Portugal venceu esta noite a Itália na final do Campeonato Europeu de Hóquei em Patins Sub-20 por 3-1. Assim se fez história em Pully, pois pela primeira vez, conseguiu conquistar um pentacampeonato e igualou o feito conseguido pela Espanha entre os anos de 1995 e 1999.
A primeira parte, começou com duas equipas a procurarem impor um bom ritmo na partida e com vontade de atacar a baliza contrária, obrigando os guarda-redes a estarem com a atenção no nível máximo.
Os primeiros dez minutos de jogo, apresentaram uma seleção italiana a variar entre ataques mais longos ou mais objetivos, enquanto a seleção lusa, procurava atacar a baliza adversária mais pela certa e com oportunidades de perigo real. Por sua vez, nos segundos dez minutos e numa altura em que Portugal parecia estar melhor, a Itália chega ao golo por intermédio de Francesco Compagno. O conjunto orientado por Luís Duarte, respondeu muito bem e num par de minutos Gonçalo Nunes, primeiro com uma grande arrancada e depois com uma seticada antes de meio campo, virou o resultado para 2-1.
Enorme resposta de Portugal ao golo sofrido e com Gonçalo Nunes a voltar a ser um elemento chave na reviravolta que permitiu à seleção portuguesa ir a vencer para o intervalo.

Fonte: Pully 2016 / U-20 European Rink-Hockey Championchip
No segundo tempo, Portugal entrou melhor e logo aos quatro minutos, erro defensivo italiano e Gonçalo Pinto aproveitou para servir o solto Pedro Batista que não desperdiçou e fez o 3-1.
Com uma desvantagem de dois golos, a Itália foi à procura de igualar o encontro. Porém, o conjunto orientado por Massimo Mariotti tinha pela frente um muro chamado Tiago Rodrigues, que parava tudo o que tinha feita frente e de todas as formas. Fosse com as luvas, caneleiras ou mesmo capacete, o esférico não entrava. Apesar deste ímpeto italiano, a seleção portuguesa não se limitava a defender, pois Bruno Sgaria ainda teve vários lances onde grandes defesas mantiveram a sua nação dentro de jogo.
Portugal conseguia manter o controlo do jogo e ia fechando ao máximo os caminhos para a sua baliza. Contudo, a faltarem menos de sete minutos para o final, Davide Gavioli “cavou” autenticamente uma grande penalidade, mas Compagno acabou por atirar ao lado. Na sequência do lance, Compagno arranca um novo penalti, que desta fez se juntou a um cartão azul para o guarda-redes português Tiago Rodrigues. Este tipo de situação que origina este penalti é um lance onde eu, pelo menos, considero que os guarda-redes deveriam ser mais protegidos, pois tal como mostraram as imagens, Tiago Rodrigues procura a defender a bola e nunca fazer falta sobre Compagno. Para o seu lugar entrou o frio Diogo Brandão. Algo que não foi problema para ele, visto que não só parou o penalti de Compagno, como também a recarga.
Em superioridade numérica em pista, a Itália nunca conseguiu criar grande perigo para a baliza de Diogo Brandão e Portugal ultrapassou os dois minutos com três jogadores de campo totalmente ileso. Curiosamente, só com a reentrada do quarto jogador pista é que a Itália voltou a criar perigo, mas retornou a ter pela frente o muro Tiago Rodrigues, que continuava a parar tudo e assim segurou o resultado de 3-1 até ao final do jogo.
Vitória justa da seleção portuguesa, que tal como no jogo de ontem voltou a ser mais eficaz, mas também contou com uma enorme exibição, mais uma, do seu guarda-redes Tiago Rodrigues e como se costuma dizer, um bom guarda-redes é mais de 50% de uma equipa.
Desta forma, a Federação de Patinagem de Portugal fecha o ano de seleções com as conquistas dos Europeus de seniores e sub-20 e os segundos lugares no Europeu de sub-17 e no Mundial feminino sénior.
Foto de capa: CERS Rink-Hockey