendo os ânimos começado a aquecer.
O primeiro golo da partida surgiu num remate cruzado rasteiro, forte e veloz de Alex Merlim que só parou no fundo das redes, corriam oito minutos de jogo.
Aos 14 minutos de jogo ambas as equipas se travaram de razões, havendo empurrões de ambas as partes, sendo que a primeira parte do jogo em termos de ‘jogo jogado’, deixou um pouco a desejar, havendo apenas algumas boas defesas de ambos os guarda-redes e sucessivas interrupções, tendo ambas as equipas chegado às cinco faltas.
A vinte segundos do término da primeira mão, Merlim faz novamente o gosto ao pé, bisando na partida na sequência de uma jogada que começa em mais um momento individual soberbo de Zicky Té, que joga a bola em Cavinato e este assiste Merlim para mais um remate semelhante ao primeiro, indo as equipas para o intervalo com vantagem leonina no marcador de duas bolas a zero.
A segunda parte iniciou-se de forma muito intensa, com o Benfica a precisar de correr atrás do prejuízo, tarefa essa que se complicou ainda mais com o terceiro golo dos leões, da autoria de Pauleta com um desvio ao segundo poste na sequência de um pontapé de canto.
O Benfica reduziu por Bruno Cintra após recarga a uma defesa incompleta do Guitta ao remate de Rafael Henmi e após alguns minutos em que a equipa esteve muito intensa e a protagonizar alguns momentos de perigo surgiu o segundo golo das águias, através de um tento de Chiscala a oito minutos do final da partida, relançando um jogo que por si só já estava animadíssimo.
A partir desse momento e a até aos últimos cinco minutos de jogo, a partida atingiu as expectativas que todos tinham à entrada para este dérbi, um jogo extremamente enérgico e bem jogado, com grande espetáculo vindo das bancadas.
Numa altura em que as águias estavam cada vez mais próximas do empate, surge o quarto golo da equipa verde e branca, num forte remate de Pany Varela, o que levou o Benfica a adotar um cinco para quatro.
Depois de uma perda de bola da equipa encarnada, Pany Varela acabou com o jogo, bisando ele também na partida através de um remate de baliza aberta com assistência de Cardinal.
A festa que se impõe 😎🏆#TaçaDaLiga #FutsalSCP pic.twitter.com/RfnSUmaRD0
— Sporting CP – Modalidades (@SCPModalidades) February 27, 2022
A FIGURA
Alex Merlim – Num jogo onde tantos estiveram ao mais alto nível, é preciso recorrer à estatística para atribuir a distinção de melhor jogador em campo. O mago Merlim como é apelidado pelos adeptos leoninos bisou na partida e foi um dos principais desbloqueadores de jogo
O FORA DE JOGO
Vinícius Rocha – No primeiro confronto com a sua ex equipa, o pivô brasileiro passou muito pouco tempo em campo, não tendo tido nenhum momento de destaque tirando a falta que conduziu à sua precoce expulsão.
ANÁLISE TÁTICA SPORTING CP
Nuno Dias apresentou o seu cinco mais clássico, com as rotações habituais e jogando grande parte do primeiro tempo sem jogo de pivô, foi após algumas correções durante os timeouts que corrigiu os posicionamentos do quarteto leonino no momento defensivo, o que deu frutos depois em situações de contra-ataque.
5 INICIAIS E PONTUAÇÕES
Guitta (8)
João Matos (7)
Tomás Paçó (7)
Alex Merlim (9)
Diego Cavinato (8)
SUPLENTES UTILIZADOS
Pauleta (7)
Cardinal (6)
Pany Varela (6)
Miguel Ângelo (6)
Erick Mendonça (5)
Zicky Té (7)
ANÁLISE TÁTICA SL BENFICA
Os encarnados entraram na partida algo desconcentrados, cometendo erros na abordagem aos lances, maioritariamente na primeira parte, tendo a equipa cometido muitas faltas, o que limitou um pouco o seu jogo.
Um bom momento da equipa do Benfica foi nas segundas bolas, sendo que um dos golos da equipa surgiu de uma jogada de insistência.
5 INICIAIS E PONTUAÇÕES
André Sousa (8)
Nilson Migue (6)
Robinho (5)
Jacare (8)
Ivan C. (7)
SUPLENTES UTILIZADOS
Rocha (3)
Arthur (7)
Romulo (6)
Bruno Cintra (7)
Rafael Henmi (7)
Afonso de Jesus (6)
